Poder e Cotidiano em Sergipe
MENDONÇA PRADO: “Quero participar das eleições de 2016 em Aracaju” 3 de Novembro 15H:01

MENDONÇA PRADO: “Quero participar das eleições de 2016 em Aracaju”

Nesta conversa com o BLOG DO MAX o deputado federal reeleito Mendonça Prado (DEM) disse que sua presença no DEM poderia ser um incômodo ao seu sogro, João Alves Filho, e confirmou que deve seguir alinhado ao governador Jackson Barreto (PMDB). O deputado disse que seu partido o traiu e o jogou às feras – e que ele não esquecerá jamais esse fato. Mendonça ainda considerou importante a reeleição da presidência Dilma Roussef (PT), devido à perspectiva de uma boa harmonia com o governo estadual. Acompanhe a conversa com o democrata.

BLOG DO MAX - Qual a avaliação do senhor sobre a campanha eleitoral e seus resultados?
Mendonça Prado -
Ressalto, inicialmente, o amadurecimento da democracia em nosso país e a competência da Justiça Eleitoral na organização das eleições. Fiquei muito feliz com a vitória de Jackson Barreto para o governo de estado, pois a sua candidatura representava a melhor opção para Sergipe. Ele expôs ideias que indicavam o caminho do desenvolvimento socioeconômico da nossa terra, e um plano capaz de melhorar as condições de vida da gente sergipana. Quanto à vitória da presidente Dilma, eu creio que proporcionou ao governador eleito de Sergipe, a perspectiva de uma boa harmonia entre os gestores federal e estadual. Dessa maneira, espero que o nosso estado seja contemplado com novos investimentos. Sobre a eleição proporcional é preciso acompanhar o trabalho do Congresso no seu dia a dia para fazer essa análise.


BM - Sua campanha foi muito tensa? Quem apoiou a sua candidatura?
MP –
Fiz uma campanha independente, pois estava apoiando a candidatura de Jackson Barreto ao governo do estado. Recebi ajuda dos meus verdadeiros amigos, daqueles que realmente acreditam no meu trabalho. A campanha foi tensa e marcada por perseguições que contaram, lamentavelmente, com a conivência dos dirigentes do Democratas de Sergipe. O fato de não votarem e nem me ajudarem na campanha é algo compreensível, pois não compactuei com a estratégia que eles adotaram de votar em Eduardo Amorim para o governo. Entretanto, a retirada do meu tempo de televisão foi um ato covarde e sem precedentes. Eles tentaram me destruir e usaram o meu próprio partido para alcançar esse intento. Infelizmente, a minha sigla em Sergipe me traiu e me entregou às feras. Isso me magoou muito e eu não esquecerei jamais.


BM - Qual será o papel de Eduardo Amorim após o processo eleitoral?
MP -
Continuar cumprindo as orientações do seu irmão, Edvan Amorim.


BM - Como fica João Alves neste processo pós-eleitoral? Fica com a sensação de ter feito a escolha errada? Qual o futuro político dele?
MP –
A população exige melhorias em relação à prestação dos serviços públicos e a realização de obras estruturantes, para usufruir de uma boa qualidade de vida. Assim, eu creio que o seu pensamento seja no sentido de tentar organizar a administração da cidade, a fim de atender as solicitações dos aracajuanos. Acho que João Alves não se arrependeu da escolha que fez, pois é um político experiente e todos sabem que ele é um grande admirador dos Amorins. Quanto ao seu futuro eu não tenho a menor ideia.


