Filho de Nêgo da Farmácia afirma estar sofrendo ameaça e intimidação

Joaldo Vieira Barbosa Júnior, conhecido como Júnior de Nêgo, é vereador no município de Boquim. Filho do ex-deputado estadual Joaldo Barbosa, o Nêgo da Farmácia, morto em janeiro de 2003 com vários tiros no bairro Atalaia, em Aracaju, ele afirma estar sofrendo ameaças e intimidações devido à sua atuação parlamentar.

“No dia 6 de outubro eu estava fazendo algumas visitas pela cidade de Boquim, por volta das 8h da noite, passando pelas ruas, e percebemos que tinha um carro e algumas motos nos seguindo e tentando nos intimidar. Não é normal situação que a gente vê carros e motos seguindo a gente no período eleitoral. Quando eu retornava à minha casa, umas nove e pouco da noite, um gol preto, o qual a placa está no vídeo que publiquei no Instagram, fechado de fumê e ainda com um adesivo da polícia no para brisa, fechou a rua da minha casa. Logo em seguida, chegaram motos, outras pessoas, inclusive funcionários do município, que são pagos pelo dinheiro dos contribuintes. Estão fazendo papel de tentar coagir todos nós que tentamos buscar voto, de pedir casa a casa. Colocaram para forçar com que a gente não saia, só que extrapolaram um pouco”, pontua Joaldo Júnior.

Ele narra mais detalhes: “Um funcionário tentou me intimidar, veio para a minha porta gritar e ameaçar. É esse tipo de política que nós não queremos. Não estamos com medo, levantamos a nossa cabeça e vamos lutar. Só peço a atenção da Secretaria de Segurança Pública, porque por muito menos do que isso, por muito menos do que ameaças, por muito menos que perseguições, nós vimos um deputado estadual, pela ambição de outras pessoas que queriam o poder a todo custo, ser assassinado. Isso não pode acontecer mais. Isso não vai acontecer mais. Quem pode nos garantir o que vai ou não acontecer numa campanha fora do normal?”, questiona o vereador.

Ele finaliza dizendo que vai enviar ao Ministério Público do Estado provas de irregularidades cometidas pelo atual prefeito e pede uma audiência com o secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes.

“Estamos fazendo o nosso papel de fiscalizar, vamos enviar ao Ministério Público todas essas nomeações de forma detalhada, e também os nossos vídeos. Estive na delegacia para fazer o BO, mas o delegado não estava. Ficou marcado para terça-feira, mas antes disso quero ver se consigo uma audiência com o secretário de Segurança, porque até dentro da delegacia tem um funcionário cedido da Prefeitura dentro da sala aonde se faz o boletim, isso com carro plotado e adesivado. Boquim está uma coisa tão louca que você não sabe o que faz”, lamenta Júnior de Nêgo.