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Proinveste: 28 máquinas trabalham na Rodovia que liga Itabaiana a Itaporanga 18 de Fevereiro 7H:24

Proinveste: 28 máquinas trabalham na Rodovia que liga Itabaiana a Itaporanga

Da varanda da sua casa, Tatiana dos Santos, 27, observa o movimento de máquinas e homens abrindo caminho ou alargando a estrada que corta o povoado Ipanema, em Itaporanga D’Ajuda.


A comunidade é uma das 15 beneficiadas nos quatro municípios pelo quais passa a rodovia SE-255, a Rota do Agreste, que vem sendo construída pelo Governo do Estado e irá interligar a BR-235, na altura do povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, à BR-101,  em Itaporanga D’Ajuda, passando ainda por Areia Branca e pelo povoado Aningas, em São Cristóvão.


“Vai ajudar muito em tudo aqui. A gente vai ter mais acesso à cidade e aos transportes. A gente usava mais uma estrada por baixo, que passa por uma fazenda particular, porque por cima ficava difícil passar. Mas já mudou muita coisa, a gente vê o pessoal trabalhando e agora todo mundo diz que a estrada de cima já está bem melhor que ir pelo caminho da fazenda”, explica a dona de casa.


Para Tatiana, cuja família vive da produção de vassouras de pindoba, a esperança é também diminuir os custos e aumentar o conforto no transporte para a capital, Aracaju.


“A gente vende vassoura nas feiras de Aracaju. Meu esposo leva as vassouras para serem vendidas, mas precisa pegar um transporte até Itaporanga e de lá outro para a capital. A gente espera que com a nova estrada facilite nossa comercialização e possamos até pegar um transporte que vá direto a Aracaju, diminuindo gastos com as passagens, que são caras por causa do acesso difícil”.


Com 52 km de extensão, a Rota do Agreste será estratégica para o escoamento da produção agrícola regional, além de valorizar os municípios e melhorar a condição de vida da população. Fruto de um investimento superior a R$ 63 milhões, sendo mais de R$ 58 milhões de recursos oriundos do Proinveste e aproximadamente R$ 5 milhões referentes às indenizações pagas pelo Estado pelas desapropriações, a obra atende ao padrão estabelecido nas novas estradas estaduais, a rodovia possuirá dez metros de largura, sendo sete de pista de rolamento e três de acostamento (1,5 à esquerda e 1,5 à direita), sistema de drenagem pluvial, sinalização horizontal e vertical, além da construção de duas pontes sobre riachos que cortam o percurso.


“É uma obra extensa e importante. Temos em torno de 35% de terraplanagem totalmente pronta, destes, 20%, o que significa 10 km, já é de sub-base. A drenagem está aproximadamente 60% pronta, a faixa de domínio com suas cercas novas nos locais (delimitando a via em relação às propriedades particulares) está 60% concluída. A obra, hoje, encontra-se em ritmo normal de trabalho, com 62 homens trabalhando, 28 máquinas, entre elas, três caçambas, três escavadeiras de giro, três retroescavadeira e motoniveladora (Patrol), quatro rolos, dois caminhões pipa, além das demais”, descreve o engenheiro do Departamento Estadual de Infraestrutura (DER/SE), ligado à Secretaria de Estado de Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra), Geraldino Costa.


De acordo com o engenheiro, a logística da obra por vezes fica comprometida devido às condições climáticas e burocráticas com outras empresas públicas ou privadas. “Agora, em dezembro, o que não é comum aqui em Sergipe, teve aquele período de aproximadamente 18 dias de chuvas. Quem entende o que é a terraplanagem sabe que, uma semana de chuva significa duas semanas de serviços parados, ou seja, se tivemos 18 dias de chuvas, perdemos em torno de 25 dias do prazo da obra. Estamos resolvendo também outros empecilhos, como o que há com um Perímetro Irrigado no trecho de Itabaiana, onde há um problema que buscamos resolver junto à Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) para remanejar algumas adutoras que beneficiam todo aquela área. Há também, em toda a obra, questões que envolvem postes da Energisa ou de empresas privadas de telefonia e todo seguimento que há de redes de água, da Deso que não podemos prejudicar e arriscar o serviço ofertado por estas empresas à população”.


O secretário de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano,Valmor Barbosa, afirma que apesar desses contratempos, os trabalhos seguem dentro do cronograma.


“O volume de chuvas além do esperando impediram a continuidade dos trabalhos por certo período, uma vez que é necessário esperar o solo ficar apto a receber um novo serviço de terraplenagem, já que a chuva danificou o que havia sido executado. No entanto, já é possível constatar a terraplenagem em alguns trechos da estrada, muro de contenção, serviços de drenagem, saias de aterros com plantio de grama, bem como a implantação de aduelas (peças de concreto para execução de bueiros celular) que servirão para o escoamento das águas, visto que em vários trechos da futura rodovia existe um considerável número de córregos naturais. Outros serviços estão sendo executados ao longo da estrada. Estamos dando continuidade não apenas aos serviços de terraplenagem, como também na limpeza mecanizada, construção de cercas e serviços de drenagem. Esses, quando concluídos, permitirão a aplicação das camadas de sub-base e base. Porém, há de se levar em conta que no percurso dos 52 km existem muitos trechos estreitos e sinuosos, o que demanda um tempo maior para a sua execução”, explica.


Em Itabaiana, a rodovia passará pelos povoados São José, Mangueira e Mangabeiras; no município de Areia Branca serão beneficiados os povoados Boqueirão, Serra Comprida e Pedrinhas; em Itaporanga, as comunidades Cajueiro, Garoba, Iraque, Mata do Alecrim, Mata do Ipanema, Ipanema e em São Cristóvão o povoado Aldeia e Curralinhos.


Valmor Barbosa acrescenta que essa obra vem se somar às outras do Proinveste que já estão contribuindo para o progresso do estado. “O Governo de Sergipe compreende que ampliar a malha viária do estado é crucial para o desenvolvimento socioeconômico, pois, além de oportunizar melhores condições de vida para a população, valorizar propriedades e encurtar distâncias, facilita o escoamento da produção agrícola e mineral. Já temos comprovações disso com a Rodovia do Arroz em Propriá, o Contorno Norte de Itabaianinha e a Rodovia Carira-Altos Verdes. A Rota do Agreste quando implantada atrairá muito mais investidores e se tornará um divisor de águas para a economia sergipana”, afirma.

Fonte: ASN
Foto: Marcos Rodrigues/ASN

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