“Dois mil e quinze foi um ano difícil para o Brasil e também para Sergipe. Apesar da crise, o Estado não parou”.
A frase do governador Jackson Barreto, durante discurso de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, mostra bem o tom adotado pelo chefe do Executivo:
cautela e otimismo. Na primeira sessão do ano,
o governador disse que sua fala representava a ‘tradição republicana’ que simboliza a relação dos poderes Legislativo e Executivo, o exercício da democracia “para a construção de um Sergipe melhor”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luciano Bispo, que também discursou, deixou claro que o
s dois poderes continuarão parceiros em 2016, independentes mas ligados pelo interesse em comum em favor dos sergipanos. ”Agradeço a todos os colegas deputados pelo ano de dois mil e quinze. Afirmo que a
Mesa Diretora continuará trabalhando como sempre, respeitando situação e oposição. Ao governador Jackson Barreto e ao seu vice, Belivaldo Chagas, quero dizer que podem contar conosco, estaremos juntos mais uma vez, trabalhando para o bem toda população de Sergipe”.
Jackson Barreto abriu seu discurso afirmando que a grave crise econômica
está associada a uma crise de caráter político, originada em lamentáveis episódios de desvios éticos que imobilizam a capacidade de superação do país.
“Espalha incertezas, e mais grave, dá espaço ao surgimento de iniciativas que ensejam atentar contra a democracia. Sou contra a tais tentativas”, observou. Jackson disse que era preciso
banir condutas antiéticas, mas lembrou que o país está preparado para punir tais procedimentos.
EconomiaA queda no repasse de recursos foi lembrada pelo governador. Para ele, o Estado, com menos receitas, foi obrigado a um enxugamento. “Durante o ano de 2015 vimos os repasses federais oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), nossa principal fonte de recursos, recuar em termos reais, vertiginosamente, em mais de cento e cinquenta milhões de reais. Para ser mais exato, o Estado de Sergipe perdeu, em dois mil e quinze, apenas em receitas do FPE, cento e cinquenta milhões de reais”.
Para enfrentar o recuo no repasse de receitas, explicou Jackson para os parlamentares, e para as galerias lotadas, o governo teve que apertar o cinto. Foi reduzido o número de secretarias, que passou de 25 para 18 através da extinção efetiva ou da fusão, medidas adotadas também em autarquias e órgãos. Emsetur e Pronese, extintos, são exemplos de órgãos que deixaram de existir.
“Também reduzimos de forma efetiva o número cargos comissionados, aliviando a folha de pagamento e as despesas”, citou Jackson.
O governador lembrou que, apesar da crise, e da obrigação de ‘cortar na própria carne’,
Sergipe avançou, várias obras foram realizadas ou continuam em execução. “Hoje temos em andamento mais de setenta grandes obras de infraestrutura em todo o Estado. São obras com recursos garantidos e que vão continuar apesar da crise. Estamos realizando obras de mobilidade urbana em todo o Estado, destacadamente em Aracaju”, frisou. Segundo ele, são mais de R$ 220 milhões em recursos aplicados na capital.
O governador encerrou seu discurso afirmando que era preciso olhar para a frente, para o futuro que está sendo construído. Jackson disse que os tempos difíceis exigem muitos dos políticos e da população. “
Exige acima de tudo compromisso de perseverar diante das dificuldades que se apresentam, sem nunca perder de vista o objetivo maior de tornar Sergipe cada vez melhor. Exigirá do Poder Legislativo um compromisso a que esta Casa jamais se furtou, sempre colocando acima de tudo os interesses do povo sergipano”.
Fonte:Agência Alese Notícias
Foto: César de Oliveira