Cumprindo o que disse em várias entrevistas no final de 2015, de que o ano de 2016 trabalharia intensamente para coordenar o processo de eleições no PT junto às suas forças internas, lideranças políticas do partido e sua militância, o presidente do PT em Sergipe, Rogério Carvalho, tem executado uma agenda em ritmo de campanha.
Reuniu-se com vereadores para discutir eleições 2016; conduziu reunião com a direção executiva do seu partido; visitou lideranças políticas e partidárias em vários municípios; discutiu com assessores a elaboração de agenda de visitas aos diretórios do partido e atendeu à imprensa sobre o caminho do PT nas eleições em Aracaju e demais municípios de Sergipe.
Na manhã de ontem, logo cedo, concedeu entrevista no programa “Jornal da Manhã”, na Jovem Pan, e
iniciou respondendo ao jornalista Rosalvo Nogueira sobre sua passagem nas secretarias de saúde de Aracaju e do Estado. Falou sobre a transformação na saúde promovida por Marcelo Déda, em Aracaju e Sergipe, quando foi prefeito e governador, e ele secretário.“Se tirar as clínicas, que funcionam no interior do estado, acaba a atenção primária; se tirar os hospitais regionais, que reformamos e construímos, não tem como atender as pessoas; se tirar o HUSE, que foi dobrado de tamanho no período de Déda, gera calamidade; se fechar o Cirurgia, o Santa Isabel, e tirar os serviços que implantamos de nefrologia, de cardiologia avançada, cirurgia endovascular, neurocirurgia, urologia, a UTI neonatal, centro cirúrgico do Santa Isabel... o SAMU, os CEUs, farmácias populares, CAPES, urgência em saúde mental no São José, os leitos de psiquiatria em hospital de Cirurgia e Universitário e oftalmologia,
não sobra nada na saúde de Sergipe”.
Sobre a gestão do prefeito João Alves em Aracaju,
Rogério destacou que a população cresceu nos últimos 10 anos e que os serviços e equipes de saúde não cresceram na proporção do aumento populacional. “Em 2006, a prefeitura tinha 128 equipes de saúde na família, regionalmente distribuídas. A população cresceu em 100 mil habitantes, desde que saí da secretaria, e não foi implantada uma única equipe de saúde na família. Até os agentes comunitários estão sendo desviados da função para trabalhar como funcionário administrativo”.
E criticou a forma do prefeito João Alves administrar Aracaju.
“Dizia meu pai: ‘pra trabalhador ruim, não há ferramenta que preste’. O prefeito João Alves Filho é um trabalhador muito ruim, e a prefeitura não serve como ferramenta para ele, porque ele é incompetente para administrar nos tempos atuais, ele está ultrapassado, fora de qualquer conceito de administrar uma cidade”. Questionado sobre as dívidas da Fundação Hospitalar de Saúde, Rogério explicou que o conceito de Fundação é o de um modelo gerencial moderno e que o Estado brasileiro precisa se modernizar, com eficiência e transparência.Disse ainda que gerenciou as fundações por apenas 3 meses e por isso não pode ser responsabilizado sobre gestões e dívidas que não foram dele. “
Se o Estado contrata as fundações por 50 milhões por mês e paga 43, todos os meses têm um déficit de 7 milhões, no final do ano tem 70 milhões de déficit, ao final de 2 anos são 140, ao final de 3 anos são 210 milhões. Essa é a base do déficit e endividamento da fundação”, exemplificou Rogério.
Rogério reafirmou que deixou a Secretaria de Estado da Saúde em 2 de fevereiro de 2010 e operou as fundações por apenas 3 meses e que o endividamento da autarquia não foi produzido no período em que ele foi secretário.
Perguntado se poderia ser candidato à prefeito nestas eleições de 2016,
Rogério disse que para ser candidato é preciso o entendimento de várias forças e um projeto bem definido com a sociedade. “Fui candidato a senador e a vida do político não pode ser de uma eleição para outra eleição. Fui candidato a senador pelo meu partido, tive uma eleição tomada pela manipulação de dados de pesquisas eleitorais e
tenho compromisso com o eleitor que votou em mim para senador, compromisso de voltar a colocar meu nome à disposição do meu partido para voltar a disputar as eleições para o senado”.
Sobre as discussões com os partidos aliados, Rogério ponderou qu
e houve precipitação no lançamento de nomes no bloco e que o PT está seguindo o rito normal para participar do pleito com um nome encabeçando a chapa, ou compondo com um partido aliado. “Vai depender da avaliação de pesquisas e sobre o que pensa a população, para poder encaixar um candidato que possa ser competitivo”.
Encerrada a entrevista e na saída da emissora, Rogério foi cumprimentado por alguns moradores do bairro Santo Antônio, que falaram sobre a piora nos serviços de saúde na localidade. Um deles lembrou do embate com o
vereador Agamenon Sobral em uma outra entrevista e que em uma sessão na Câmara de Aracaju, Agamenon chamou jornalistas do Jornal da Cidade de “mentirosos e vagabundos”. Rogério agradeceu aos moradores, mas pediu a compreensão deles para não se manifestar em relação ao vereador Agamenon Sobral. “O que tinha a dizer já foi dito, mas quero manifestar minha solidariedade aos jornalistas do Jornal da Cidade que foram agredidos.
O homem público deve compreender seu papel e o papel da imprensa. Nem sempre assisto, leio ou ouço coisas que gosto, mas não posso, e não tenho o direito, de ofender nenhum profissional. O papel de informar à sociedade é um dos mais importantes pilares da nossa democracia e atacar a liberdade de expressão do jornalista, é atacar toda a sociedade”, encerrou Rogério.
Fonte: PT/SE