Poder e Cotidiano em Sergipe
“Previdência tem um déficit de R$ 1,2 bilhão por ano”, diz Belivaldo 10 de Abril 8H:08

“Previdência tem um déficit de R$ 1,2 bilhão por ano”, diz Belivaldo

Vice-governador e secretário da Casa Civil, Belivaldo Chagas (PMDB) conversou com a equipe do BLOG DO MAX/Jornal da Cidade sobre as ações do governo - e sobre política, é claro.

 

Ele relembrou sua atuação à frente da secretaria de Educação e rebateu insinuações feitas pelo senador Eduardo Amorim (PSC), em entrevista do último domingo, sobre uma possível falência de Sergipe.

 

Belivaldo enumera investimentos e projetos realizados e ressalta o crescimento do ensino profissionalizante. Confira.


BM - Na última semana, o senhor participou do Fórum de Governadores do Nordeste, em Fortaleza, no qual discutiu a reforma da previdência e a crise hídrica. Quais propostas serão apresentadas ao governo federal?
BC - Será marcada uma reunião com o presidente Michel Temer e os presidentes do Supremo Tribunal Federal - STF, Senado e Câmara Federal para discutir o andamento de projetos que podem beneficiar os estados. Em Fortaleza, tratamos da reforma da Previdência, contingenciamento de recursos, operação de crédito, revisão da tabela do SUS, renegociação de dívidas. São pautas comuns aos nove estados da região. Além da reforma da Previdência e da crise hídrica, porque estamos atravessando uma das piores secas da região.


BM - A previdência é um problema que compromete as contas públicas em todo o país e com Sergipe não é diferente. Qual o atual déficit da previdência no estado?
BC - Temos um déficit previdenciário de R$ 100 milhões por mês, o que totaliza R$ 1,2 bilhão para este ano. A previdência é um gargalo em vários estados, veja o que está acontecendo com Rio de Janeiro, Minas, Rio Grande do Sul. São estados em situações mais complicadas que a nossa, que estão com as administrações praticamente inviabilizadas. Claro que temos que trabalhar com nossa realidade, mas é algo nacional. O governo do Estado vem ajustando a máquina administrativa desde 2014, enxugamos a estrutura, acertamos o Plano de Cargos e Salários, suspendemos a incorporação de cargos, que onera a previdência. Nosso grande problema é a diminuição constante na arrecadação, o que causa um desequilíbrio financeiro. Nossa estrutura é enxuta, operamos com o custeio de 2014.

BM - Vice-governador, na sua avaliação, Sergipe está falido?
BC - Sergipe resiste, dribla a crise e continua crescendo. Assim como o resto do País, atravessamos uma crise econômica séria. Não estamos isolados, sofremos com a recessão, com a queda de arrecadação, mas estamos buscando alternativas de investimentos, atraindo empresas, entregando obras. O senador Eduardo Amorim está desinformado. O estado não está falido, isso é declaração de quem defende o quanto pior, melhor. Somente em 2016, atraímos 22 novas indústrias de diversos segmentos como fabricação de colchões, adubos e fertilizantes, produtos e esquadrias de metal. A implantação da maior termoelétrica da América Latina foi iniciada. São R$ 5 bilhões na Termoelétrica Porto de Sergipe, que irá gerar 1.700 empregos. Quase toda semana, entregamos obras na capital e interior, como as escolas entregues nesta sexta, dia 07, em Socorro e Telha e o Centro Integrado de Segurança em Nossa Senhora de Lourdes. Na capital, temos mais de R$ 600 milhões em obras de mobilidade, saúde, pavimentação. Apesar das dificuldades, o governador Jackson Barreto tem enfrentando as dificuldades com trabalho.



BM - O senhor será candidato ao governo em 2018? Como avalia a pesquisa que o coloca em boa situação com o eleitorado aracajuano.
BC - As eleições estão distantes e meu foco, assim como do governador Jackson Barreto, é entregar ações e projetos iniciados em 2015, nosso compromisso é esse. Em nenhum momento me coloquei como candidato, mas não me furtarei caso seja convocado. Estou voltado para o desenvolvimento de Sergipe, ampliar programas como o Dom Távora, política de habitação etc. Os bastidores políticos tentam antecipar as coisas, o que posso dizer é que não houve decisão do agrupamento, mas, se for o desejo do grupo, aceitarei.



BM - O senhor já atuou como secretário de Educação na gestão de Marcelo Déda e agora é vice-governador. Qual avaliação faz da implantação do ensino integral na rede estadual de ensino?
BC - O ensino integral é uma realidade em nossa rede estadual. Temos três unidades nesse modelo: o Atheneu, o Vitória de Santa Maria e o Marco Maciel. Até o fim do ano, serão 28 em todo o estado. Está mais do que provado que o resultado desse modelo é positivo: tivemos 90% de aproveitamento no Enem e taxa de evasão quase nula. É preciso destacar que os investimentos em educação dão frutos a médio e longo prazo. A implantação do modelo integral de ensino é algo iniciado na gestão de Déda. Enquanto secretário de Educação, visitei estados como Ceará e Tocantins para observar o funcionamento integral das redes estadual e municipal, conversamos com professores. Reformamos mais de 110 escolas e deixamos recursos para reforma e ampliação de mais 40 unidades. É um trabalho contínuo e os resultados começam a aparecer com nossos estudantes conquistando aprovações em universidades de todo o País.



BM– O governo também tem investido no ensino profissionalizante. Quais as próximas unidades a serem entregues e quais os ganhos desse tipo de ensino?
BC - Temos Centros Profissionalizantes para entregar em Umbaúba e Indiaroba. Ao fim da gestão, Jackson Barreto terá inaugurado dez escolas profissionalizantes, isso representa formação profissional para alunos de todas as regiões do estado. Como falei anteriormente, as ações em educação dão resultados a médio e longo prazo. O debate sobre a interiorização do ensino profissionalizante teve início quando eu estava na Seed. Na ocasião, fomos entender a vocação profissional de cada região sergipana, para alinhar os cursos com maior aproveitamento no mercado de trabalho local, buscamos parcerias para execução das obras, a exemplo do Centro de Educação Profissional Governador Marcelo Déda Chagas, já em funcionamento em Carmópolis, na área de gás e petróleo e do Centro de Nossa Senhora das Dores, inaugurado mês passado, cujo terreno foi doado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A unidade de Dores ofertará cursos de alimentos e bebidas, um investimento de R$ 12,4 milhões. Precisamos preparar nossos jovens para o mercado de trabalho e o ensino profissionalizante oferece essa capacitação técnica. Outro ganho é que os alunos ficam em seus municípios ou regiões de origem, não precisam buscar especialização na capital ou outros estados.

 

 

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