Poder e Cotidiano em Sergipe
Sífilis: Secretaria de Estado da Saúde lança campanha para o Dia das Mães 7 de Maio 10H:02

Sífilis: Secretaria de Estado da Saúde lança campanha para o Dia das Mães

Medium 370b8095d3f631200af693c1298972daO Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, é lembrado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) com a campanha “Mamãe Não deixe seu filho nascer com Sífilis”. O objetivo é chamar a atenção da população para os altos números de Sífilis Congênita no Estado e a importância da prevenção e tratamento.

A Sífilis é transmitida de uma pessoa para a outra durante a relação sexual sem camisinha. Nas gestantes, se não diagnosticada e tratada em tempo oportuno, atinge o bebê e pode causar má formação do feto ou a morte do bebê que nasce gravemente doente. As principais complicações são: pneumonia, dentes deformados, deficiência mental, feridas no corpo, problemas ósseos, cegueira e surdez.

A doença se manifesta logo após o nascimento ou após os dois primeiros dois anos de vida. Nos adultos, os primeiros sintomas são: pequenas feridas nos órgãos sexuais, podendo provocar queda no cabelo, manchas na palma da mão e planta do pé.

Até abril deste ano, foram registrados em Sergipe 70 casos de Sífilis em gestantes e 58 casos de Sífilis Congênita. Em 2012, foram 341 casos de Sífilis em gestantes e 337 congênitas. Em 2013, foram 287 casos em gestantes e 379 congênitas e, em 2014, foram 314 gestantes infectadas pela doença e 381 casos de transmissão da mãe para o bebê.

Somado o número de casos registrados em maio de 2015, o número de notificações de Sífilis Congênita chega a 97. Desse total, houve cinco abortos e dois bebês nasceram mortos. Os municípios que mais notificaram foram: Nossa Senhora do Socorro (24 casos), Aracaju (17), Barra dos Coqueiros (5), Itabaiana (5), Estância (4) e São Cristóvão (4).

“Proporcionalmente, Sergipe é o Estado do Nordeste com maior número de casos. Estamos trabalhando muito para que as pessoas façam o Teste Rápido e isso faz o número de casos aumentarem, ao contrário de outros Estados que não fazem e incentivam os exames. Quanto mais disponibilizamos os Testes, maior será a detecção e o número de casos. A Sífilis é uma doença silenciosa e, assim como a AIDS, pode não se manifestar no indivíduo”, disse Almir Santana, gerente do programa Estadual DST/AIDS.

“A melhor forma de prevenção é usar o preservativo nas relações sexuais. Além disso, é necessário que as gestantes levem seus parceiros para fazer o exame de HIV e Sífilis durante o pré-natal e assim evitar que o bebê nasça doente”, complementou o gerente do programa DST/AIDS da SES.

A Campanha

O trabalho para prevenção da doença deve ser realizado pelos municípios com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde. A Atenção Básica dos municípios deve fazer um trabalho de busca ativa das gestantes, além da disponibilização de preservativos em locais de fácil acesso e distribuição da camisinha pelos Agentes Comunitários de Saúde durante as visitas.

“Nessa campanha do Dia das Mães, estamos propondo que durante essa semana sejam realizadas ações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e com mulheres que fazem parte do programa Bolsa Família. É preciso destacar a importância da realização do pré-natal e a participação do parceiro para diagnóstico e tratamento do casal. Além disso, propomos que as ações sejam realizadas nas áreas de prostituição feminina, principalmente com mulheres prostitutas e gestantes. Todos os 75 municípios já têm profissionais capacitados pela Secretaria de Estado da Saúde para fazer os Testes Rápidos”, destacou Almir Santana.  

Em Nossa Senhora das Dores o trabalho de prevenção a Sífilis e a AIDS já é realizados com diversos setores da sociedade. “Somente esse mês diagnosticamos 15 casos de Sífilis em mulheres, sendo duas gestantes. A detecção está sendo feita devido ao trabalho realizado com o Teste Rápido, principalmente, nas mais de 10 casas de prostituição do município e nas Unidades Básicas de Saúde com os grupos de gestantes. Nesses grupos, além da orientação que damos essas gestantes, incentivamos a participação do parceiro no pré-natal”, disse Larissa Sá, coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município.

“As ações de saúde tem a participação de todos: municípios, Estados e Governo Federal. Estamos convocando os municípios para enfrentarmos juntos a doença. Precisamos de um trabalho efetivo das equipes de Estratégia de Saúde da Família e dos médicos da Atenção Básica para melhorar a qualidade da saúde da mulher sergipana”, disse José Sobral, secretário de Estado da Saúde.

Fonte: Agência SE

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