A saída de mais um secretário Municipal de Saúde foi o que motivou o discurso do vereador Emmanuel Nascimento (PT) na manhã desta terça-feira, 29, na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Após dezessete dias no cargo, o vereador Dr. Agnaldo deixou a pasta.
Ele é o sexto gestor a deixar a pasta durante a administração do prefeito João Alves Filho. “
Lamento a situação da Secretaria de Saúde, já se vai o sexto secretário. E o que se reclama lá é a falta de recursos, mas apresentei uma emenda aumentando o orçamento da área em R$ 50 milhões, mas Dr. Agnaldo e sua bancada rejeitaram”, lamentou o parlamentar.
Nascimento informou que a Saúde tem em torno de R$ 600 milhões por ano para poder atender as unidades hospitalares de Aracaju. “
Mas disseram que não precisava dessa emenda, que a questão da saúde era um problema de gestão. Eu soube que o problema da saúde é de que lá tem um secretário de fato. Não sei quem é, mas é uma pessoa próxima da administração, que ele verdadeiramente é quem manda, o prefeito nomeia um, mas existe um ‘sombra’. O secretário de Saúde não tem independência nem autonomia para gerir”, disse.
Para o petista, Dr. Agnaldo tem competência sim, formou-se médico, elegeu-se vereador, mas os problemas estão na Secretaria. “E ainda dizem que o problema da secretária é de Rogério Carvalho, tem dez anos que ele saiu da secretaria, e desse tempo para cá, muita gente já passou por lá.
Lamento essa situação na pasta, peço que João Alves sente com sua equipe e coloque logo o de fato e o de direito. Quem sofre é o povo de Aracaju, o povo não tem remédios, não tem exames, não tem atendimento mas a administração está dizendo que está resolvendo os problemas”.
Ainda durante o discurso Emmanuel fez um pedido ao prefeito João Alves Filho. “Se nenhum secretário consegue fazer nada, peço ao prefeito que não mude mais o gestor da pasta. P
eço que ele, pela manhã, vá para a Secretaria ser o secretário, acorde mais cedo e fique lá pela manhã para ver se resolve isso pois o povo é quem está sofrendo. Pensei que com Agnaldo as coisas iam melhorar, mas isso não aconteceu. Solidarizo-me com Agnaldo e com meu amigo sargento Vieira”, concluiu Nascimento.