O secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo, reforçou nesta segunda-feira (7) sua posição contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Integrante da comissão política do partido contra o golpe, ele afirmou que o pedido de impedimento de Dilma, que foi aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “não tem qualquer consistência técnica, nem base legal”.
“A presidente Dilma não cometeu nenhum crime. Não existe mais pedaladas fiscais. O objetivo de Cunha foi esconder o seu processo de cassação, este sim com muitos argumentos e provas de crimes que ele cometeu”, disse .Em entrevista ao programa A Hora da Verdade, Márcio Macêdo destacou as iniciativas que estão sendo tomadas em defesa da democracia brasileira. Ele citou a Carta dos Governadores do Nordeste, a posição da CNBB, as declarações das OABs, o Manifesto da CUT e dos movimentos sociais e o lançamento do movimento contra o golpe capitaneado pelo governador Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, e do ex-ministro Ciro Gomes.
O petista também ressaltou a nota divulgada pelo governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB).
Márcio relatou que se encontra em Brasília, onde se reunirá, em nome do partido, com deputados federais e ministros da coordenação política, para acompanhar a indicação, por parte dos partidos, dos nomes que irão compor a comissão que analisará o pedido de impeachment. Na entrevista, o secretário conclamou a militância a ir para as ruas defender a democracia.
“É natural que as pessoas tenham crítica ao governo, mas a presidente Dilma é uma pessoa honrada, correta e não praticou crime. Homens e mulheres de bem do Brasil defendam a democracia, combatam o golpe. Que as ruas possam se levantar para defender a democracia”, afirmou.
Questionado sobre o posicionamento do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Márcio Macêdo disse não querer acreditar que ele possa ser favorável ao afastamento de Dilma.
“Não quero acreditar que Temer, que é um estadista, vai embarcar numa maluquice dessa”, afirmou. O petista também lamentou a atuação do deputado federal por Sergipe, André Moura (PSC), em prol de Eduardo Cunha. “Acho lamentável. É ruim para o próprio deputado e é ruim para o nosso Estado”, comentou.
Por: Valter Lima