Poder e Cotidiano em Sergipe
Retirada de Dilma é interrupção do processo democrático 17 de Abril 11H:19

Retirada de Dilma é interrupção do processo democrático

Neste domingo, quando o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff for colocado em votação no plenário da Câmara dos Deputados, o representante do Partido dos Trabalhadores (PT) em Sergipe, deputado federal João Daniel, irá referendar seu posicionamento contrário ao impedimento. Desde o início desse processo o parlamentar já deixou claro qual seria seu voto caso a situação chegasse a esse ponto.

 

Votaremos contra porque respeitamos a democracia, em que a maioria da população brasileira elegeu, no primeiro e no segundo turno, em 2014, a presidenta Dilma Rousseff”, afirmou.

João Daniel ressaltou que a presidenta Dilma não cometeu nenhum ato, nenhum crime que justifique o processo de impeachment e que o relatório elaborado e aprovado na comissão é muito frágil e inconsistente nas suas argumentações.

 

“Como está colocado, esse pedido é uma tentativa de golpe dos setores conservadores, representados hoje no Congresso, que querem, na verdade, é a retirada de direitos, das conquistas obtidas na Constituição Federal de 1988, querem a retomada das privatizações, a exemplo da Petrobras, e a criminalização dos movimentos sociais, sindicais e populares no Brasil”.


Para o deputado petista, a presidenta Dilma pode ser contestada em sua forma de governar, mas nunca ser classificada como desonesta. “A presidenta Dilma é uma mulher séria, honesta e que tem uma das trajetórias de luta mais bonitas na história desse país. E a partir do dia 17 de abril será escrita uma nova página na história brasileira. Um dia em que um grupo, entre eles a maioria envolvida em crimes, tenta impedir que uma mulher honesta continue governando e apurando todas as denúncias de corrupção que foram feitas pela sociedade e segmentos que apuram no Brasil”, avaliou.



João Daniel acrescentou que, apesar das mentiras plantadas diariamente contra o governo, sua base tem trabalhado muito para que esse pedido seja derrotado e ele acredita que a presidenta terá cerca 200 votos. “Acreditamos que teremos em torno de 200 homens e mulheres que ainda respeitam a história, a democracia e o resultado das eleições”, disse.

 

Quanto ao formato da votação anunciado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, iniciando pelos deputados da região Sul, terminando com o Norte, o deputado afirmou que os que querem o golpe tentam de todas as formas influenciar a votação para conseguir os 342 votos necessários.

 

E isso é através de todo tipo de chantagem, ameaças, manipulação do regimento da Câmara e, lógico, inclusive no cronograma e na forma de votação, iniciando pelos estados que têm a maioria que vota a favor do golpe”.

 


Na avaliação do deputado João Daniel, as mobilizações da população nas ruas têm um grande poder de influência nesse momento. Ele disse que o que tem se visto é uma grande unidade de todos os setores democráticos da sociedade brasileira mobilizados, tanto movimento popular, sindical, social, como intelectuais, artistas e personalidades de todas as áreas.

 

“Isso é muito importante, é fundamental porque há uma clareza no Brasil, neste momento, do que está em jogo, que não é apenas a retirada antidemocrática da presidenta Dilma da Presidência da República, mas é, sim, uma interrupção do processo democrático no Brasil. Por isso é fundamental que todos os setores democráticos brasileiros possam ir às ruas, possam estar firmes e fortes para influenciar, sim, na decisão dos parlamentares que ainda estão indecisos”, declarou.

 

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