Poder e Cotidiano em Sergipe
Número de famílias sergipanas endividadas aumenta 11 de Agosto 8H:06

Número de famílias sergipanas endividadas aumenta

Os efeitos da crise econômica ainda têm afetado as famílias sergipanas. A Pesquisa de Endividamento e Intenção de Consumo realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio), apontou um leve crescimento no número de famílias, no bimestre correspondente a junho e julho de 2016.

 

Atualmente, 84,40% das famílias sergipanas pesquisadas na amostragem, encontram-se em situação de endividamento. O número é 0,8% maior que o apresentado na última pesquisa realizada, em maio.

 

Das 1.000 famílias ouvidas pela Fecomércio, 84,4% admitiram estar com dívidas. Dentre elas, 29,9% informaram estar em condição de alto endividamento; 26.6% disseram estar com nível médio de dívidas e 27,9% declararam estar com poucas dívidas comprometendo as contas da casa. As famílias na condição mais baixa, as que ganham até 2 salários mínimos mensais são as que estão em maior situação de endividamento, 34,1%; nas famílias com renda média entre 2 e 10 salários mínimos, o alto endividamento atinge 30,8%; e nas casas com renda acima de 10 salários mínimos, o alto endividamento é uma realidade para 10,5%.

 

Do outro lado da margem econômica estão os mais folgados no orçamento. Apenas 13,5% das famílias sergipanas pesquisadas negaram ter qualquer tipo de dívida. Nas faixas de renda, 11,4% possuem renda até 2 salários mínimos; 12,8% das que ganham até 10 salários mensais não estão com problemas de endividamento; e 31,6% das famílias com renda mais alta, superior a 10 salários mínimos, disseram não possuir dívidas.

 

As contas em atraso, que haviam subido de forma preocupante em maio, atingindo mais da metade das famílias sergipanas, recuaram. O número que era de 50,4% em maio, na última pesquisa realizada pela Fecomércio, caiu para 41,1%, um valor significativo em termos de recuperação econômica das famílias locais. O número de inadimplentes, famílias sem condição nenhuma de pagar as dívidas contraídas, também caiu. O que em maio preocupava 15,1%, recuou para 10,1%.

 

O tempo de atraso das contas das famílias sergipanas está em 67 dias, mantendo estabilidade em relação à pesquisa de maio. O número de meses comprometidos com as dívidas familiares também caiu. Em maio, as famílias detinham um tempo médio de 8 meses comprometidos com pagamentos de dívidas, em julho o tempo reduziu para 6 meses.

 

A parcela da renda das famílias comprometida para o pagamento das dívidas se mantém em estabilidade desde o mês de setembro de 2015, quando houve o crescimento do volume de renda para a casa dos 40%. Entre setembro de 2015 e julho de 2016, a parcela de renda comprometida oscilou entre 39 e 43%, confinando em 41,6% na última pesquisa realizada. Os resultados apresentam estabilização do endividamento, período em atraso e parcela de renda comprometida. Reduções residuais em contas em atraso, inadimplência e tempo com dívidas.

 

Sobre as famílias que estão em condição de endividamento, um número surpreende. 10,1% informaram que não terão condições de pagar as suas dívidas; 22% disseram que podem pagar parte dos compromissos; e 8,1% destacaram que pagarão totalmente as dívidas da casa. Entretanto, 58,9% não responderam o questionamento. O que indica um clima de completa incerteza para quase dois terços das famílias com dívidas contraídas, para efetuar a quitação. 0,9% não souberam responder à pesquisa.

 

Credores

Os credores dos sergipanos permanecem sendo os mesmos de sempre na lista de dívidas das famílias. O cartão de crédito é o principal motivo de endividamento das famílias, sendo responsável por 69,9% do montante devido, financiamento de carros, crédito pessoal, financiamento habitacional, cheque especial e crédito consignado perfazem a lista das principais dívidas. Desde maio de 2015, quando foi iniciada a série de pesquisas do Instituto Fecomércio, que o cartão de crédito ocupa o primeiro lugar, com índices variáveis entre 66 e 70% das dívidas dos sergipanos.

 

Fecomércio

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.