Poder e Cotidiano em Sergipe
Sergipe reúne condições para produzir soja 27 de Novembro 7H:25

Sergipe reúne condições para produzir soja

O vice-governador Belivaldo Chagas compareceu ontem a primeira reunião ampliada em que foi discutida a possibilidade de produção de soja em Sergipe.


O encontro ocorreu no Palácio de Despachos. Belivaldo Chagas se mostrou entusiasmado com a possibilidade do estado se tornar um produtor de soja e colocou a estrutura do governo à disposição dos segmentos envolvidos.


De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, Sergipe apresenta potencial para se tornar um produtor do grão por contar do clima, solo e ciclo de chuvas apropriadas. Ele disse que a Embrapa está com três áreas experimentais situadas em Carira, Frei Paulo e Umbaúba e os resultados são bastante positivos.


O secretário afirmou que o Governo de Sergipe entraria como articulador dos segmentos envolvidos, assistência técnica e distribuição de sementes para os pequenos agricultores que se inserirem na produção de soja.


A reunião foi provocada pela VLI, empresa administradora do Porto de Sergipe. Conforme Esmeraldo Leal, a empresa tem interesse em estimular o plantio de soja no Norte da Bahia, Sergipe e Sul de Alagoas, uma vez que já está transportando a soja produzida no município de Luiz Eduardo Magalhães (BA).


“O porto incrementaria o comércio de exportação e, como valor agregado, a nossa soja entraria com um preço mais vantajoso, pelo fato de não ser preciso computar o custo com transporte. Ganharíamos uma redução de 1.200km de transporte, já que usaremos o nosso porto”, acentuou o secretário. 


Ele ainda disse que Sergipe deverá produzir soja convencional e orgânica, que tem um valor de mercado de R$ 3 a R$ 5 a mais que a transgênica. “Além disso, é ótima para recuperar o solo. A soja convencional e orgânica produz nutrientes que recupera o solo já cansado. Ela pode entrar também como rotação de cultura e resolveria o problema da monocultura do milho no estado, além de ser ambientalmente correto”, explicou.


Outra vantagem apontada por Esmeraldo Leal, é que o calendário de safra de Sergipe não competiria com o de outros estados. Segundo ele, o estado iria produzir na entressafra de outras localidades.  Outro valor agregado apontado pelo secretário é a produção de sementes e de ração.


Exportação
Na tarde de ontem Porto de Sergipe carregou um navio com 32 mil toneladas de soja vindas de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia. Este é o quinto navio abastecido com soja no porto sergipano com destino a Rússia e Japão, sendo que o embarque de hoje vai para a Rússia.


De acordo com o gerente da VLI, Valdeilson Paiva, a soja é uma commodity que tem mercado internacional e Sergipe precisa aproveitar a sua potencialidade e capacidade fértil para se introduzir no corredor logístico de embarque do produto.

 
Ele disse que o Porto de Sergipe conta com estrutura apropriada para embarque do grão na medida em que as colheitas estiverem em execução. “Transportamos por mês cerca de 90 mil toneladas de produtos que vão desde o coque de petróleo, soja, fertilizantes, trigo e outros”, acentuou.


Presenças
Participaram da reunião produtores rurais, representantes da Emdagro, Embrapa, Porto de Sergipe, SergipeTec, Sedetec, Fetase (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), Sefac (empresa que presta assistência técnica aos assentados), Sebrae, Federação da Agricultura de Sergipe, Senar, BNB, Banese, Central de Armazenamento, fabricantes de ração, prefeito de Glória, Chico do Correio e secretários municipais de Agricultura. 

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