Sergipe possui atualmente cerca de 900 farmácias, que geram aproximadamente 4,5 mil empregos. Mas, apesar disso, a rede farmacêutica local está sendo bastante prejudicada pela tributação estadual, que é feita com base no Preço Máximo ao Consumidor (PMC).
Com essa cobrança, quem sai ganhando são as redes nacionais, que têm centros de distribuição em estados onde o imposto é menor. Por causa disso, elas pagam o valor de R$ 0,04 sobre o remédio, enquanto as redes farmacêuticas locais têm que pagar R$ 0,42 de ICMS pelo mesmo medicamento.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de Sergipe (Sicofase), Alex Garcez, explica que na região Nordeste, apenas o estado de Sergipe tributa os produtos tomando por base o PMC, mesmo sabendo que essa tabela já está em desuso.
“Por conta desses incentivos fiscais dados pelo governo, grandes redes de farmácia têm se interessado cada vez mais em se instalarem em Sergipe”, explicou, dando como exemplo empresas como o Extra, Pague Menos, Walmart, entre outras.
O Sicofase tem lutado para que o governo encontre uma solução para esse problema que só tem prejudicado as farmácias locais, que não têm como concorrer com as grandes redes.
O sindicato já participou de cinco reuniões com técnicos do governo e secretários, com o intuito de tentar encontrar uma maneira de mudar a forma de tributar os medicamentos no estado. “Vamos continuar insistindo nisso, pois sem uma solução para essa tributação, não conseguiremos reduzir a crise”, afirmou Alex Garcez.