
Nesta entrevista ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE o deputado federal Fábio Reis (PMDB) foi direto: ele avalia que o
governador Jackson Barreto, como maior liderança do grupo, deve encaminhar as discussões sobre a sucessão na Prefeitura de Aracaju.
Fábio disse ainda que
Jackson é o maior cabo eleitoral de Aracaju. Apesar disso, o deputado
destaca os nomes do secretário da Saúde,
Zezinho Sobral, e do deputado
Garibalde Mendonça, como boas opções para a disputa pela
Prefeitura da capital.
Fábio disse ainda que considera
Zezinho um grande gestor e que sob sua batuta, a Saúde avançou em todas as áreas. Confira a entrevista.
BLOG DO MAX - O PMDB deve mesmo ter candidato a prefeito de Aracaju? A maioria dos filiados concorda em lançar candidato?
Fábio Reis - Não tenho notícias de que a Executiva do partido tenha se reunido para deliberar sobre o assunto. Sabemos que o deputado Garibalde Mendonça e o secretário de Saúde, Zezinho Sobral, já manifestaram o desejam de levar seus nomes para
disputar a Prefeitura de Aracaju. Mas acho que essa discussão deve ser encaminhada e liderada pelo governador Jackson Barreto, que é a maior liderança do grupo e é quem deve conduzir e liderar todo processo. Devemos manter o diálogo permanente respeitando opiniões contrárias, mas sempre buscando o consenso e a união do grupo.
BM - Esses são os dois principais nomes em Aracaju, pelo PMDB? Zezinho Sobral e Garibalde Mendonça?
FR - Zezinho Sobral e o deputado Garibalde já manifestaram publicamente que estão à disposição do partido.
BM– Mas Zezinho tem sido lembrado pela maioria dos peemedebistas como possível candidato? Seu trabalho na saúde tem reforçado seu nome?
FR - Zezinho é um grande quadro do partido, assim como Garibalde.
O secretário de saúde melhorou muito a imagem da gestão da pasta no estado. Sabemos que existe um subfinanciamento na saúde do país, pois o que se arrecada fica aquém da necessidade da população. Mesmo assim, Zezinho tem se revelado um grande gestor.
BM – Mas houve melhorias efetivas na Saúde, sob o comando de Zezinho?
FR - Os hospitais no interior tem mostrado mais resolutividade, menos pacientes precisando ir à capital, menos transtornos, o que ajuda a desafogar o HUSE. Cirurgias ortopédicas, UTI e exames, que antigamente só eram feitos na capital, já estão no interior. O Hospital do Câncer já tem obras estão em andamento. Houve uma melhoria na frota do Samu, que contou com nossa ajuda, na liberação de novos veículos. Está claro que a saúde avançou em todas as áreas.
O governador Jackson prioriza a Saúde e deu autonomia para que Zezinho fizesse sua equipe e pudesse avançar nas ações. Até o momento tem melhorado e acredito estamos no caminho certo.
BM - E falando em Saúde, temos agora um ministro do PMDB na pasta. Isso tem sido bom pra Sergipe? O senhor, deputado pelo PMDB, tem conseguido recursos?
FR - Ter um ministro do partido sempre ajuda, mas isso não quer dizer que ele é ministro só do PMDB. Afinal, ele é ministro do governo, que é composto por uma base de partidos que dão sustentação ao governo. Tivemos a oportunidade de trazer o ministro para Sergipe, onde ele já veio com um grande gesto: conseguimos aumentar o número de ambulâncias novas que hoje estão servindo ao SAMU estadual.
Acho que Sergipe terá um grande desempenho junto ao ministério da saúde.
BM – O senhor acredita que em Aracaju o PMDB pode indicar o vice na chapa de outro partido aliado, como o PSD sugeriu?
FR – Assuntos sobre a eleição de 2016 em Aracaju só deverão ser discutidos após a opinião do governador.
Ele é o maior cabo eleitoral que qualquer partido poderia ter, não se pode falar em eleição na capital sem a opinião do governador Jackson Barreto.BM- Jackson Barreto sempre foi uma liderança forte na capital. Como o senhor avalia a liderança de Jackson e seu potencial de transferir votos, em meio à esta crise financeira? Jackson ainda é forte em Aracaju?
FR - Como já falei,
ninguém tem mais experiência e prestígio na capital que o nosso governador Jackson Barreto. Ele sozinho vale por um exército. Estados e municípios estão com dificuldades financeiras, o país passa por uma crise. Mas vamos superar com otimismo e muito trabalho. Nosso povo já passou por coisas piores e superamos, agora não será diferente. Acho que é muito cedo, prematuro fazer qualquer análise sobre futuro político. Mas de uma coisa eu não tenho dúvidas,
Jackson Barreto tem experiência e credibilidade, seu apoio é bem vindo por qualquer candidato. Quem conquistar sairá em vantagem na disputa.BM - O que o senhor achou do anúncio de apoio do PSD ou PSB? Foi cedo?
FR - É um assunto com opiniões distintas, uns acham que sim, outros acham que não.
Sempre defendi o diálogo,
sou amigo de Fabio Mitidieri e Valadares Filho, são jovens que trabalham muito e por quem tenho apreço e amizade. Mas procuro não misturar as coisas, sou partidário e seguirei a orientação no nosso líder maior, Jackson Barreto. Pela experiência que nosso governo tem, irá usar de todas as armas que a legalidade, tempo e democracia permitirem, para se chegar a um entendimento no grupo. Se não for possível chegar à uma candidatura única no grupo, temos que ter a maturidade suficiente para entender que devemos estar juntos no segundo turno.
BM - Como foi o seu mandato no ano de 2015?
FR - Tivemos um ano muito produtivo, conseguimos recursos para quase todos os municípios, projeto de leis aprovados,
participei de discussões importantes no cenário nacional, comissões e CPIs que foram destaques no cenário nacional. Foi um ano muito produtivo e que me sinto feliz por ter superado as expectativas.
BM - O impeachment de Dilma deverá ser analisado na volta da Câmara aos trabalhos. O senhor acha que será aprovado?
FR - Pelo que tenho visto e conversado com colegas, não há espaço para isso.
Dilma foi eleita de forma democrática e assim deve ser respeitada a vontade das urnas.BM - E essa disputa pela liderança do PMDB, qual a sua avaliação? É ruim para o partido? Quem ganha?
FR - O Ideal seria que fosse por consenso, mas como não houve isso, faz parte da democracia. Depois da eleição vamos reconstruir a unidade. Picciani, nosso líder, mostrou que tem condições políticas de continuar à frente da liderança.
Vamos continuar dialogando e tentando chegar até o dia da eleição com o maior número de apoios possível.BM- E Eduardo Cunha, deve continuar na presidência?
FR - Da mesma forma, ele foi eleito pela maioria e deve terminar seu mandato.
Não vejo motivos para seu afastamento.