Nesta entrevista ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE o presidente estadual do PT, Rogério Carvalho, afirmou que a Fundação Hospitalar de Saúde é hoje uma das maiores empresas de Sergipe e gerencia a maior rede de serviços de saúde do estado.
Segundo Rogério, Sergipe nunca teve rede de serviços hospitalares pública tão ampla e complexa como tem hoje, e ela está sob a gestão da FHS. “Muita gente que não entende nada de saúde e de hospital fala como se especialista fosse e pode estar contribuindo para o caos”, disse ele.
Na conversa ele também confirmou que em 2018 o PT deve reapresentá-lo para disputa o senado, tendo Márcio Macêdo e João Daniel como candidatos a deputado federal.
BLOG DO MAX- O PT em Sergipe estará mesmo unido em 2018? O partido conseguirá se unificar em torno de alguma candidatura?
Rogério Carvalho - Sim! A aliança entre as correntes internas lideradas pelo deputado João Daniel, por Francisco Gualberto, Sílvio Santos, Márcio Macedo e por mim para as eleições do PT, tem como um dos 13 itens que a lastreiam o consenso em torno do meu nome como candidato majoritário em 2018.
BM - Quais são os objetivos do PT em Sergipe para 2018? Querem integrar a chapa majoritária?
RC - Eleger pelo menos dois deputados federais, ampliar o número de deputados estaduais e eleger nosso candidato a senador.
BM- Como foi o acordo com o grupo de Márcio Macêdo? O senhor vai apoiar uma possível candidatura dele para deputado federal?
RC - Foi em cima dos seguintes pontos: 1. Fora Temer!; 2. Defesa da volta da legalidade e legitimidade democráticas: Diretas já!; 3. Construir coordenações territoriais no PT; 4. Manter relação com a rede de movimentos sociais; 5. Reorganizar e resignificar os setoriais do partido; 6. Manter a transparência na gestão do partido; 7.Construir um calendário permanente de reuniões da Executiva, do Diretório e com a militância, bem como nas outras instancias do partido; 8. Adptar a comunicação do partido às novas tecnologias; 9. Apresentar para o debate interno e posteriormente na sociedade uma síntese com os marcos civilizatórios universais que transversalise toda nossa luta política; 10. Dialogar qualificadamente com as novas agendas oriundas das pautas sociais; 11. Criar um grupo de trabalho eleitoral estadual; 12. Contruir a campanha do presidente Lula; 13. Organizar o PT para 2018, indicando para a chapa majoritária o companheiro Rogério Carvalho e os companheiros João Daniel e Márcio para a Câmara Federal.
BM - Então o senhor, pretende encarar mais uma vez a disputa pelo Senado?
RC - Sim! Acho que a população de Sergipe que foi enganada com divulgação de pesquisas falsas, também quer passar isso a limpo e renovar o Senado.
BM - Com a chegada de novos aliados no bloco comandado por Jackson Barreto, o PT pode ficar com menos espaços, inclusive na chapa para 2018?
RC - Não acredito. O PT tem sido aliado de JB há mais de duas décadas e vem construindo junto no Governo Estadual e construindo sua participação na luta política e eleitoral do Estado.
BM - O novo secretário de Saúde, Almeida Lima, tem dito que o problema na Saúde é de gestão, não de dinheiro. O senhor, que já passou pela pasta, concorda com isso?
RC - O tempo dirá a Almeida a real da saúde. Saúde é área complexa que requer muita competência técnica sanitária e de gestão. Se Almeida juntar esses dois campos de conhecimento na sua assessoria vai ter sucesso. A saúde precisa no primeiro momento de inteligência gestora e depois de mais dinheiro.
BM- Almeida também tem mirado nas Fundações, que foram geradas na sua gestão. Enfraquecer ou diminuir o papel das fundações é bom para a Saúde em Sergipe?
RC - A FHS é hoje uma das maiores empresas do estado de Sergipe e gerencia a maior rede de serviços de saúde do estado. Sozinha ela representa mais da metade da capacidade instalada da saúde de Sergipe. Construiu ao longo do seu funcionamento um ativo, que é um saber sobre operação de hospitais, que não deve ser descartado sob pena de piorar a saúde dos Sergipanos. Sergipe nunca teve rede de serviços hospitalares pública tão ampla e complexa como tem hoje e está sob a gestão da FHS. Muita gente que não entende nada de saúde e de hospital fala como se especialista fosse e pode estar contribuindo para o caos.
BM- A FHS é hoje um problema para a Saúde? Quais são os problemas da FHS? Alguns anos depois, ela está funcionando da forma que o senhor as imaginou?
RC - A FHS gerencia uma rede de serviços que nunca existiu no Estado, com o volume e a complexidade dos atuais hospitais e do SAMU. A referência das pessoas quando fala em hospital e saúde é de 30 anos atrás, então é preciso cautela e estudo pra definir o que fazer, para não gerar um caos absoluto, e perder o rumo da estruturação e melhoria dos serviços de saúde.
BM - Como o PT em Sergipe vai se posicionar em relação ao iminente processo de privatização da Deso?
RC - A posição das lideranças do PT é contrária a determinados tipos e formas de privatização. Quando efetivamente for pautado o tema o partido se posicionará.
BM - O senhor acredita mesmo que Lula será candidato em 2018? O PT de Sergipe defende mesmo o seu nome?
RC - O povo começa a identificar quem fez, e se Lula for candidato o povo acreditará que ele fará mais e com certeza será um forte candidato à presidência da República. Vem com a força de quem incluiu mais de 40 milhões de brasileiros, gerou mais de 20 milhões de empregos e fez do Brasil a sexta economia do mundo, passando da Inglaterra.
BM - Qual é a força política do PT em Sergipe, hoje? O partido está enfraquecido?
RC - O Partido participou de vitórias em mais de quarenta municípios e suas lideranças têm relacionamento político em todos os municípios. Além de ter ao seu lado a compreensão da sociedade que nos governos do PT a vida melhorou.
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