O governador Jackson Barreto (PMDB) reagiu com indignação e revolta à decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de aceitar dar início ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rouseff (PT).
Jackson considerou a atitude como uma clara retaliação do deputado ao fato do Partido dos Trabalhadores ter decidido não ampará-lo na Comissão de ética da Câmara.“Está nítida a intenção de chantagear a presidente Dilma e a manobra tem cheiro e jeito de tentativa de golpe.
É uma violência à nossa democracia, que foi construída com muito esforço por muitos, e de maneira nenhuma ajuda ao Brasil, sobretudo nesse momento de crise onde a nação espera de cada cidadão bom senso e responsabilidade cívica para colaborar com a saída do país da crise econômica em que se encontra”.
O governador lamentou profundamente que o país tenha que passar por esse episódio e se veja à mercê dos caprichos, veleidades e conveniências de quem não tem nenhum compromisso com o Brasil.“Vejo com receio que uma manobra dessa espécie possa ameaçar um mandato conquistado legitimamente nas urnas, e nosso povo corra o risco de ter sua vontade soberana, expressa pelo voto nas últimas eleições, violentada”, disse o governador de Sergipe.
Jackson subscreveu Carta dos Governadores do Nordeste, onde os nove governadores da região expressam coletivamente o apoio à presidente Dilma e diz que não se furtará de mobilizar a sociedade nessa direção.
“Nós não vamos ficar de braços cruzados assistindo a esse assalto à democracia. O cargo da Presidência da República não pode servir como moeda de troca para interesses pessoais de quem quer que seja. Os golpistas não passarão!”, afirmou JB.