Deputado diz que Amorim pode ser o novo na fisionomia, mas teses do seu grupo representam o atraso
Por MAX AUGUSTO
Para o deputado federal Márcio Macêdo (PT), o senador Eduardo Amorim (PSC), que disputa o governo do Estado, poder até ser novo, na fisionomia. Mas as teses que ele e seu grupo defendem representam o atraso e aqueles que dominavam Sergipe até a eleição de Marcelo Déda (PT). Nesta entrevista ao BLOG DO MAX / JORNAL DA CIDADE Márcio diz ainda que quando o eleitor comparar a atuação parlamentar de Rogério Carvalho e Maria do Carmo, vai optar por Rogério – já que Maria está há 16 anos no Congresso e nunca se destacou, sendo que Rogério, assim como Márcio, já foi citado várias vezes na lista dos parlamentares mais importantes. Ele também fala que a principal diferença entre Jackson e Amorim, é que Jackson possui uma história na luta pela democracia e na política. Leia abaixo toda a conversa.
JORNAL DA CIDADE / BLOG DO MAX– Após tanta polêmica no processo de eleição interna, foi anunciado que o PT de Sergipe estaria unido na eleição. Isso está sendo verificado agora, na prática?
Márcio Macêdo – Sim, o PT está trabalhando para eleger Dilma, Jackson Barreto e o senador Rogério Carvalho, além de fazer uma bancada federal e estadual. O PT está unificado neste projeto.
JC –A base do partido, a militância, também está unida e engajada na campanha?
MM - O processo está se iniciando, a militância está se aquecendo na campanha. Tenho certeza que na hora em que a campanha estiver nas ruas, a militância do PT estará também.
JC – Com o lançamento da candidatura de João Daniel para deputado federal houve um desentendimento dentro do PT e em parte da base aliada. Essa questão já foi resolvida?
MM – Sobre esse episódio, acompanhei o que saiu na imprensa. Não tenho nada contra a candidatura de João, acho que ele tem todo direito de ser candidato.
JC – O PT entra no chapão com pelo menos três ou quatro candidatos fortes para deputado federal. A expectativa é de eleger quantos petistas, e quanto federais, na coligação?
MM – Pelas regras atuais, quando se forma um chapão, se elegem os mais votados. Então, termina diluindo os partidos e evidenciando a coligação. Eu penso que o nossa coligação deverá fazer o mínimo de quatro e o máximo de cinco. Eu espero que o PT possa pelo menos manter o sue número de cadeiras hoje. Se puder ampliar, melhor.
JC – Você tem acompanhado o candidato ao governo da sua coligação? Como tem sido a receptividade a Jackson Barreto?
MM – Neste início de campanha tenho observado uma recepção excelente para Jackson Barreto. Ele é um candidato forte e comanda um governo que tem uma obra consistente para nossa sociedade. E com certeza, será, na minha opinião, um crescente. A campanha já começa fortemcom uma boa receptividade a Jackson, mas a tendência é crescer, sobretudo com o horário eleitoral, quando for exposto pra a população o conjunto de obras deste governo iniciado por Marcelo Déda e continuado por Jackson Barreto.
JC – Jackson Barreto é um candidato melhor que Eduardo Amorim, para comandar Sergipe?
MM – Sim. Jackson tem um trajetória política em defesa da democracia, com opção pelos menos favorecidos. É um homem que tem uma trajetória ética, e que uma vez no governo, vem mostrando que a sua experiência política, aliado à suas qualidades de bom gestor, sua competência política, sua história e sua trajetória, o faz um candidato melhor do que o nosso adversário. Mais preparado para comandar o Estado por mais quatro anos. Acho que a história de Jackson é um componente muito importante, as pessoas sabem da sua índole, do seu caráter, da sua competência e das suas ações como politico e como gestor. Isso com certeza terá peso na hora da avaliação do eleitor.
JC – O candidato da oposição, Eduardo Amorim, tem se apresentado como o novo na política Sergipana. Como você avalia isso?
MM – Ele pode ser o novo na fisionomia, mas as teses que ele representa e o grupo que o acompanha representa o atraso e aqueles que dominavam Sergipe até a eleição de Déda.
JC – Falando nele, você acha que a imagem de Déda será muito utilizada nesta campanha? Concorda com isso?
MM – Eu acho que é natural que a candidatura de Jackson Barreto represente a continuidade do projeto que Déda iniciou. Nós somos um bloco político que era liderado pelo PT, com o apoio do PMDB e partidos aliados. E é natural que com a morte de Déda e a ascenção de Jackson ao governo, o PMDB lidere esse projeto. Tanto o PT como Jackson, têm legitimidade, e é um processo natural, de falar da obra e da trajetória de Déda, e das conquistas do governo de Déda, que também tem as mãos de Jackson Barreto.
