Em Sergipe, o pré-candidato afirmou estar confiante de que a população brasileira fará uma renovação no Congresso, que para ele funciona como um de negócios
Em visita a Sergipe na manhã de hoje, o pré-candidato à Presidência da República pelo Psol, Guilherme Boulos, falou sobre a atual situação do País, a prisão do ex-presidente Lula e a situação das ocupações por moradia no Brasil.
"Esse País é a república dos bancos. Temos que enfrentar essa oligarquia. O Estado brasileiro é o Robin Hood ao contrário. Ele tira do pobre e dá aos ricos através dos impostos exorbitantes. Quem tem menos paga mais e quem tem mais paga menos. Rico tem que começar a pagar imposto nesse País", afirmou Boulos.
O pré-candidato garantiu estar confiante de que a população brasileira fará uma renovação no Congresso, que para ele funciona como um verdadeiro balcão de negócios.
"Nós precisamos que o povo brasileiro faça uma renovação no Congresso porque ele está desmoralizado. Não dá mais para manter esse modelo de governabilidade que é um verdadeiro balcão de negócios onde as empresas financiam campanhas e têm seus anseios atendidos. Temos que reduzir o poder dos políticos e aumentar o poder das pessoas", pontou Guilherme.
Questionado sobre o posicionamento do seu partido em relação à prisão do ex-presidente Lula, o presidenciável afirmou não compactuar com essa situação que, segundo ele, fere a democracia brasileira.
"O que está acontecendo com o Lula nesse momento é uma sacanagem. Não tem escritura do triplex, não tem mala de dinheiro. Enquanto você vê Michel Temer com tantas provas e está lá no Planalto e Lula preso em Curitiba. Acredito que Lula é um preso político. Defender Lula é uma defesa à democracia", diz Boulos.
OCUPAÇÃO NA COROA DO MEIO
Apesar de não morar na Capital sergipana, Guilherme Boulos acompanhou a ocupação ao terreno no Bairro Coroa do Meio realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que foram retirados de lá no último sábado.
"Galpão não é solução, não dá para ficar muitos dias. Gente não é bicho. Espero que o diálogo que teremos hoje com o prefeito Edvaldo Nogueira seja produtivo. Uma mãe de família leva um filho para um terreno porque quer? É condenável tratar os movimentos sociais como caso de polícia", lamenta o pré-candidato.
BOLSONARO
Boulos também aproveitou para falar o que pensa sobre a pré-candidatura de Bolsonaro. "O Bolsonaro se apresenta como novidade, mas acho que ele está à serviço de alguém. Ele está como deputado há 30 anos e vem dizer que vai dar jeito no País gritando e com bravatas? Qual foi o projeto de relevância que ele apresentou?", questiona Guilherme Boulos.
Por último, o presidenciável falou sobre o assassinato da sua companheira de partido, Marielle Franco. "Vão fazer dois anos que a Marielle morreu e nós não sabemos quem matou e quem mandou matar. Foi um crime político com o objetivo de executar uma liderança política. As ideias não matam, as ideias são à prova de bala", finalizou Boulos.
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