Poder e Cotidiano em Sergipe
Reforma da Previdência ainda não tem data para ser votada 2 de Junho 8H:56

Reforma da Previdência ainda não tem data para ser votada

O calendário da reforma da Previdência ainda não tem consenso entre parlamentares da base governista e da oposição. Embora os partidos tenham chegado a um acordo para a aprovação de diversos projetos ao longo desta semana, esse entendimento não alcançou a proposta de reforma previdenciária que está em análise na Câmara dos Deputados (PEC 287/16).

 

Para o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), vice-líder do partido na Câmara, o aumento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao 4º trimestre do ano passado, divulgado pelo IBGE, é um sinal da recuperação da economia. Nesse cenário, ele sugere que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, paute a reforma da Previdência para o fim de junho.

 

"Entendemos que, iniciando essa votação até o dia 25 ou 26 de junho, há tempo para votar em primeiro e segundo turno na Câmara até o dia 15 de julho. Essa seria uma data limite para que pudéssemos votar aqui em primeiro turno. O PIB divulgado é prova de que essa conspiração asquerosa, mais do que um ataque ao governo, é um ataque à economia brasileira e um ataque ao Brasil", afirmou Marun.

 

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder da Minoria na Câmara, destacou que, apesar do aumento do PIB, a economia piorou na gestão Temer. Para ele, o Planalto não tem votos para aprovar a reforma da Previdência.

 

"A minha avaliação é que a economia brasileira só tem piorado ao longo deste ano de governo Temer. O principal indicador dessa piora é que o Brasil perdeu 2 milhões de empregos durante este último ano. Nesta semana, eles mantiveram as votações, porque eram projetos de acordo. O governo Temer não consegue aprovar a reforma da Previdência, tanto é que tem medo de pautar", disse Fontana.

 

Status de ministro
A oposição também criticou medida provisória encaminhada pelo governo que dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência da República e garante ao ministro Moreira Franco o foro por prerrogativa de função (MP 782/17). Outra MP sobre o assunto (768/17) perdeu o prazo de validade por não ter sido votada em Plenário.

 

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que vai questionar a MP no Supremo Tribunal Federal (STF). "É para garantir foro privilegiado para mais um assessor seu [de Temer] que está sendo investigado e delatado. Nosso argumento é que uma medida provisória deve ser usada para finalidades públicas e não para uma finalidade privada. Portanto, há desvio de finalidade e uma violação de regra explícita da Constituição Federal: é vedada a reedição de MP na mesma sessão legislativa se a anterior não tiver sido apreciada ou rejeitada", disse Molon.

 

Já o deputado Carlos Marun defendeu a reedição da MP. Segundo ele, a proposição pôde ser reencaminhada porque sofreu alterações em relação à medida anterior. Ainda de acordo com Marun, por fazer parte do organograma da Presidência da República, a Secretaria-Geral deve ser exercida por um ministro, seja ele quem for, independentemente do governo.

 

A Secretaria-Geral da Presidência da República abrange o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), o cerimonial da Presidência e as secretarias de Comunicação e de Administração.

 

Agência Câmara

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.