Poder e Cotidiano em Sergipe
VALMIR MONTEIRO: “O nosso agrupamento terá candidato a prefeito em Lagarto” 22 de Junho 1H:16

VALMIR MONTEIRO: “O nosso agrupamento terá candidato a prefeito em Lagarto”

O entrevistado deste final de semana do BLOG DO MAX / Jornal da Cidade é o vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Valmir Monteiro (PSC). Questionado sobre 2016, ele não descarta uma possível candidatura sua a prefeito de Lagarto, em 2016, mas diz que ainda é cedo para tratar do assunto e garante estar focado no mandato na Assembleia Legislativa.


Valmir também destaca a formatura das primeiras turmas do Campus de Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS) em Lagarto e reconhece a importância do ex-governador Marcelo Déda (in memoriam) e do ex-presidente Lula. Valmir também cobra do governo do Estado a reposição das perdas inflacionárias para os servidores públicos e diz que Jackson Barreto (PMDB) faz uma gestão aquém daquilo que se comprometeu na campanha eleitoral. Acompanhe.
 
BLOG DO MAX -O senhor destacou essa semana as formaturas das primeiras turmas do Campus de Saúde da UFS em Lagarto. Na mesma oportunidade, o senhor fez uma saudação ao ex-governador Marcelo Déda (in memoriam). Por que?
VALMIR MONTEIRO - Eu disse que se ainda estivesse vivo, o saudoso Marcelo Deda estaria muito feliz com a contemplação de um projeto seu: filhos de agricultores, gente simples de Lagarto, estão se formando no Campus de Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Quando era prefeito acompanhei a assinatura da ordem de serviço da obra pelo então governador Marcelo Déda e o então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT). Agora colaram grau os primeiros alunos dos cursos de Terapia Ocupacional, Nutrição e Fonoaudiologia. Infelizmente, o prédio da UFS ainda não está concluído, mas foi graças à boa vontade de Déda, de Lula e dos amigos Juquinha e Rogério Carvalho, que lutaram muito por aquele sonho, que hoje nós assistimos pessoas simples, filhos de assentados e de agricultores cursando o nível superior e colando grau.

 
BM -O senhor também destacou a importância do reitor do Campus de Lagarto. Qual foi o papel dele?
VM - Sim, sim. Eu agradeci o convite que recebi do reitor em Lagarto e pedi desculpas pela minha ausência. Estava participando da 19º Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, em Vitória (ES). Gostaria muito de ter participado deste evento, agradeço ao reitor e sei que todos nós parlamentares estávamos muito bem representados pela deputada estadual Maria Mendonça (PP).  Lembro que premiei com uma moto a primeira colocada no vestibular para o curso de Medicina e esta foi a filha de um assentado. É aí que você avalia a importância deste investimento. Fiquei muito feliz pelos primeiros concursados e, já para o próximo ano, teremos médicos que estarão prontos para atender a nossa população. Esteja onde estiver, Déda estará muito feliz porque isso é muito bom para todos, em especial, para Lagarto e toda aquela região.
 

BM - O senhor pensa se lançar candidato a prefeito de Lagarto, em 2016?
VM -Sempre que os amigos jornalistas me questionam sobre este assunto, eu procuro ser sincero ao extremo. Isso até passa pela minha cabeça, mas eu não tenho o direito de pensar nisso agora. Fui eleito deputado estadual para defender os interesses dos lagartenses e dos sergipanos de uma forma geral. Nem sempre as coisas acontecem como a gente planeja, como a gente quer. Fico feliz por morar no meu município, por visitar sempre as comunidades e por sentir de perto o carinho do povo por mim. Essa tem sido uma vontade expressa por vários amigos que defendem o nosso nome. A população tem nos incentivado. É muito cedo ainda. Quero ajudar Lagarto com meu mandato na Assembleia Legislativa. Infelizmente nosso município está abandonado, às traças e a rejeição da atual administração é altíssima.
 

BM - Mas o senhor será ou não candidato a prefeito em 2016?
VM -Eu digo tranquilamente que tudo pode acontecer. E até nada! Estou deputado estadual e vou procurar honrar na Assembleia cada voto que recebi na eleição passada. O nosso agrupamento terá candidato a prefeito. O nome passará por entendimento lá na frente. Não estamos preocupados com isso agora. Torcemos é pela recuperação do prefeito e que ele consiga desenvolver ações positivas para a nossa cidade. Ele é aliado de uma deputada estadual e de um deputado federal de Lagarto, além da família ter muito prestígio junto ao governador Jackson Barreto. Se não faz, não é falta de apoio, mas falta de gestão. 
 

