Um dos temas mais discutidos no país, a reforma trabalhista proposta pelo governo Temer, é tema da pesquisa Pulso Brasil, realizada pela Ipsos.
Seis em cada dez brasileiros (58%) desaprovam as mudanças propostas. O índice de rejeição é maior ainda entre os mais escolarizados - 64% dos entrevistados com curso superior são contrários à medida.
O levantamento da Ipsos mostra que 56% já ouviram falar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 58% acreditam que as leis não necessitam de modificações.
Quase um quarto dos entrevistados (23%) afirmam que as leis devem ser alteradas e 29% não sabem opinar. O estudo revela ainda que 43% dos brasileiros desconhecem a reforma trabalhista.
Quando perguntados sobre quais são os pontos discutidos pela reforma, 61% das pessoas apontaram a terceirização do trabalho; 54% que haverá alterações no FGTS; 53% informam que terá mudanças no 13° salário; e 49% falaram que haverá transformações no seguro desemprego.
A pesquisa ainda revela que as pessoas veem negativamente temas relacionados à mudança no FGTS (72%) e ao parcelamento das férias (72%); seguido pela terceirização do trabalho (68%) e seguro desemprego (64%).
Quando questionados se as alterações serão boas ou ruins para determinados grupos da sociedade, 66% acreditam que os políticos serão os mais beneficiados. Enquanto 71% entendem que as empregadas domésticas e os mais pobres serão os mais prejudicados, seguidos pelos empregados (68%).
O desemprego é outro assunto levantado pela pesquisa. Nove em cada dez entrevistados (88%) foram prejudicados diretamente e indiretamente pelo desemprego nos últimos 24 meses. Sendo que 14% se consideram afetados diretamente. Neste grupo, 18% possuem Ensino Médio completo, e 15% são da Classe C.
O estudo foi realizado em entre os dias 01 e 12 de abril de 2017 e contou com 1.200 entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Ipsos
Foto: ABr
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