Poder e Cotidiano em Sergipe
“O país precisa de reformas”, diz Fábio Reis 3 de Janeiro 7H:34
PODER | Por Max Augusto

“O país precisa de reformas”, diz Fábio Reis

O Brasil precisa implementar uma série de reformas, essa é a opinião do deputado federal Fábio Reis (PMDB). Ainda assim, ele informa que não decidiu se votará a favor da reforma da previdência – até porque não lhe foi apresentado o texto final.

Para o voto nesta questão, ele deixa claro que irá analisar o texto apresentado e que consultará o governador Jackson Barreto. Sobre política, Reis garante que Jackson será eleito (pelo PMDB) o senador mais votado da história de Sergipe.

Sobre seu segundo candidato ao Senado, ele mostrou preferência por André Moura (PSC), em detrimento de Rogério Carvalho. Confira a seguir.

BLOG DO MAX - O que o senhor acha da proposta de reforma da previdência que o governo enviou ao Congresso Nacional? Ela é mesmo necessária?
Fábio Reis - O país tem passado por transformações, o mundo, na verdade, tem passado por transformações. Uma delas é positiva, e é o aumento na expectativa de vida da população. Diversos países já fizeram as reformas na década passada, principalmente os mais desenvolvidos. O país precisa de uma reforma que continue assegurando os diretos do trabalhador rural, dos mais pobres e cortes dos ricos que são os privilegiados, o país precisa acabar com os privilégios, essa é a reforma que precisávamos.

BM - O senhor já tem posicionamento sobre a reforma da previdência? Quando irá tomar essa decisão?
FR - O Novo texto ainda não me foi apresentado. Mas é bem verdade que o país precisa de reformas, não só a previdenciária, mas principalmente a tributária, para acabar com o excesso de encargos e simplificar a tributação. Só tomarei uma decisão quando for apresentada à bancada e depois de ouvir o povo e o governador Jackson Barreto.

BM - O senhor acha que o político que votar a favor da reforma da previdência não conseguirá se eleger no próximo ano? Parece que a população tem se mostrado contra a proposta.
FR - O governo Federal errou no time e na propaganda, a população não tem informações concretas e a oposição que torce pelo ‘quanto pior, melhor’, inventa e fabrica notícias falsas.

Ninguém que vote para tirar direitos e garantias da população será bem visto, mas uma coisa é a informação ser verdadeira, outra é ser mentirosa ou fabricada.

BM - O governo terá votos para aprovar a reforma? Como andam as articulações?
FR – O governo tem cumprido seu papel de apresentar as propostas, vai depender muito sobre como esclarecer a população. Se a população entender que a reforma vai tirar os privilégios dos mais ricos e assegurar um tratamento digno aos mais pobres, as chances aumentam.

BM - O que o senhor acha da estratégia aberta do governo, de praticamente permutar a liberação de recursos por votos favoráveis à reforma?
FR - Não concordo, mas os governos estaduais estão sem dinheiro para investir, porque estão com déficits enormes nas previdências estaduais. E o governo federal precisa de dinheiro também para investir. E como são ações de governo, nada mais natural que esteja querendo reciprocidade dos estados.

BM - O governo de Sergipe aguarda a liberação do empréstimo do Finisa. O senhor acha que o governador Jackson Barreto pode apoiar a reforma da previdência e pedir votos a favor dela, para conseguir a liberação das verbas? Essa seria a postura adequada para o governador?
FR - Jackson sempre foi um homem do povo, sempre trabalhou pelos pobres, tem sofrido muito com o atraso no salários dos aposentados no estado, gerado pelo déficit bilionário. É preciso encarar o problema de frente, acabar com os privilégios.
A bancada neste momento não pode deixar de ser solidária com o estado e principalmente com o governador Jackson Barreto.

BM - Em relação ao Finisa, o senhor está acompanhando o caso de perto? Está tudo ok para a liberação dos recursos? Falta apenas uma liberação política, digamos assim?
FR – O contrato já está pronto, está na mesa do presidente da Caixa aguardando apenas o autorizo para ser assinado, o que deve ocorrer apenas após o carnaval. Mas sem nenhum prejuízo para o estado, porque o governo vai poder fazer as licitações, mesmo sem a assinatura formal do contrato.

BM- 2017 foi um ano muito difícil para os governos federal e estadual. O senhor acha que 2018 será melhor? O que pode melhorar?
FR - A economia já vem dando sinais de crescimento, juros caindo e inflação abaixo da meta. Número de empregos com carteira assinada vem crescendo e a retomada do crescimento já é uma realidade.

BM - O senhor acredita que o presidente Michel Temer pode disputar a presidência da república, ou apresentar um candidato para sucedê-lo? Ele terá popularidade e força política para isso? E o governador Jackson Barreto fica no PMDB? Essa negociação para liberação do Finisa pode gerar a sua saída?
FR - Tudo é possível, o presidente tem demonstrado que tem potencial de recuperação e a economia vai ditar muito para o voto do eleitor. Eu acredito muito numa eleição de centro direita próximo ano, o Rodrigo Maia é um bom nome para ocupar esse espaço.
Tem liderança, tem credibilidade, potencial de aglutinar e construir uma unidade em torno do seu nome. Pode ser uma boa aposta para 2018. Quanto a JB, ele não tem motivos para deixar o PMDB, isso é utopia da oposição em Sergipe. JB será o senador mais votado da história de Sergipe e será eleito pelo MDB.

BM - Qual será o papel do líder do governo Temer em Sergipe em 2018? André Moura disputa o senado? O governo? Ele poderá ir para o PMDB?
FR - Quem tem que saber é André o que ele quer. Eu pessoalmente já disse publicamente que se André for candidato ao Senado e o outro candidato for Rogério Carvalho, eu e meu grupo não só votaremos em André, como estaremos na coordenação da campanha dele e de JB.

Foto: Agência Câmara

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