PSTU defende Petrobras 100% estatal

A presidente estadual do PSTU, Vera Lúcia, manifestou o apoio à greve dos petroleiros em nome de seu partido.


Para a agremiação, o movimento grevista tem significados muito mais amplos que a questão de aumento de salários.


Vera denuncia um processo de privatização da estatal que, para ser completamente implementado, precisa impor rebaixamento de salários e retiradas de direitos dos trabalhadores.

 

“A Petrobrás está sendo privatizada. Nós não podemos permitir isso. Esse processo de entrega do nosso patrimônio começou nos governos FHC com a quebra do monopólio estatal do petróleo, e os leilões. Lula e Dilma deram continuidade aos leilões, aprofundaram a terceirização, diminuíram ainda mais a participação nacional na empresa. A luta dos petroleiros vai na contramão desse processo. Por isso é uma luta de todo povo trabalhador brasileiro”, explica.

 

Na pauta de reivindicações dos petroleiros, está o cancelamento do projeto de venda de ativo da Petrobrás. A intenção do Governo é se desfazer de US$ 13bilhões em patrimônio de empresas subsidiárias no Sistema Petrobrás, como a Transpetro e a BR distribuidora.


“A nossa Fafen também está na lista de possíveis vendas. Trata-se de uma unidade altamente produtiva. Que emprega aproximadamente mil pessoas. Um patrimônio do povo sergipano. Não podemos deixar que isso seja entregue de mão beijada”, denuncia Vera.

 

Na contramão do que vem acontecendo, Vera explica que o PSTU defende o aumento da participação estatal na empresa. “Defendemos uma Petrobrás 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores, o fim da terceirização, com a primeirização de todos os terceirizados. Só assim podemos garantir uma empresa a serviço das necessidades do nosso povo, inclusive com gasolina e gás de cozinha mais baratos”, afirma.

 

Os escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal também geraram impactos na saúde financeira da Petrobrás. Vera avalia que o PT fez um grande desfavor à população ao contribuir com argumentos pró-privatização.


Para combater a corrupção, o PSTU defende que o controle administrativo da empresa esteja a cargo dos trabalhadores da empresa, com participação da sociedade.

 

“A empresa não dá prejuízo. Pelo contrário, nos últimos tempos têm tido lucros líquidos da ordem de R$ 25 bi ano a ano. O valor patrimonial da Petrobrás se mantém o mesmo entre 2010 e 2014. Porém, o valor de mercado, que serve apenas a interesses especulativos, despencou de R$ 380 bi em 2010 para R$ 128 bi em 2014. O aprofundamento dos escândalos de corrupção contribuem  para a desvalorização especulativa da empresa”, argumenta.

 

Vera é enfática quanto a necessidade de impor ao governo Dilma uma derrota no projeto de venda de ativos. “Os petroleiros e o povo brasileiro só podem ter vitórias derrotando esse governo e a oposição de direita. Por isso não titubeamos em dizer que basta de Dilma, de Aécio, Cunha e Temer”, afirma.

 

Fonte: PSTU