Poder e Cotidiano em Sergipe
Governo pede intervenção em inquérito que investiga Eduardo Amorim 1 de Setembro 14H:09

Governo pede intervenção em inquérito que investiga Eduardo Amorim

O Governo de Sergipe, através da Procuradoria Geral do Estado, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), um requerimento solicitando a sua intervenção no inquérito 2.867/SE, que tramita em segredo de Justiça e investiga o senador Eduardo Amorim (PSC) por supostas irregularidades que teriam sido cometidas em 2003 e 2004, período em que ele administrou a Secretaria Estadual de Saúde. O pedido foi apresentado, no último dia 24, ao ministro Roberto Barroso, que é o relator do inquérito.



Afirmando que o estado foi a principal vítima das possíveis irregularidades, ilegalidades e infrações penais, e que portanto possui interesse no esclarecimento dos fatos, o estado pediu ainda acesso aos autos do inquérito.



Intimado pelo Ministério Público Estadual, que havia movido ação de improbidade administrativa, o Estado de Sergipe passou a fazer parte do processo, no polo ativo, visando a responsabilização dos envolvidos e o ressarcimento dos prejuízos gerados ao erário.



Compras irregulares
O documento relata que foram identificadas “compras irregulares, processos licitatórios forjados e desvios de toda ordem, além da manifesta falta de controle, planejamento e gerenciamento dos medicamentos e materiais hospitalares (...) com consequentes prejuízos aos cofres do estado de Sergipe”, durante a gestão de Eduardo Amorim na Secretaria Saúde.



O texto diz ainda que de acordo com as investigações realizadas pelo Ministério Público, constatou-se que grandes licitações demandavam longo período para finalização, fazendo com que as aquisições de medicamentos e materiais do maior hospital de Sergipe (o antigo Hospital João Alves Filho) se dessem quase que invariavelmente por meio de dispensas emergenciais – tornando rotineiro o que deveria ser emergencial.

 


Afirma também que foram comprovadas diversas fraudes, com a simulação ou montagem nos processos de compras e procedimentos de dispensas licitatórias, “contratações milionárias de empresas fantasma, superfaturamento de preços e desvios de medicamentos e material hospitalar e produtos jamais entregues”. Isso, ainda de acordo com o requerimento da PGE, gerou prejuízos incalculáveis aos usuários do SUS – e originou uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.


Parado
A procuradoria destaca que há quase uma década a ação de improbidade ainda encontra-se na fase de intimação para manifestação prévia dos réus. O inquérito que encontra-se no STF foi instaurado em 2009, e após a realização de diversas diligências, os autos estão na Procuradoria Geral da República desde março de 2015, sem movimentação alguma – e na avaliação da PGE, encaminha-se para a prescrição, daí o motivo do pedido de intervenção.

 

 

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.