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À vista ou parcelado: saiba quando é mais vantajoso 9 de Agosto 7H:40

À vista ou parcelado: saiba quando é mais vantajoso

Comprar à vista ou encarar um crédito parcelado é, para especialistas em finanças pessoais, uma questão de estratégia, de entender o que é mais vantajoso para o consumidor no momento. Gostando ou não de matemática, é preciso calcular e planejar.

 

Fazer uma dívida não necessariamente é um mau negócio, desde que ela esteja dentro daquilo que seu orçamento pode pagar. Em alguns casos, explicam especialistas, pode ser melhor fazer uma prestação para adquirir um bem do que gastar o dinheiro sem objetivo.

 

Para auxiliar na sua decisão de compra e ajudá-lo a entender se é melhor comprar à vista ou a prazo, o Portal Brasil conversou com economistas. Todos eles asseguraram que há uma regra básica para decidir qual opção assinalar: as condições de pagamento.

 

Se você for comprar um bem financiado, a dica é observar se o estabelecimento cobra juros e, claro, qual o tamanho deles na fatura.

 

“Eu sugiro sempre comprar à vista e não esquecer de pedir desconto. Mas o parcelamento também pode ser interessante, principalmente para uma compra mais cara, como uma viagem”, pondera o economista Ronalde Lins, integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon).

 

O que são juros

Pouca gente se dá conta, mas a verdade é que o dinheiro é semelhante a uma mercadoria, pela qual se paga um valor para tê-la em mãos. Se você não tem recursos para adquirir um bem, mas precisa fazer essa compra assim mesmo, a opção é assumir um financiamento. Nesses casos, é comum incidirem juros sobre o valor do dinheiro a ser emprestado.

 

E, como os juros só fazem a dívida aumentar, uma opção que em geral pode ser mais barata é pagar o bem à vista e sempre pedir um desconto.

 

Mas, se a decisão for pelo pagamento em parcelas, diz Ronalde Lins, é preciso avaliar os juros no acumulado do ano. Nesse caso, é preciso saber quanto em dinheiro será desembolsado com o pagamento de juros.

 

Negociando as taxas

“A gente sugere que as pessoa paguem à vista e, se não for possível, que façam o mínimo de prestações”, ensina. “Negocie a taxa e tenha a sensibilidade de pagar o mínimo de taxa de juros. De preferência, que as pessoas avaliem quanto são os juros no ano ou no período total do financiamento e não apenas no mês”, observa.

 

Para uma decisão consciente de consumo, é preciso pensar: “realmente preciso disso ou posso adiar essa compra?”. Ponderar se dá para esperar alguns meses para juntar o dinheiro também é importante porque, dependendo da quantidade de prestações e de juros, comprar à vista sai muito mais barato.


Seu bolso

Comprar à vista ou encarar um crédito parcelado é, para especialistas em finanças pessoais, uma questão de estratégia, de entender o que é mais vantajoso para o consumidor no momento. Gostando ou não de matemática, é preciso calcular e planejar.

 

Fazer uma dívida não necessariamente é um mau negócio, desde que ela esteja dentro daquilo que seu orçamento pode pagar. Em alguns casos, explicam especialistas, pode ser melhor fazer uma prestação para adquirir um bem do que gastar o dinheiro sem objetivo.

 

Para auxiliar na sua decisão de compra e ajudá-lo a entender se é melhor comprar à vista ou a prazo, o Portal Brasil conversou com economistas. Todos eles asseguraram que há uma regra básica para decidir qual opção assinalar: as condições de pagamento.

 

Se você for comprar um bem financiado, a dica é observar se o estabelecimento cobra juros e, claro, qual o tamanho deles na fatura. “Eu sugiro sempre comprar à vista e não esquecer de pedir desconto. Mas o parcelamento também pode ser interessante, principalmente para uma compra mais cara, como uma viagem”, pondera o economista Ronalde Lins, integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon).

 

 

Ganho com juros

Se você tem o dinheiro para pagar por uma mercadoria, mas não descartou o parcelado como possibilidade, é preciso calcular. Supondo que o objetivo seja comprar uma televisão, tem de se levar em conta que ela tem dois preços: um para o pagamento à vista e outro para o parcelado.

 

À vista, a televisão do exemplo custa R$ 2 mil. Parcelada em 12 vezes, ela sairia a R$ 2,5 mil, a um custo efetivo de 25% ao ano. O consumidor, com o dinheiro no bolso, tem de pensar: "eu encontro uma aplicação financeira que me paga esses 25% de juros ao ano?".

 

Se a resposta for não, pagar pela televisão à vista pode ser uma boa opção. Se a resposta for sim, o ideal é parcelar e, a cada mês, tirar o valor da prestação dessa aplicação ou poupança para não ficar com a renda comprometida além do necessário.

 

Impacto da inflação

Outra forma de analisar é do ponto de vista da inflação. O consumidor, agora, quer uma geladeira que custa R$ 1 mil. A loja, nesse exemplo, oferece um parcelamento de 12 veze sem juros. No entanto, o produto continua com dois preços e se o pagamento for feito à vista, tem desconto de 5%, o equivalente a R$ 50.

 

Mais uma vez é preciso responder a uma pergunta: "a inflação nesse período deve ser maior que esses 5%?". Se a resposta for sim e a inflação bater, por exemplo, em 8%, é mais vantajoso parcelar. O desconto, para valer a pena, tem de ser maior que a inflação.

 

Portal Brasil

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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