Poder e Cotidiano em Sergipe
Sergipe confirma 7 casos de Febre Chikungunya e ações de controle são intensificadas 24 de Setembro 17H:50

Sergipe confirma 7 casos de Febre Chikungunya e ações de controle são intensificadas

Mesmo com uma efetiva  união de esforços no combate dos mosquitos Aedes aegypi e Aedes albopictus, Sergipe teve a confirmação laboratorial dos primeiros casos de Febre Chikungunya.


Segundo dados do Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2015 (de janeiro até do dia 24 de setembro) foram notificados 361 casos suspeitos de Febre Chikungunya, sendo que, até o momento, houve a confirmação de positividade de 7 amostras, dentre essas, 1 caso importado de Salvador, Bahia. 
 

“Entre as amostras colhidas em pacientes residentes no Estado de Sergipe, foram identificados casos em Aracaju, Tobias Barreto, Cristinápolis e Rosário do Catete, embora outros municípios como Riachuelo, Siriri, Capela, Laranjeiras tenham intensificado a coleta em sua população, por estar passando por um surto de virose com sintomatologia semelhante a Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Os casos confirmados estão sendo investigados para a verificação de possíveis deslocamentos para outros Estados onde já havia transmissão confirmada estabelecida”, destaca Sidney Sá, gerente do Núcleo de Endemias da SES. 
 

“Além da confirmação do caso por critério laboratório, precisamos identificar se o caso é autóctone, um caso importado”, ressalta Sidney Sá.
 
 
Ainda de acordo com a gerente, “no momento da coleta dos casos com exame laboratorial reagente, três pessoas encontravam-se na fase aguda da doença com febre, cefaleia, artralgia (dores nas articulações) e exantemas (aparecimento de manchas em relevo). Os demais, já se encontravam na fase sub-aguda com a permanência da artralgia após o décimo dia de início da doença”, complementou, reforçando que, em 2014, foram notificados em Sergipe 66 casos de Febre Chikungunya, quando foram encaminhadas 68 amostras para o Laboratório de Referência Nacional. Desses, apenas 1 amostra confirmou ser reagente no mês de outubro, tratando-se de 1 caso importado do município de Feira de Santana, Bahia.
 

Paralela às investigações dos casos notificados da Febre Chikungunya, a Vigilância Epidemiológica Estadual também tem investigado casos de Febre da Zyka, tendo sido colhido 39 amostras. Dessas, 5 amostras já foram negativas e as demais estão sendo processadas no Laboratório de referência Nacional.

 
Ações permanentes
Em relação à Dengue, de janeiro a 21 de setembro de 2015, foram notificados 7.500 casos e 3.036 confirmações. Nesse período, foi confirmado 1 óbito da doença, no município de Neopólis. Em 2014, foram 4.110 casos notificados, 1.932 confirmados e 03 óbitos. 
 

“A nossa preocupação é constante e orientamos aos Municípios e a própria população sobre a prevenção dessas doenças. Sergipe faz fronteira com a Bahia e possui grande fluxo de turistas. Mesmo diante de casos de Dengue já confirmados e de casos notificados de Febre Chikungunya, estabelecemos um Plano de Contingência Estadual, com a intensificação das ações nos municípios que se encontram em risco de epidemia”, pontuou Sidney Sá. 
 

Para o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, todos os municípios precisam fazer a busca ativa em todo o território junto à Atenção Básica, independente de ter casos confirmados ou não das doenças. 
 

“É dever das Vigilâncias Epidemiológicas Municipais realizar a investigação compulsória de todos os casos suspeitos. É responsabilidade do município notificar o caso no sistema de informação e informar à Vigilância Estadual. A SES orienta a todos os gestores municipais que façam as investigações de casos e sempre reforcem o trabalho de controle nas áreas de moradias. O trabalho de prevenção e controle é feito em conjunto: Estado, Municípios e população”, afirma José Sobral.

 
“É preciso que todos fiquem atentos. Não basta desenvolvermos ações com rigor se no próprio quintal a pessoa não realiza a limpeza correta para evitar que surjam os criadouros. O cuidado para combater o surgimento de criadouros e a proliferação do Aedes aegypi e Aedes albopictus deve ser permanente. Eles estão em depósitos domiciliares, no lixo doméstico, em ralos, calhas, vasos de planta, copos descartáveis. Uma simples casca de ovo abandonada pode acumular as larvas dos mosquitos”, complementou Sidney Sá, frisando que os municípios devem fazem a limpeza correta de fontes, praças, cemitérios, terrenos baldios, piscinas públicas, etc. 
 

Mais estratégias
Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores tanto da Dengue quanto da Febre Chikungunya, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Deste total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.
 

Além disso, a ação permanente contra a Dengue ganhou um reforço com a distribuição de larvicidas, inseticidas e kits para diagnóstico. 
 

“A Brigada Itinerante, considerada a tropa de elite para eliminar o Aedes aegypti, é um trabalho em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), com as Secretarias Municipais, e que dá todo o suporte para eliminar o vetor transmissor da doença. Através dela, os agentes de endemias vão até às residências e aos terrenos baldios, para detectar possíveis focos da dengue, e orientam os munícipes sobre os cuidados e a prevenção”, destaca Sidney Sá.
 

“O Carro Fumacê (Ultra Baixo Volume) também é um grande aliado. A SES disponibiliza esses mecanismos e realiza ações educativas para complementar e apoiar as ações dos municípios. O Ministério da Saúde contribui com o financiamento das ações e elaboração da Política de Combate à Dengue, dando apoio aos Estados e Municípios”, enalteceu o secretário José Sobral.

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