JC – NA disputa para o Senado a candidata Maria do Carmo vem liderando todas as pesquisas divulgadas. Rogério ainda pode virar esse jogo?
MM – Acredito que sim. Eu penso que essa eleição será definida definitivamente nas ruas, e se Rogério fizer uma campanha como tem demonstrado que vai fazer, organizada, com apelo, com propostas, comparando a sua atividade parlamentar com a atividade da adversária nossa neste pleito, penso que ele tem todas as possibilidades de ganhar esta eleição. Para se ter uma ideia, eu e Rogério estamos no primeiro mandato, e o Diap, pelo terceiro ano consecutivo, nos aponta entre os 150 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. A adversária dele tem 16 anos e nuca figurou em nenhum tipo e avaliação. Então, acho que comparando o mandato que ele faz em Brasília com o mandato dela, mostrando que ele é parte de um projeto político e o que este projeto político representa pra os sergipanos, eu acho que ele tem chance real de ser senador da república.
JC – Sobre a lista dos parlamentares mais influentes, a que você atribui a sua citação, mesmo como representante de um estado pequeno?
MM – Trabalho, trabalho e trabalho. Tenho dedicado minha vida a fazer um mandato que possa orgulhar o povo sergipano. Tenho uma atividade parlamentar intensa, estive presente nos principais debates que o brasil viveu nos últimos quatro anos, tive uma presença no processo de liberação de veras e emendas para Sergipe. O conjunto deste trabalho, aliado a um processo de diálogo permanente com os diversos partidos, como parte da articulação política que fiz enquanto vice-líder do partido na Câmara. A citação do Diap, uma instituição séria, vem no sentido de reconhecer esse trabalho.
JC – Você agora se apresenta para a reeleição. Quais são os seus projetos para o próximo mandato?
MM – Alguns temas terão prioridade na minha ação parlamentar, se o povo de Sergipe me permitir voltar à Câmara dos Deputados: a reforma política, pois eu acredito que esse país suportará mais eleições sucessivas neste modelo. É importante diminuir ou extinguir a força do poder econômico sobre as eleições. Outro ponto, um debate sobre a municipalidade. É necessário ter um novo pacto federativo, os municípios brasileiros estão estrangulados e as pessoas vivem no município, é onde os problemas eclodem. Mas o município é hoje o ente federal mais frágil, e quero debater isso no Congresso Nacional, para resolver os problemas que os municípios passam hoje. Educação: Eu acho que nosso país está crescendo e distribuindo renda, tornando-se um país líder de um continente, aprofundando um processo democrático, mas para se tornar um país de primeiro mundo, é fundamental ter um projeto radical de Educação para o país, sobretudo no ensino médio e fundamental. O governo de Lula e Dilma avançou demais na Educação Universitária, deu passos Largos, mas em nível médio e fundamental precisa avançar ainda mais. É necessário debater o ensino em turno integral, financiamento para a Educação – a partir sobretudo dos royalties do petróleo que já está aprovado. E pagar decentemente os professores. Acho que nesse novo ciclo do país tem que ter como prioridade um grande reforma Educacional. Saúde, que é um problema planetário, mas que o país vem vivenciando com evidência: É importante que haja uma ação forte, uma reforma. Meio ambiente e desenvolvimento sustentável é um tema que sempre via estar presente na minha vida, pela minha formação e experiência de gestão. Para a Juventude, se faz necessário a ampliação maior ainda das políticas públicas voltadas para ela.
JC – Márcio, você acredita que a presidente Dilma consegue se reeleger? Qual será o papel dela e de Lula na eleição em Sergipe, eles estarão por aqui?
MM – Eu acho que vai ser uma campanha muito dura, mas que Dilma será vitoriosa. Acho que ela representa o conjunto da obra nestes doze anos de governo, que mudou completamente a face do nosso país. Creio que não tem espaço para retrocesso, para voltar atrás. E o povo brasileiro sabe disso. Tenho muita confiança de que o povo brasileiro saberá separar o joio do trigo e vai reeleger a presidente Dilma. Acho que terá um papel preponderante neste processo o presidente Lula, que é uma liderança popular inconteste, a maior liderança produzida pelo povo brasileiro. Vai rodar o Brasil e com certeza terá papel de destaque neste debate eleitoral. Vamos trabalhar para Lula e Dilma possam vir aqui.
Receba notícias no seu Whatsapp.
Cadastre seu número agora mesmo!