BM - Sobre a Assembleia Legislativa, deputado, como o senhor tem acompanhado essa questão das verbas de subvenção?
VM -Olha eu não seria verdadeiro em reconhecer a importância deste dinheiro para a existência de várias entidades sociais espalhadas por Sergipe. Se existiram alguns equívocos, eu entendo que o momento é de deixar o Ministério Público fiscalizar e o Poder Judiciário decidir. Cabe aos deputados estaduais elaborar uma nova legislação sobre esse assunto e buscar, em sintonia com o Tribunal de Contas, a devida aplicação e fiscalização sobre o trâmite dos recursos.
 

VM - O senhor se sente confortável na bancada de oposição?
VM -Plenamente! Estou fazendo o meu trabalho e correspondendo o voto a que me fora confiado. Fui eleito para fazer oposição, mas de uma forma responsável, sem o denuncismo, mas com propostas. Tem que ser uma oposição propositiva. Tenho a meu lado políticos experientes como o Capitão Samuel (PSL), o Pastor Antônio (PSC), a deputada Maria Mendonça, a grande revelação que é Georgeo Passos (PTC), o experiente deputado Venâncio Fonseca (PP), o deputado Gilson Andrade (PTC), Dr. Vanderbal (PTC) e o Padre Inaldo (PCdoB). Estamos fazendo o nosso papel, cobrando e fiscalizando o Executivo, dentro do equilíbrio e do bom senso.
 

BM -Qual a sua avaliação sobre o governo de JB, como um todo, e qual a sua análise sobre o conflito gerado entre o Executivo e o Sintese?
VM -Jackson Barreto faz um governo muito aquém daquilo que ele se comprometeu durante a campanha eleitoral de 2014. As dificuldades financeiras estão presentes e mesmo assim ele não corta gastos exorbitantes. A máquina continua inchada de cargos comissionados e estamos cada vez mais reféns de empréstimos para pagar os salários dos servidores em dia. Na minha avaliação falta planejamento a este governo. Quanto aos professores, eu digo e repito: feliz do governante que saber valorar e reconhecer a importância do investimento em Educação. Isso reflete em boas condições de trabalho, boa merenda, bons salários, dentre outras coisas. O Sintese, como os demais servidores, tem o direito de reivindicar por seus direitos trabalhistas. O governo sequer abre o espaço para o diálogo, não quer nem fazer a reposição das perdas com a inflação. O piso do magistério é uma lei federal que existe para ser cumprida. Não é um favor. Um governador tem que ter a sensibilidade de manter o diálogo aberto sempre.
 

BM -O senhor propôs a realização de uma audiência pública da Assembleia em Boquim. Por que?
VM -Fiz um apelo à Mesa Diretora, na pessoa do presidente e deputado Luciano Bispo (PMDB). Pedi que a AL faça uma sessão itinerante no município de Boquim, dentro da maior brevidade possível, para discutir os problemas que assolam a Citricultura sergipana. É a área que mais empregou e gerou renda para a nossa região. Hoje a gente se depara com uma situação difícil da Citricultura e, às vezes, nem acredita. A cada dia as pessoas passam adiante suas propriedades e têm que seguir para as capitais ou para outros Estados para procurar emprego. Não está fácil para ninguém. Fui procurado por uma comissão de citricultores por conta da “Mosca Negra” que está aterrorizando os citricultores. Ninguém sabe de onde veio ou de onde essa Mosca Negra, mas sabe-se apenas do seu perigo. Muitos pés de laranja estão se deteriorando. Além do preço baixo, pesa ainda as dificuldades para se conseguir um financiamento. Tenho dito que é na AL que a gente pode resolver ou tentar amenizar esses problemas. E podemos fazer isso discutindo, buscando um entendimento e levando propostas ou até experiências.
 

BM - Então o foco dessa audiência pública é o combate a essa tal “Mosca Negra”?
VM -É preciso chamar o secretário de Agricultura do Estado, a Emdagro, os secretários e prefeitos municipais da região e outros técnicos, além dos agricultores. Só com a união de forças é que vamos conseguir resolver o problema. Se um cidadão coloca o inseticida e pulveriza o seu sítio, a mosca vai embora, mas se o vizinho não fizer o mesmo, a mosca vai acabar retornando. Não basta só um pulverizar. Todo mundo tem que dar sua contribuição. Nossos jovens querem mais empregos e mais renda. Temos que fazer uma sessão itinerante em Boquim agora para discutir esse assunto e tentar encontrar uma solução para a Citricultura. E é bom lembrar que a Mosca Negra não ataca apenas os laranjais, mas outras frutas também. Agora o governo do Estado precisa apoiar também, estimulando os sergipanos a pulverizarem suas plantações.

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