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EMANUEL NASCIMENTO: “Tem muita gente querendo, mas é preciso saber se o povo quer” 10 de Agosto 12H:57

EMANUEL NASCIMENTO: “Tem muita gente querendo, mas é preciso saber se o povo quer”

Presidente do PT em Aracaju, vereador defende candidatura única da base governista. Ele também criticou a demora na revisão do Plano Diretor

 
Presidente do diretório municipal do PT de Aracaju, o vereador Emmanuel Nascimento diz que seu partido ainda não tem candidato a prefeito, mas confirma: as movimentações que têm ocorrido são no sentido de apoiar a deputada estadual Ana Lúcia, que na visão de Emanuel, é melhor candidata que o partido possui hoje.


Ele analisa ainda o cenário atual, onde vê vários partidos querendo lançar candidatos, 'para se encontrarem no segundo turno'. Apesar disso, o petista avalia que o melhor deveria ser um candidato único. Ex-presidente da Câmara Municipal de Aracaju, ele ainda critica a demora para que seja feita a revisão do Plano Diretor, que aguarda há 15 anos a sua atualização. “A cidade esta sendo levada de qualquer jeito”, diz ele. Confira a entrevista.
 

BLOG DO MAX: Quando o diretório municipal do PT vai começar a discutir as eleições em Aracaju? O PT terá candidato a prefeito?
EMMANUEL NASCIMENTO: O PT ainda não tem candidato a prefeito, até porque não se decidiu nada. O que o PT tem é uma pré-candidata, que é Ana Lúcia. As movimentações têm ocorrido no sentido de apoiar Ana Lúcia, ela é melhor candidata que temos. Mas estamos conversado, discutindo, avaliando, para poder ter uma decisão unânime. E eu como soldado do povo, como uma pessoa que trabalha pelo partido, e como presidente Municipal do PT, quero trabalhar para isso, quero fazer com que o candidato que a gente apresente seja forte. Devem ter pessoas com o posicionamento diferente, mas o partido está encaminhando por essa direção.
 


BM: O PT já definiu quem serão seus aliados preferenciais? O PT pode indicar o vice do PMDB?
EN: O PT não decidiu isso ainda. Claro que a gente faz parte de uma aliança. Hoje eu vejo todo mundo querendo lançar um candidato para se encontrar no segundo turno. Mas eu tenho uma posição diferente, acho que a aliança deveria se reunir, escolher um candidato e trabalhar para eleger o prefeito de Aracaju. Mas é preciso ouvir todos, e se todos entenderem que cada um precisa apresentar candidatura agora para se encontrar lá na frente, vou apoiar, porque sou partidário.
 


BM: O senhor acredita que a base aliada ao governador Jackson Barreto possa apoiar uma candidatura do PSB?
EN: Na política pode acontecer tudo, inclusive nada. A gente tem que discutir, ouvir o PSB, ouvir tudo. Depois, reunir e ver qual a melhor saída. Às vezes a gente está pensando de uma forma e outras pessoas pensando de outra maneira, e a gente precisa ouvir, para não fazer algo que é de um, mas fazer algo de todos, de muitos.


BM: Quem são hoje os nomes mais fortes do PT para uma candidatura a prefeito, caso Ana Lúcia não entre na disputa? E se for para indicar o vice, quem são?
EN:O vice tem que ser de outros partidos, tem que procurar os aliados para ver se eles aceitam indicar o vice. Tem gente que ache que numa aliança, o PT tem que colocar o vice. Mas na verdade o que a gente precisa ter é um bom candidato para disputar as eleições. Eu defendo, particularmente, que a gente se reúna para conversar e escolha o melhor candidato. Hoje temos diversos, as pessoas falam de Ana Lúcia, Valadares Filho, Edvaldo, Zezinho Guimarães, Márcio Macedo, Rogério Carvalho, Valmor Barbosa. Falam também em candidato do PMDB. Tem muita gente querendo, mas é preciso saber se o povo quer.


BM: Quando o senhor foi presidente da CMA, foram realizadas diversas audiências para o Plano Diretor. Elas não valeram de nada? A Câmara está realizando tudo novamente?
EN: Fizemos mais de 30 audiências nos bairros, na OAB. Fizemos audiências temáticas, um Fórum Nacional, onde o Ministério das Cidades veio até aqui. Mas a justiça mandou suspender a votação. Porque depois disso tudo, de diversas audiências ouvindo o povo, ela entendeu que não teve participação popular. Depois, o prefeito, através do seu líder Manoel Marcos, aprovou requerimento pedindo tudo de volta: o Plano Diretor, o Código de Obras, Código de Parcelamento Urbano, de Postura, de Meio Ambiente e de Mobilidade Urbana, está tudo na Prefeitura. Ou seja, o que a gente fez pela administração não valeu de nada. A justiça mandou suspender sem pedir informação de ninguém. Nada do Plano tem aqui na Câmara,, vamos receber da Prefeitura.


BM: Por que a PMA está passando tanto tempo sem enviar o Plano Diretor para a CMA? Isso gera prejuízo para a cidade?
EN: Esse plano precisa melhorar, a gente precisa trabalhar para ter o controle de tudo nessa cidade, por exemplo: da altura de prédios, como ocupar a zona de expansão, a questão do meio ambiente, etc. A cidade esta sendo levada de qualquer jeito, baseada numa lei antiga, de 2000. A própria lei diz que em 2005 precisava ser revisada, mas já estamos em 2015, são 15 anos sem revisão. Esses problemas que a gente vê no rio e em São Paulo são por conta da falta de Plano Diretor, por isso precisamos ficar atentos.Tenho participado das audiências públicas, fui à maioria delas, e essas sim, não tem participação popular. A prefeitura deveria mobilizar a massa, a comunidade, pois infelizmente não está tendo a participação popular. Esse é um assunto que o povo não entende direito, mas Plano Diretor é tão importante que isso deveria ser ensinado nas escolas, porque as pessoas não sabem o que é plano diretor.


BM- Durante o recesso parlamentar o senhor visitou feiras, postos de saúde e bairros de Aracaju. Como a população está avaliando a administração de João Alves?
EN: A saúde é tão complexa e tão difícil de ser resolver, mas o prefeito disse que iria resolver em seis meses. Quando chego aos postos a reclamação é geral, as pessoas falam de médicos que chegam atrasados, da falta de exames, da falta de especialidades. Só quem fala bem dos postos são as gerentes, até porque elas são representantes do governo. Quanto às feiras, a administração municipal tem tomado posições para melhorar, e algumas já estão organizadas, tem higiene. Mas, infelizmente tem a questão do preço das barracas. Tem barraca cujo aluguel saiu de R$ 20 para R$ 48, de R$ 12 para R$23. As feiras onde estive melhoram muito, agora, o valor está alto. As pessoas da feira são pobres, há pessoas que vão deixar de vender na feira porque não vão ter como pagar a barraca. Também estão cobrando um kit que é um avental, um chapéu, quem tem que pagar isso é a empresa ou a própria prefeitura. A organização está boa, mas o preço cobrado aos feirantes esta muito alto.

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