Veja quais municípios registraram casos. Imunização contra Polio também foi reduzida
Um retrocesso que acontece em todo o Brasil vem sendo verificado também em Sergipe. A cobertura vacinal está diminuindo e os casos de sarampo estão voltando a ser registrados.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde, que respondeu a questionamento do BLOG DO MAX, apontam que em 2016 e 2017 não houve registro da doença no território sergipano. Já em 2018 foram 4 casos – três em Aracaju e um no município de Riachão do Dantas.
No ano seguinte (2019), o número de doentes não só aumentou, como foram verificados em mais cidades: foram seis casos, sendo 1 em Aracaju; 1 em Areira Branca; 2 em Capela e outros 2 em Estância.
Por fim, no ano passado (2020) foram identificados oito pessoas infectadas – 7 delas no município de Simão Dias e 1 em Lagarto. Em 2021 ainda não houve notificação de casos.
Confira abaixo o quadro com o número de casos por ano e município sergipano.
Vacinação
Em 2019 a cobertura vacinal foi de 91,35% na primeira dose e 75,14% na segunda. Em 2020 houve uma queda significativa: 74,88% na primeira dose e 60,02% na segunda.
Em 2021 o índice está em 63,29% da primeira e 47,42% na segunda.
Tríplice viral
A imunização contra o sarampo é feita através da vacina tríplice viral, que também previne a ocorrência de caxumba e rubéola. Ela é administrada em duas doses (aos 12 e 15 meses).
Polio
Não há notificações de poliomelite em Sergipe desde 1989. Mas é preciso ficar atento, pois a queda na vacinação dispara o alarme: Em 2019 a cobertura vacinal foi de 81,11%. Em 2020 caiu para 70,69 e em 2021, até o momento, está em 58,41. Em todo o mundo, apenas três países continuam registrando casos de Polio: Afeganistão, o Paquistão e a Nigéria.
A Vacina Inativada contra a Poliomelite (VIP) é administrada em três doses (aos 2, 4 e 6 meses). O percentual de cobertura é calculado com base na terceira dose aplicada na criança a partir de 6 meses – e até os 11 meses.
Busca ativa
O infectologista Marco Aurélio, da Secretaria Estadual de Saúde, confirma que o fato vem sendo observado nos últimos anos, com vacinas que antes conseguiam chegar a índice de 95% de cobertura.
“É um problema que vem sendo acompanhado e discutido com municípios, essa necessidade da busca ativa das crianças que não receberam as doses. No ano passado houve uma queda maior ainda, porque as pessoas procuraram menos a atenção básica, por isso nossa discussão com os municípios é de fazer a busca ativa, explicou Marcos Aurélio.
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