O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), a União Brasileira de Mulheres (UBM/SE), CUT, CTB e outros sindicatos e entidades entregaramontem uma carta pública na Câmara Municipal de Vereadores de Aracaju (CMA) contra a incitação de violência de gênero do vereador Agamenon Sobral. “Aqui em Aracaju, a sociedade não pode permitir que na Casa Legislativa, um de seus integrantes, use o espaço para fazer apologia ao crime e a tortura de gênero”, enfatizou Brasileiro.
Outro agravante é que o discurso do parlamentar ocorreu na semana de abertura da Campanha internacional dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher e que é uma afronta à Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher da ONU, ratificada pelo Brasil em setembro de 2002.
“O mais grave é que pronunciamentos violentos à condição feminina por parte desse vereador têm sido recorrentes, porém, até então o parlamentar nunca foi punido e se quer retratou perante a imprensa e a sociedade”, disse Flávia Brasileiro, diretora do Seese e que já prestou uma queixa-crime contra o vereador.
Antes de protocolarem o documento na CMA, os representantes das entidades fizeram uma manifestação na frente da câmara. Houve no ato homens de saia, calcinhas no varal e gritos de ordem, como: “Fora, fora, vereador machista!”.
Repetição
Os discursos "polêmicos" do vereador não são de agora. Em maio deste ano, Agamenon Sobral foi acusado no expediente da câmara proferir discursos grosseiros e machistas dirigidos às enfermeiras do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Um mês depois, militantes sociais realizaram uma passeata de protesto contra o vereador.
Participaram do ato, além do Seese, UBM/SE, CUT, CTB, Sindicato dos Assistentes Sociais, Sindicato das secretárias, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Radialistas, Sindicato dos Servidores do Ministério da Saúde, Sintrase, Sintasa, Sintufs, Fetase e Secretaria Nacional da Mulher.