Entra em vigor hoje, a Resolução 517, criada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran),
que exige a apresentação de exames toxicológicos de larga detenção aos motoristas de caminhão, ônibus e vans.
O teste, que identifica se o motorista usou drogas nos últimos três meses, passa ser obrigatório para obter ou renovar carteira de habilitação nas categorias
C, D e E. Enquadra-se nessa situação um contingente de cerca de
13 milhões de motoristas por todo o país, sendo um terço deles autônomos.
Os exames de larga detenção acusam se houve uso de substância lícita ou ilícita. Porém, este tipo de análise
é feita apenas a partir do cabelo do paciente, o que torna o procedimento mais caro e de difícil acesso, já que as amostras precisam ser enviadas aos Estados Unidos para verificação.
Até o momento
, não existe um laboratório brasileiro com capacidade para fazer análise de fios de cabelo na escala exigida pelo Contran. Os laudos americanos são enviados aos pacientes brasileiros via internet.A estimativa é que 2,4 milhões testes toxicológicos tenham que ser feitos anualmente. Os exames comuns no Brasil, feitos a partir da análise de urina, sangue ou saliva, detectam se houve a utilização destas substâncias apenas em um período máximo de cinco dias antes da coleta. A resolução exige que os motoristas apresentem resultados negativos para um período mínimo de 90 dias.
O Contran estima que cada exame custará, em média, R$ 400. O objetivo da medida imposta na Lei dos Caminhoneiros é
diminuir o número de mortes nas estradas brasileiras (no Brasil, em 2012, ocorreram 60 mil fatalidades). A resolução, porém
, não inclui o álcool que é o maior causador de acidentes nas estradas no mundo inteiro, inclusive no Brasil.Fonte: Congresso em Foco
Foto: Gervásio Baptista/Agência Brasil