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Aracaju registra maior aumento da cesta básica do Nordeste 20 de Julho 11H:19

Aracaju registra maior aumento da cesta básica do Nordeste

A cesta básica nordestina registrou aumento de 3,5% em junho em comparação ao mês anterior, chegando a R$ 373,23. A variação superou a média nacional para o período (3,3%), ultrapassando também os acréscimos verificados nas cestas básicas das regiões Sudeste (3,2%) e Norte (1,6%).

 

A informação é resultado de trabalho do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), com base em dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

Em comparação a maio, o valor da cesta básica subiu em todas as capitais pesquisadas do Nordeste. Em Aracaju e Natal, observaram-se os maiores aumentos, de 9,4% e 4,4%, respectivamente. As menores variações ocorreram em João Pessoa (1,7%) e Fortaleza (3,2%). As cidades de Recife e Salvador apontaram crescimento na ordem de 3,8% e 2,7%, respectivamente.

 

De acordo com a avaliação do Etene, o aumento na cesta básica deve-se principalmente ao crescimento de 60,7% no preço do feijão (peso de 12,7% na cesta mensal); de 8,7% no valor da manteiga (peso de 6,3%) e de 6,9% no custo do leite (peso de 6,1%). Atuaram de forma inversa as quedas de 14,3% no valor do tomate (peso de 10,3% na cesta mensal), 1,8% no custo da carne (peso de 27,3%) e 2,8% no preço da banana (peso de 11,0%).

 

Acumulado

No acumulado dos últimos doze meses, a elevação da cesta básica Nordeste ficou no mesmo patamar que a da cesta média nacional, 16,1%. As variações das cestas das regiões Norte e Sul, nesse parâmetro de comparação, ficaram abaixo da alta na cesta nordestina, com 14,1% e 15,5%, respectivamente.

 

Ainda na variação dos últimos doze meses, os maiores aumentos foram verificados nas capitais de Aracaju (23,7%), Salvador (17,8%), Fortaleza (17,2%) e João Pessoa (16,6%). Natal e Recife tiveram os menores crescimentos, com 11,1%.

 

Nesse base de comparação, a avaliação do Etene é que o crescimento da cesta básica nordestina ficou acima do aumento no grupo alimentos do índice regional de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA regional). A cesta básica do Nordeste cresceu 16,1% para uma inflação de alimentos no Nordeste de 13,5%. Com isso, a população dos extratos mais baixos de renda, em que a cesta básica é mais relevante no orçamento, perdeu a vantagem financeira que tinha até 2015.

 

Carne

O preço médio da carne, em doze meses, comparado com a média do período anterior, variou de 10,3% (em Natal) a 18,6% (em Aracaju). A carne teve uma participação relativa de 30,3% no valor total da cesta. Sua variação em doze meses foi de 15,0%, tendo as maiores elevações, afora Aracaju, em Fortaleza (16,7%) e Salvador (16,4%).

 

Pão

O pão é o segundo alimento em importância na cesta básica nordestina, chegando a 15,6% (média dos últimos doze meses). O aumento do preço médio, comparado ao mesmo período anterior, foi de 10,1%, tendo como principal influência o crescimento do preço em Aracaju (25,7%). Recife e Salvador foram as capitais em que o preço menos cresceu em doze meses, ambas com 7,9%.

 

Tomate

Na média dos últimos doze meses, o tomate participa com 13,4% na cesta básica do Nordeste. O aumento foi substancial, de 18,1%. A dispersão dos preços nas capitais nordestinas pesquisadas é elevada, de forma que a variação do preço em Recife foi de 9,6% e, em Aracaju, de 39,1%. Outra capital em que o crescimento foi expressivo foi João Pessoa, com 23,2%.

 

Banana

Salvador teve o maior peso no aumento no preço médio da banana em doze meses. A variação do preço na capital foi de 39,8%, bem superior, por exemplo, a Natal, que registrou queda de 10,0% no preço. João Pessoa seguiu de perto a variação de Salvador, com alta de 38,0%.

 

Feijão

O feijão, que representa 7,5% da cesta básica na média dos últimos doze meses, teve seu preço elevado em 31,5%. À exceção de Salvador, em todas as capitais nordestinas que fazem parte da metodologia do Etene, a variação superou os 35,0%. Os maiores aumentos ocorreram em Aracaju (45,0%), Fortaleza (42,9%) e Natal (37,0%). Em Salvador, houve crescimento de 18,0%.

 

 

Ascom BNB

Foto: Jadilson Simões

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