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Senac/SE inicia articulação para levar cursos profissionalizantes para área têxtil no centro sul sergipano 12 de Janeiro 19H:32
COTIDIANO

Senac/SE inicia articulação para levar cursos profissionalizantes para área têxtil no centro sul sergipano

Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva têxtil do centro sul sergipano por meio de cursos profissionalizantes e com foco no turismo, o diretor da Divisão de Educação Profissional (DEP) do Senac/SE, Adalberto Trindade de Souto, acompanhado do técnico do eixo de Moda, Altair Santo, realizou uma visita técnica, na terça-feira, 10, a Itabaianinha e Tobias Barreto. Os dois municípios integram o eixo do turismo de compras e experiência, do programa ‘Vai Turismo’, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que em Sergipe pretende fortalecer a rota de compras e o turismo religioso.

“Em Itabaianinha, fomos recebidos por empresários locais e pelo secretário da Indústria, Comércio e Turismo. O município vem desenvolvendo um projeto de fortalecimento de negócios de confecção, e o Senac entra nesse processo, profissionalizando pessoas, através de cursos que atendam demandas dessa área, a exemplo do básico de corte e costura entre outros do eixo de moda, como também de outras áreas”, informou Adalberto de Souto.
O secretário da Indústria, Comércio e Turismo, Jairo Floriano avaliou a visita técnica como bastante positiva, para fortalecer o município dentro da rota turística de compras.


“Já fizemos um diagnóstico prévio das demandas e vimos que necessitamos principalmente de curso na área de moda, como estilista, de modelagem, de costura. E além dessas qualificações, precisamos preparar pessoas para serem guias de turismo no nosso município, para trabalhar na área de gastronomia, de boas práticas de alimentos. A partir desse mapeamento, estamos agora buscando efetivar as ações. E essa reunião teve o objetivo de alinhar o trabalho. As nossas perspectivas são as melhores possíveis”, destacou Jairo Floriano.


Em Tobias Barreto, conhecida como capital sergipana dos bordados e uma das maiores fabricantes de produtos para cama, mesa e banho do Nordeste, o encontro com representantes do município e artesãs, aconteceu na Associação de Bordadeiras do Povoado Nova Brasília e contou com a participação da gerente do Centro de Educação Profissional Josafá Ribeiro de Almeida (CEP/Tobias Barreto), Eline Barreto de Jesus. A região é berço do patrimônio imaterial do Estado:  o Richelieu, produzido, além do Nova Brasília, nos povoados Samambaia e Capitoa.


Para o secretário da Cultura, Juventude e Turismo de Tobias Barreto, Josenilson Bispo dos Santos, a reunião com o Senac representa um divisor de águas no impulsionamento do turismo de compras do município.


“Será um grande fomento para o nosso turismo, para a nossa cultura. Temos a confecção da Renda Richelieu, que é um patrimônio do município, um belo trabalho que as rendeiras daqui fazem e que não é feito em outra cidade sergipana. E agora com a participação do Senac, que é referência em profissionalização, podemos projetar esse trabalho para todo o Estado e para o Brasil.”


Alex Batista dos Santos, secretário da Indústria e Comércio de Tobias Barreto, reforçou a importância da reunião para o fomento da economia local.


“Vamos poder levar a nossa cultura, a nossa indústria, o nosso comércio, a outros países, a outros estados. Através desta parceria, vamos preparar a nossa população para o turismo, levando o que temos nas nossas associações, nos povoados, para outras regiões. O olhar de profissionalização do Senac é sempre bom e agrega valor à nossa cultura, quando preparamos melhor o nosso povo, dando um design diferente ao Richelieu, ao Crivo, valorizando os nossos bordados”.


Consolidar a rota de compras envolvendo os dois municípios é um grande desafio, na análise de Altair Santo.


“De um lado temos Itabaianinha, que já tem um arranjo produtivo de moda consolidado em diversos segmentos, e do outro lado, temos Tobias Barreto, com rendeiras que dominam a técnica milenar do Richelieu. Enquanto escola profissionalizante, o grande desafio para o Senac de Sergipe é inserir na moda esse rico artesanato, respeitando a origem, a ancestralidade. O trabalho do Senac tem desdobramentos, porque passamos para as artesãs novas tramas e tipologias que podem ser aplicadas na criação de peças da renda que produzem, com valor agregado. A junção dos dois municípios como rota de compras é desafiador”.


O encontro contou com a participação da presidente da Associação das Rendeiras, Josefa Cavalcante, que sonha que, após a reunião com a equipe do Senac, os jovens se juntem ao grupo, para que a tradição da produção das rendas não seja esquecida.


“Estamos precisando de pessoas que possam se somar na manutenção da nossa tradição, do Richelieu. E o Senac traz essa visão, de agregar valor ao que fazemos, de profissionalização, de mostrar que é possível manter a cultura, principalmente para os jovens, que já não se interessam em aprender como a nossa renda é feita”.


Para Adalberto, a visita em ambos os municípios foi bastante produtiva, para entender as necessidades de capacitação de cada um.
“A partir deste levantamento, vamos desenvolver, junto com a cadeia produtiva de cada cidade, um projeto de qualificação de mão de obra, de incentivo ao desenvolvimento de novos produtos e desenhos, sem esquecer das tradições e a cultura local, visando a aplicação do Richelieu na moda”, finalizou Adalberto de Souto.


Senac |SE

 
 

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