Poder e Cotidiano em Sergipe
Vera defende mais recursos públicos para cumprimento da Lei Maria da Penha 25 de Julho 5H:18

Vera defende mais recursos públicos para cumprimento da Lei Maria da Penha

A candidata a deputada federal pelo PSTU, Vera Lúcia, participa hoje de um debate sobre a situação da mulher negra no Brasil. O evento faz referência ao Dia Latino-americano e Caribenho e Luta da Mulher Negra, comemorado na mesma data, e acontece às 18h30 no bairro Santa Maria, em Aracaju. Para Vera Lúcia, essa é uma oportunidade de lembrar as reivindicações pelo fim do machismo e do racismo, que ainda vitima milhões de pessoas no continente.



“A pobreza no mundo tem cor e nome de mulher. As mulheres negras, como eu, são as que recebem menores salários e as que mais sofrem com violência doméstica. Por isso nós apoiamos as lutas dos movimentos sociais que pleiteiam políticas públicas especiais para esse segmento”, defende. Dentre essas políticas, Vera Lúcia destacou a necessidade de mais investimentos para o efetivo cumprimento e ampliação da Lei Maria da Penha.


 “O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou no ano passado um estudo sobre assassinatos de mulheres que demonstra que a Lei Maria da Penha não reduziu os dados da violência. Entre 2001 e 2011, estima-se que cerca de 50 mil mulheres foram vítimas de homicídio no Brasil, cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros. As mulheres negras são 60% das vítimas da violência doméstica e sexual. Ainda de acordo com o IPEA, o perfil das vítimas são mulheres jovens e negras. Do total, 31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e 61% são negras. No Nordeste, o percentual de mulheres negras no total de mulheres mortas chega a 87%; no Norte a 83%”, argumenta Vera Lúcia.


A candidata a deputada federal destacou a posição do Brasil no ranking mundial de homicídios femininos. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a 7ª posição entre as nações com os maiores números de homicídios femininos. Cerca de 70% das vítimas de assassinato são mortas pelos próprios parceiros. Em nosso país, a cada 15 segundos uma mulher é espancada e a cada duas horas uma é assassinada. Esses dados são lamentáveis”.


Vera Lúcia explicou que a construção de mais casas abrigo para as vítimas de violência e a ampliação do horário de atendimento das delegacias especializadas são algumas das medidas que poderiam ser adotadas. “O problema é que o orçamento público para a implementação de medidas de proteção é muito baixo. E isso acontece em pleno governo da primeira mulher que chega à Presidência da República. Em Sergipe temos apenas seis delegacias de atendimento especial à mulher e uma casa abrigo. Sendo que as delegacias não funcionam 24 horas e nem aos fins de semana. Por faltas de políticas públicas, Sergipe é o 18º estado e Aracaju a 15ª capital onde as mulheres mais sofrem violência no Brasil. A média é de 10 mulheres vítimas de violência doméstica por dia em Aracaju. ”, explica.


Para Vera Lúcia, não basta ter uma mulher como chefe do Poder Executivo, é preciso que o orçamento público rompa com a política econômica atual. “Como podemos bancar o funcionamento de delegacias da mulher 24 horas por dia e sete dias por semana quando quase metade do nosso Produto Interno Bruto (PIB), vai para o pagamento da dívida pública? A presidente Dilma não pode governar para as mulheres porque está comprometida demais com os banqueiros, principais beneficiários do endividamento estatal”, critica.

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.