Gonzaga defende fornecimento gratuito de fraldas para idosos e deficientes carentes

O vereador Dr. Gonzaga (PMDB) disse que vai colocar novamente em discussão na Câmara de Aracaju a questão da distribuição gratuita de fraldas descartáveis para idosos e deficientes carentes. O vereador lamenta que o projeto apresentado por ele tenha sido rejeitado, sem levar em conta a sua relevância para a população carente.

“Nas visitas médicas que faço diariamente tenho me deparado com vários idosos acamados, sejam vítimas de AVC ou traumatismo, em situações bastante precárias de higiene, porque não podem adquirir a fralda descartável”, disse o parlamentar.
 

O vereador, que também é médico especializado em geriatria, explicou que a fralda descartável é um produto fundamental para a manutenção da higiene e bem-estar dos idosos acamados com problemas de saúde como Mal de Alzheimer ou após a ocorrência de um AVC, por exemplo, e também para as pessoas que possuem deficiência física de alto grau.


“Infelizmente, muitas famílias não possuem um orçamento mensal adequado para arcar com as despesas desse produto”, esclareceu o parlamentar, lembrando que de acordo com Art. 9º do Estatuto do Idoso é obrigação do Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

 
O vereador também citou o artigo 15º § 2º, que diz: “Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação”.


“Entendo que a fralda descartável é, pois, um complemento necessário para garantir o bem-estar do idoso, pois não se trata de um item supérfluo, ao contrário, faz parte da higiene básica e é importante para o tratamento da saúde do idoso”, explicou Dr. Gonzaga.
 

“A situação do idoso que não possui controle esfincteriano e urinário é degradante. Uma simples fralda pode lhe restituir o mínimo de dignidade. O Estado não pode se recusar ao fornecimento de meios de preservação da dignidade física e moral de um ser humano”, destacou Dr. Gonzaga.