Poder e Cotidiano em Sergipe
HCamp cumpre papel importante dentro da estratégia municipal de enfrentamento à pandemia 17 de Julho 16H:59
COTIDIANO | Por Max Augusto

HCamp cumpre papel importante dentro da estratégia municipal de enfrentamento à pandemia

Campanha de informação e orientação à população sobre a Covid-19

Em funcionamento desde maio, o Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar já atendeu a cerca de 300 pacientes. Para isso, a Prefeitura de Aracaju investiu em estrutura, equipamentos e mão de obra especializados: são médicos, nutricionistas, enfermeiros, técnicos de diversas áreas e um atendimento complexo voltado a casos e baixa e média complexidades.

O coordenador da equipe do HCamp, médico Flávio Arcângelis, afirma que a unidade cumpre um papel importante dentro de uma estratégia maior de combate à epidemia de covid-19. “Ele tem o papel de ser uma referência para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), para os contêineres e os dois hospitais municipais (Nestor Piva e Fernando Franco), para os pacientes de média e baixa complexidade”, define.

Porém, segundo ele, parte dos pacientes que chegam à unidade, durante o tratamento, podem evoluir para uma gravidade maior e precisar de outro tipo de dispositivo. Nesse caso, eles devem ficar no hospital transitoriamente. “Porque estamos seguros para lidar com um paciente de estabilização e não de internamento de longo período de paciente grave. A gente cuida dele até que ele possa ser transferido para uma UTI ou o quadro possa ser revertido”, explica o médico.

Para isso, a unidade conta com 26 leitos que podem ser adaptados para a estabilização de pacientes no HCamp, munidos de ventiladores mecânicos e monitores multiparamétricos. Depois de estabilizado, caso o quadro de alta complexidade se mantenha, a equipe solicita a transferência para a UTI, através do Complexo de Regulação do Estado.

Quem faz a solicitação é o Núcleo Interno de Regulação, que aguarda o médico regulador cadastrar o paciente, verificar a documentação e, então, colocar o paciente na fila para aguardar a vaga. Enquanto isso, diariamente, a equipe acompanhamos a situação, elabora um relatório para informar o quadro do paciente, que é como uma renovação de pedido, com o quadro clínico atual dele.

Mão de obra
Atualmente, o HCamp mantém 46 internados; 199 altas; 29 transferências e 22 óbitos. Com a decisão da Justiça que suspendeu os registros provisórios de médicos estrangeiros ou formados no exterior, os leitos ativos do HCamp foram reduzidos, de 102 para 60.

Quando esses profissionais começaram a atuar no HCamp, dia 4 de julho, foi possível a abertura de mais 42 leitos, resultando em 102 acomodações ativas. “Com eles, a gente passou a ter todos os turnos completos com 15 médicos, mas tivemos que reduzir e já chegamos a fechar uma ala, a Verde, por conta do baixo número de profissionais”, lamenta Flávio.

Atualmente, compõem a equipe do HCamp, 63 médicos com cargas horárias que vão de 48h, 60h, 72h, 156h e 204h; 2 nutricionistas; 114 técnicos de Enfermagem; 60 enfermeiros; 6 psicólogos; 25 fisioterapeutas; 2 técnicos em Radiologia e 3 técnicos de Laboratório.

Para ampliar as equipes e, consequentemente, a capacidade de atendimento da unidade hospitalar provisória, a Prefeitura mantém aberto um edital de contratação de médicos para atuar em casos de urgência e emergência. “Mas ainda precisamos de reforços para que o Hospital opere com sua total capacidade”, ressalta.

Para isso, seriam necessárias 5 mil horas/médico, as quais possibilitariam a abertura dos 152 leitos. Dessa forma, a saída dos 32 médicos estrangeiros representa uma perda maior do que a quantidade de médicos que atua agora no HCamp, já que davam uma carga horária maior.

Investimentos
A Secretaria também tem a solicitação de compra de mais 20 respiradores e a rede municipal em si conta com dez leitos de estabilização e dez respiradores no Nestor Piva, além de um leito de estabilização e sete com respiradores na retaguarda no Fernando Franco.

Todos os profissionais que atuam na unidade utilizam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários. A Prefeitura já investiu quase R$ 6 milhões em EPIs para a rede municipal de Saúde. Desse montante, R$ 359.577 foram liberados para o Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar.

Entre os itens dispensados ao Hcamp, estão luvas, óculos de segurança, aventais, máscaras e toucas. “O Hospital de Campanha foi implantado para atuar como retaguarda dos hospitais municipais e é uma unidade que vem trabalhando com resolutividade”, assegura a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.

Mas ela admite que há desafios, como a própria estruturação das escalas médicas. “Mas a gestão tem se empenhado na manutenção do atendimento, com editais abertos para as diversas categorias de profissionais de saúde a fim de garantir atendimento de qualidade para a população”, reforça a secretária

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.