Poder e Cotidiano em Sergipe
Um pronunciamento diferente, mas haverá uma ação que o corrobore? 1 de Abril 21H:56
ARTIGOS

Um pronunciamento diferente, mas haverá uma ação que o corrobore?

* Leandro Pereira Gomes

Com um tom mais brando, Jair Bolsonaro deixou de atacar diretamente o isolamento horizontal como medida segura contra o coronavírus neste 31 de março. Deixou também de apresentar a hidroxicloroquina como uma espécie de Santo Graal da indústria farmacêutica e, como cereja do bolo, corrigiu a afirmação errônea que fez sobre o discurso do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde – OMS –, tão fresca na memória da semana.

Os motivos podem ter sido muitos para esse tom mais ameno, presidenciável, como tantos gostariam de ver desde o princípio do problema e do mandato. Algo que se evidencia quanto mais pensamos em todos os momentos que vieram antes deste.

Muito se fala em um pedido de impeachment indo para frente, respaldado numa denúncia da PGR que é a pior aposta possível para quem acredita em probabilidade. Um pedido de vistas orientado pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello.

 Mas, voltando ao que aqui importa, seria ótimo poder, por um momento, acreditar que a última postura que vimos é uma real mudança deste presidente. O passo basilar para um entendimento contínuo com os seus ministros. Um ato de boa fé em que nos permitimos deixar a disputa com rivais políticos em último plano – um céu de brigadeiros no verão.

Precisamos mesmo, no momento, de união. Do mínimo consenso entre ciência, economia e política. Pode ser difícil se ter uma resposta geral, menos agressiva e mais nesse sentido, sendo Bolsonaro quem é. No entanto, desejar isso pelo Brasil deveria estar acima de qualquer preferência sobre quem deveria ou não ocupar atualmente a cadeira da República.

Que passemos por toda esta situação turbulenta da sociedade e da política com mais prudência, pois logo chegarão as tão desejadas pelos candidatos e equipes de campanha eleições municipais. Tão temidas por aqueles que tentam uma reeleição e não fizeram o dever de casa. Sobre elas, a experiência nos diz que não será possível esperar o mínimo da sensatez tão necessária ao nosso atual momento.

 

* É jornalista, redator freelancer e assessor para assuntos de Tecnologia da Informação no Portal JLPolítica.

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