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Brasil lidera crescimento mundial da adoção de transgênicos 14 de Abril 7H:42

Brasil lidera crescimento mundial da adoção de transgênicos

O Brasil cultivou 44,2 milhões de hectares (ha) com culturas transgênicas em 2015, um crescimento de 5% em relação a 2014 ou o equivalente a dois milhões de ha. Nenhum outro país do mundo apresentou um crescimento tão expressivo.

 

Com essa área, a agricultura brasileira está atrás apenas dos Estados Unidos (70,9 milhões de ha) no ranking mundial de adoção de biotecnologia agrícola. Em seguida, aparecem Argentina (24,5 mi/ha), Índia (11,6 mi/ha), Canadá (11,0 mi/ha) e China (3,7 mi/ha). Em todo o mundo, 28 países plantaram 179,7 milhões de hectares com variedades geneticamente modificadas (GM).

 

As informações são do relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), divulgado mundialmente ontem (13). De acordo com o fundador e diretor emérito do ISAAA, Clive James, cada vez mais agricultores estão plantando transgênicos porque eles são uma tecnologia rigorosamente testada e cuja eficácia já foi comprovada.


No Brasil, a intensa adoção dessa tecnologia no campo reflete a confiança que os produtores depositam nela. Na outra ponta da cadeia, em 2015, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) também aprovou um número recorde de novas produtos aplicáveis à agricultura. Foram 14 plantas transgênicas que expressam características que irão ajudar os agricultores de soja, milho e algodão a manejar os desafios da lavoura e obter melhor rendimento em função da redução de perdas.

 

A diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, destaca os fatores que contribuíram para esse desempenho. “A competitividade do agronegócio brasileiro é resultado de uma forte sinergia entre as necessidades do campo, adoção da biotecnologia agrícola e critério científico em avaliações de biossegurança”, afirma. Entre as aprovações, cabe ressaltar o primeiro eucalipto transgênico do mundo, liberado comercialmente em abril do ano passado.



Após 20 anos de cultivos no mundo (os primeiros plantios ocorreram em 1995), os transgênicos se consolidaram como a tecnologia agrícola mais rapidamente adotada na história recente da agricultura. Adriana Brondani comenta que, no Brasil, já são 17 anos de uso dessa tecnologia.

 

“No Brasil e no mundo, ao longo desse período de uso de organismos geneticamente modificados (OGM), não há um só estudo científico que tenha concluído que eles causam danos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente”, revela.

 

No País, a taxa média de adoção para as três culturas GM já disponíveis é de 91%. No caso da soja, 94% da área foi plantada com variedades transgênicas, para o milho (safras de inverno e verão) a taxa foi de 84%. O destaque de 2015, porém, foi o algodão, cuja adoção saiu de 66% em 2014 para 73% neste ano.



As altas taxas de adoção (entre 90% e 100%) nos maiores mercados do mundo para a biotecnologia agrícola sugerem que, nos próximos anos, haverá pouco espaço para crescimento. Isso implicará no surgimento de novos players, a exemplo de países asiáticos e africanos. Para Adriana Brondani, porém, esse cenário representa uma oportunidade para o Brasil. “Dentre os países em que a biotecnologia está mais presente, o Brasil é o único que consegue expandir área sem avançar sobre áreas de preservação, por meio da recuperação de áreas degradadas”, explica.

 


Fonte: Estratégia Ketchum

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