BM - Qual o seu futuro político deputado? Planos para 2016 e 2018? Sonha em disputar a Prefeitura de Aracaju? Isso pode acontecer pelo DEM?
MP –
Eu ainda estou delineando o meu caminho para o futuro. Por enquanto estou concentrado no presente, na efetivação do atual mandato e na conclusão de um mestrado em Direito Tributário Internacional e Econômico que realizo na Universidade Católica de Brasília. Não sou de tomar decisões açodadas. Quero participar das eleições de 2016 em Aracaju com o entusiasmo de quem ama esta cidade e quer o melhor para ela. 2018 está muito distante e, por essa razão, considero precipitada qualquer discursão sobre as eleições desse ano. O DEM de Sergipe me excluiu, me tratou como um inimigo na última eleição. Eu acho que por tudo que fiz por esse partido ao longo da minha trajetória, não merecia um tratamento tão degradante. É triste lembrar que por causa de um acordo feito com pessoas que eu não acredito, e que nunca neguei a ninguém, o meu próprio partido tenha me submetido a tanto aviltamento.


BM - O senhor acredita que conseguirá manter seu mandato? Acredita que a Justiça não deverá computar os votos do deputado André Moura?
MP –
Não sou parte desse processo. Portanto, não devo me pronunciar sobre ele. Sou um cidadão brasileiro que obedece às leis em vigor e às decisões judiciais. Dessa maneira, sigo o que está publicado nos registros da Justiça Eleitoral, divulgados para o conhecimento de todos.


BM - O senhor pretende sair do DEM e ingressar em algum partido mais próximo ao governador Jackson?
MP –
Ainda não pensei nessa hipótese, mas certamente estarei com o governador Jackson Barreto ajudando ao meu querido estado de Sergipe. Acho que Jackson fará uma gestão eficiente, e isso será fundamental para a implementação de projetos relevantes. Sempre que converso com ele percebo entusiasmo e um extraordinário desejo de fazer o melhor pelo povo sergipano. Portanto, sinto-me comprometido com Sergipe, e no dever de colaborar com a administração de um governante bem intencionado.


BM - O prefeito João Alves disse que não sabe sobre o assunto, mas em Brasília dirigentes do DEM já estão falando em fusão?
MP –
Li em veículos de comunicação de circulação nacional algumas manifestações do prefeito de Salvador, ACM Neto. Entretanto, eu ainda não conversei com ele sobre essa possibilidade. Outros integrantes da agremiação também pensam como ele, e já manifestaram esse desejo várias vezes em encontros que aconteceram em Brasília. Mas, esse assunto ainda não foi submetido ao diretório nacional.


BM - Como será a oposição à presidente Dilma Roussef, neste próximo mandato?
MP –
Acho que a oposição terá o papel de fiscalizar com responsabilidade os atos do Poder Executivo. Certamente não haverá revanchismo, pois todos querem o melhor para o Brasil. Além disso, é imperioso que os debates nacionais sejam preenchidos com boas ideias, e permitam o aprimoramento do nosso sistema político. O país precisa de uma classe dirigente competente, capaz de encontrar soluções para os problemas que afligem a sociedade brasileira. Assim, espero que na próxima legislatura sejam realizadas as necessárias reformas, a exemplo da reforma tributária.


BM - Após todo o conflito durante o período eleitoral, o senhor se sente liderado mais por João Alves ou por Jackson Barreto?
MP -
Eu me sinto um liderado do povo sergipano e acho que esse deve ser o sentimento de todo detentor de mandato eletivo. Com relação às minhas decisões políticas eu pretendo agir em sintonia com o governador Jackson Barreto. O tratamento que João Alves me propiciou na campanha, me obrigando inclusive a recorrer ao Judiciário para exibir o meu programa eleitoral, algo que era um direito meu como candidato, demonstra claramente que seria um incômodo para ele a minha presença no seu grupo.


BM - Qual será a grande missão de Jackson Barreto no governo?
MP -
Fazer um ajuste da máquina com um programa eficiente de redução de gastos públicos; uma reforma administrativa visando a efetivação dos compromissos com os servidores e a realização dos imprescindíveis investimentos; implementar uma gestão com o intuito de alcançar os melhores resultados, principalmente, na área social; perseguir objetivos como a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH; melhorar cada vez mais as estatísticas nas áreas de saúde, segurança e educação, e aprimorar os planos de desenvolvimento socioeconômico do estado, dando ênfase as potencialidades de cada região.

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