Dois mil e dezesseis já começou com muita dor de cabeça para os servidores públicos da prefeitura da capital, ativos e aposentados, pois até a tarde de ontem,
os salários referentes ao mês de dezembro de 2015 não tinham sido creditados nas contas. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Professores do município, o Sindipema.
No período da manhã, o presidente do Sindipema, Adelmo Meneses Santos, e os diretores sindicais Otalício Lima Vieira, Maria Pureza Santos Rosa e Maria Magna Araújo Santos estiveram na Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLOG) na tentativa de se reunir com o secretário Igor Albuquerque, e saber dele
quando os vencimentos seriam pagos, mas o grupo não foi recebido por ele, apenas pela chefe de gabinete, Telma de Andrade.
De acordo com o sindicato, não houve nenhum tipo de comprovação ou garantia, mas a informação dada por Igor Albuquerque foi de que a dívida da PMA será quitada até o dia 13 de janeiro.
Na tarde de ontem professores e o presidente do Sindipema expuseram os problemas à TV Sergipe. “Não tem uma só conta minha que esteja em dia, está tudo atrasado, inclusive, comecei o ano com o nome sujo por causa da prefeitura de Aracaju. E isso sem falar dos juros que somos obrigados a pagar, mesmo não sendo nossa culpa”, declarou a professora aposentada Maria Soledade Barbosa.
O professor Acássio dos Santos Freire disse ainda que
o atraso no pagamento dos salários causa não somente problemas financeiros, mas também psicológicos. “Ficamos muito mal por não poder quitar nossos débitos, é uma coisa que altera a estrutura, principalmente porque estamos sendo obrigados a fazer isso”, observou.
“Temos os nossos compromissos com outras pessoas, com instituições, e eles não querem saber os motivos pelos quais não efetuamos o pagamento.
Espero muito que este ano a prefeitura se reorganize e que cumpra a obrigação que possui porque nós, professores, estamos diariamente na sala de aula, não mudamos nossa rotina de trabalho”, declarou a professora Wilza Alves.
RepúdioJá o presidente do Sinodonto, Marcos Santana, emitiu uma nota de repúdio, afirmando que num momento de crise econômica e de epidemias, o
prefeito de Aracaju só anunciou o atraso ontem e deixou os trabalhadores da saúde por último - para o dia 13 de janeiro. “Uma flagrante atitude do
descaso com a saúde pública de Aracaju ,um homem com um discurso e uma prática diferente é incoerente”, disse Santana.