A Assembleia Legislativa custa caro para Sergipe:
O Estado está entre os dez que gastam maior percentual do PIB para manter os deputados. Uma pesquisa realizada pela ONG Transparência Brasil apontou que em nosso país, quanto mais pobre o Estado, mais ele gasta com o Legislativo.
Sergipe, por exemplo,
destina cerca de 0,7% do seu PIB para manter o seu Poder Legislativo, enquanto São Paulo gasta cerca de 0,1% do seu PIB.
Outra comparação: Em São Paulo, onde há 94 parlamentares, cada cidadão paga, por meio de impostos, R$ 23 por ano, para manter a Assembleia. Já os sergipanos pagam cerca de R$ 90,00, valor quatro vezes maior que o dos paulistas.
A explicação para essa disparidade está, conforme especialistas, na estrutura semelhante para Estados completamente distintos. Por exemplo, o salário dos parlamentares é igual em 25 das 27 unidades da federação, independentemente de quão pobre é a região - algo que não ocorre no mercado de trabalho, por exemplo.
O salário de um deputado é de 25.322 reais, 75% do que recebe um deputado federal, conforme prevê a legislação, que define um teto salarial. “Além disso, esses parlamentares também recebem uma série de benefícios que eles mesmos estipulam para si e acabam inflando seus vencimentos”, diz o estudo da Transparência Brasil.
“Parece que há alguma distorção. A pergunta que a gente faz é: por que em Estados e municípios pobres um deputado estadual e um vereador precisam receber uma verba tão grande que é maior do que um representante de um Estado mais rico?”, ainda questiona a ONG.