Prefeitura diz que não tem dinheiro para construir ciclovias

Deu no JORNAL DA CIDADE:


A falta de recursos não deixou a Prefeitura de Aracaju colocar em prática o planejamento de terminar 2015 com 100 km de ciclovias e 2016 com 150 km. Hoje, a cidade conta com 67 km de ciclovias, quando assumiu a gestão, eram 52 km.


De acordo com o superintendente Municipal de Trânsito (SMTT), Nelson Felipe, o órgão reconhece a necessidade de novas ciclovias, mas o custo para implantação é alto e o município não tem verba para por em prática o planejamento.


Segundo ele, um metro de ciclovia custa em média R$ 700. Cada quilômetro de ciclovia custa em média R$ 200 mil. “Temos projetos de duplicação e ligações de ciclovias, implantação de ciclofaixas e ciclorrotas, só que nem todos nós conseguimos realizar. A avenida Paulo VI, por exemplo, foi uma via em que conseguimos implantar a ciclovia que vai até avenida Heráclito Rollemberg; na avenida Murilo Dantas, também. Em compensação não conseguimos recursos para recuperar a ciclovia da Heráclito Rollemberg. Ela esta com desníveis, com alguns buracos”, conta.


Nelson reconhece que a SMTT precisa melhorar muito pois os aracajuanos andam de bicicleta. “Mas eles precisam ter segurança no trânsito, precisam andar bem. O maior sucesso na nossa administração até hoje foi o Caju Bike. Mas como é que eu tenho o sucesso desse projeto mas eu não tenho a ciclovia? É necessário, urgente, que a gente consiga fazer novas ciclovias. Mas não fazemos por falta de recursos”, coloca.


Ainda de acordo com Nelson Felipe, através de uma parceria com a ONG Ciclo Urbano, a SMTT fez a contagem de quantos ciclistas passam por volta das 18h na ciclovia da avenida Augusto Franco, conhecida como Rio Janeiro.


“Nessa contagem, verificamos que em torno de duas mil bicicletas por hora passam no local. Por isso a gente tem que melhorar as condições do uso de bicicleta. Quanto mais bikes na ciclovia, menos carros na rua”, informa o superintendente da SMTT.


De acordo com a presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Maria do Socorro Cacho, o órgão vem realizando a manutenção de ciclovias e das demais demandas da população em cima dos pedidos protocolados no órgão e estes pedidos entram numa programação para serem executados. Segundo ela, infelizmente este ano, a crise financeira tem atrapalhado o cronograma de reparos.


Foto: Jadilson Simões