Poder e Cotidiano em Sergipe
Déficit da previdência do estado foi intensificado na gestão do ex-governador João Alves 25 de Maio 18H:57

Déficit da previdência do estado foi intensificado na gestão do ex-governador João Alves

O déficit da previdência em Sergipe foi tema de entrevista nesta quarta-feira, 25. O diretor do Sergipeprevidência, Augusto Fábio, esclareceu dúvidas de ouvintes e falou sobre a dívida previdenciária no programa apresentado pelo radialista George Magalhães, na emissora de rádio103 FM.

 

Questionado sobre a matéria do Jornal da Cidade que notícia um rombo da Previdência em Sergipe de R$1, 2 bilhão, Augusto Fábio explicou que houve uma má administração dos recursos descontados dos servidores até o ano de 2006.


“Temos que deixar claro que existe uma divisão na previdência de Sergipe de antes e depois de 2007. De 2007 para cá, todas as contribuições foram utilizadas unicamente para pagar aposentados e pensionistas e capitalizar o Funprev, onde hoje temos R$ 540 milhões. Se os governos anteriores a 2007 adotassem essa política de previdência, o Estado não passaria por essa situação financeira em decorrência da falta de capitalização do fundo previdenciário. O que ocorreu foi que, em anos anteriores a 2006, os recursos vertidos para a Previdência Social entravam na conta única, pagava-se a despesa de aposentados e pensionistas e o que sobrava não era capitalizado para fazer poupança. Quem estava em exercício em 2006 era o governador João Alves Filho. Não sei dizer onde os recursos foram utilizados”.



O gestor explicou que o atual déficit da previdência é consequência de administrações ineficientes. Ele afirmou que balancetes da Instituição comprovam que recursos não foram utilizados somente para pagamento de aposentados e pensionistas.


A atual situação financeira da previdência não é culpa desse governo, mas da falta de planejamento e não utilização correta de recursos de governos anteriores a 2007. Temos os balancetes que comprovam isso. Antes de 2007, o dinheiro da previdência não foi usado como deveria, ou seja, para pagar os aposentados e pensionistas e fazer uma poupança que lastreasse o futuro da previdência. Em 1993, o servidor descontava 10% e a parte patronal 10%. Em 2000, quando se tinha um déficit de quase R$ 4,8 bilhões, o governo reduziu a contribuição para 6%, provocando mais um desequilíbrio financeiro. Toda essa informação está documentada e à disposição da sociedade. Os governos anteriores não tiveram a preocupação de capitalizar o fundo e hoje o servidor paga por essa situação”, acrescentou.

 


Para esclarecer a situação, o Sergipeprevidência procurou o Tribunal de Contas para que fizesse uma auditoria. De acordo com Augusto Fábio, não é possível saber como os recursos foram utilizados pelas antigas gestões, pois não existem documentos anteriores a 2006.


“Entregamos essas informações para o Tribunal de Contas e solicitamos uma auditoria, porque não temos como saber onde esses recursos foram aplicados. Não temos os documentos anteriores a 2006 e sim um balancete que comprova que o Sergipeprevidência já começou sem recursos para honrar aposentados e pensionistas. Ainda em 2006, o desequilíbrio era de R$ 9 milhões, o que equivale a quase 10% da receita de contribuição. No final desse mesmo ano, houve um parcelamento de R$ 53 milhões em decorrência de contribuições não vertidas para o regime previdenciário. Na última semana do governo de 2006, houve um parcelamento onde se pagou apenas a primeira parte, no valor de R$ 890 mil. Em 2007, o Governo teve que pagar R$ 13 milhões desse total. Em 2008, foram pagos R$ 38 milhões”.

 

ASN

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.