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Exploração de petróleo na foz do São Francisco pode ameaçar municípios sergipanos 12 de Janeiro 7H:21
COTIDIANO

Exploração de petróleo na foz do São Francisco pode ameaçar municípios sergipanos

Uma reportagem da Agência Pública alerta sobre as consequências no caso de um possível vazamento de óleo com a perfuração de 11 poços de petróleo na Bacia Sergipe-Alagoas, na região da foz do rio São Francisco, que devem ser explorados pela multinacional ExxonMobil 

Segundo a matéria, o município de Brejo Grande seria a primeira localidade sergipana a ser atingida em caso de vazamento. Em até dois dias o óleo poderia chegar até a foz do rio e provocar, principalmente, problemas ambientais, além de afetar a vida da população mais carente que vive da pesca, agricultura e artesanato no local.

Mesmo dependendo de uma licença ambiental do Ibama para iniciar as perfurações, a empresa começou a treinar os pescadores locais, tanto de Sergipe como de Alagoas, para saberem como lidar com possíveis vazamentos, segundo a reportagem.

De acordo com a Agência Pública, a ExxonMobil selecionou pescadores que receberam até R$ 2,5 mil para participarem de um treinamento para conter a possível chegada de manchas de óleo na foz e em toda região litorânea.

A reportagem cita ainda que dois advogados ambientalistas da Sociedade Canoa de Tolda, em Sergipe, assinaram uma Ação Civil Pública que tentou impedir a realização de uma audiência pública em formato virtual, alegando que a população, por não ter acesso a internet, não teria condições de participar do processo.

O Ministério Público Federal em Sergipe e em Alagoas tentaram suspender esta audiência, mas a Justiça não acatou o pedido. Agora, a Procuradora do MPF de Alagoas, Juliana Câmara, tenta, através de uma Ação Civil Pública, anular a audiência já realizada, alegando prejuízo à efetiva participação popular.

Ainda segundo a Agência Pública, com um possível vazamento na foz do Rio São Francisco, não só a região próxima ao local sofreria os impactos ambientais desse acidente, mas também outras regiões de todo o estado, já que uma mancha de óleo poderia chegar até a capital Aracaju, bem como em outras partes do litoral sul de Alagoas.

A ExxonMobil possui um histórico de desastres com a exploração de petróleo em alto mar e um dos maiores da história ocorreu em 1989, quando o petroleiro Exxon Valdez despejou 42 mil toneladas de petróleo no Alasca, episódio conhecido como “maré negra”.

Por Talisson Souza

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