Poder e Cotidiano em Sergipe
Márcio Macêdo homenageia Adélia Prado e Luiz Gonzaga 15 de Dezembro 16H:54

Márcio Macêdo homenageia Adélia Prado e Luiz Gonzaga

O deputado federal Márcio Macêdo (PT) homenageou, em pronunciamento feito na Câmara, o cantor e compositor Luiz Gonzaga, que, se estivesse vivo, teria completado 102 anos no último dia 13, data que, desde 2005, é considerada o Dia Nacional do Forró. O parlamentar sergipano também destacou, em discurso, o aniversário da escritora Adélia Prado, que completou 79 anos no mesmo dia 13.


“Dia 13 de dezembro é o dia em que comemoramos o aniversário de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Se estivesse vivo, e nos corações de muitos fãs, ele está, completaria 102 anos no próximo ano. A data é comemorada em todo o Brasil, pois desde 2005, a data é o Dia Nacional do Forró, uma homenagem ao ilustre aniversariante. No entanto, quando se trata de celebrar o nascimento de um gênio da cultura brasileira, não há excessos, só restam lacunas. Portanto, ainda cabe a nós, parlamentares brasileiros fazer homenagem ao maior cancioneiro dos ritmos nordestinos da história brasileira”, ressaltou Márcio Macêdo.


Para o parlamentar, Gonzaga era dotado de uma “inconfundível harmonia melódica, que traduziu, à perfeição, a combinação antagônica de humores que habitam a alma nordestina”. “Se, de um lado, a melancolia tórrida assola a miséria da vida sertaneja, de outro, a visceral esperança pelo amanhã melhor resgata com humildade a chuva certa do porvir. Sem dúvida, de tão afinado com as agruras e as alegrias do sertão, Luiz Gonzaga não se furtou a difundir seu canto Brasil afora. Em tal movimento de expansão, o fenômeno Luiz Gonzaga se encaixa como modelo emblemático desse processo de modernização da cultura brasileira”, afirmou.


Ao apontar para uma das mais importantes composições de Luiz Gonzaga, “Asa Branca”, Márcio Macêdo frisou que “com apenas cinco notas musicais, envolve uma alquimia musical inspirada nessa passagem direta das tradições orais sem autoria ao domínio mercantil da canção urbana no Brasil”. “Os versos evocam mitos da memória coletiva do Nordeste, ornamentados com aquela frase típica de violas de cantadores e apoiados sobre um encantador ritmo dançante”, reiterou.


“É verdade que passados 25 anos da morte de Luiz Gonzaga o forró se reinventou e deu margem ao nascimento do chamado forró elétrico, abafando ritmos como o Xote, o Xaxado e o Baião. Mas, os músicos e pesquisadores garantem que a herança de Gonzagão não há de se apagar. Não podemos deixar o ritmo mais alegre e brasileiro acabar”, defendeu.


Adélia
Sobre Adélia Prado, ele a classificou como “uma das vozes mais afirmativas, mais adensadas e mais simples da poesia nacional”. “Esta mulher, professora, mãe de cinco filhos, formada em filosofia, nascida em 1935 em Divinópolis, na Grande Minas de Carlos Drummond de Andrade, há 38 anos professa do topo da sua simplicidade uma poesia de alta voltagem. Uma poesia sem impostação. Bela, harmoniosa. Moderníssima”, afirmou.


Ainda sobre a escritora, o deputado ressaltou que ela foi contemplada pelo conjunto de sua obra, com o Prêmio Griffin de Excelência em Poesia, dado pelo Canadá. “Adélia é dona de uma poética, como a de Drummond e a de João Cabral de Melo Neto, vincada por uma dicção própria e intransferível. Mais do que isso: uma dicção simples. Calcada na vida. No cotidiano. Na morte. Na sexualidade. Nos caminhos da memória. Numa visão religiosa sem dogmatismo”, reiterou.


“Adélia Prado faz amanhecer em nós, sempre, o sentimento de que, nela e por ela, a poesia é um patrimônio bem reinventado a cada dia. De modo que, em face da sua alta significação, eu gostaria que esta Casa registrasse os 79 anos da querida Adélia Prado e que o Brasil e o mercado editorial possam dar a devida atenção que merecem os seus 80 anos a serem comemorados no ano 2015 que se aproxima”, defendeu.

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