Epidemias, catástrofes climáticas ou inteligência artificial não são mais temas exclusivos da ficção científica. Muitos desses desafios globais já não são mais uma questão de "se", mas de "como" e "quando".
Com o objetivo de formar pesquisadores e profissionais preparados para antecipar e enfrentar esses problemas, surgiu a Ilum, a escola de ensino superior do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). A instituição, supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, iniciou suas atividades em 2022 com um curso inovador: o Bacharelado em Ciência e Tecnologia, de três anos, totalmente gratuito e focado na interdisciplinaridade.
Entre os destaques da Ilum está Júlia Amâncio, aluna do segundo ano da graduação e ex-estudante do Instituto Federal de Sergipe (IFS), em Aracaju. Ela exemplifica o potencial transformador da faculdade. Júlia conta que foi incentivada por um amigo, participante do evento itinerante "Cápsula da Ciência", promovido pelo CNPEM, a explorar as possibilidades da Ilum.
"Na época, eu estava muito indecisa sobre qual curso seguir, porque gostava de várias áreas. Quando pesquisei sobre a Ilum, a estrutura e a grade curricular chamaram muito a minha atenção. Descobrir essa faculdade foi um impacto enorme para mim e minha família."
Outro fator decisivo foi o suporte oferecido pela Ilum, como moradia, alimentação e transporte, permitindo que estudantes de outros estados, como Sergipe, se dediquem integralmente aos estudos. "Sair de onde moro foi uma decisão difícil, mas o auxílio foi essencial para me estabelecer e focar nos estudos", reforça Júlia.
Além disso, ela destaca a importância das mulheres nas chamadas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Na Ilum, cerca de 40% dos estudantes são mulheres, refletindo o esforço da instituição em promover a inclusão. "Trabalhamos desde o início o papel do cientista na sociedade, valorizando a ciência brasileira e aprendendo a traduzir o conhecimento para quem não tem acesso a ele", afirma Júlia.
A trajetória de Júlia, iniciada no Instituto Federal de Sergipe, inspira jovens de todo o Brasil a abraçarem a ciência e tecnologia como ferramentas de impacto social.
Processo Seletivo da Ilum
Estudantes interessados em ingressar na Ilum, como Júlia Amâncio, podem se inscrever no processo seletivo para 2025 até o dia 16 de dezembro. A seleção utiliza a nota do Enem e inclui entrevistas individuais e uma redação de manifestação de interesse.
A Ilum reserva metade das vagas para estudantes de escolas públicas e planeja implementar cotas raciais, reforçando seu compromisso com a diversidade. Atualmente, a faculdade reúne alunos de 24 estados brasileiros, em uma rica troca de conhecimentos e experiências.
Com histórias como a de Júlia, Sergipe e o Instituto Federal de Sergipe mostram que estão formando jovens capazes de transformar o Brasil e o mundo por meio da ciência e tecnologia.
Com informações de Agência Brasil
Foto: Ilum/Divulgação - ILUM/Divulgação (A aluna Júlia Amâncio compõe o grupo de mulheres nas chamadas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática)
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