Poder e Cotidiano em Sergipe
“Estou priorizando minha reeleição”, afirma Laércio Oliveira 6 de Fevereiro 21H:28

“Estou priorizando minha reeleição”, afirma Laércio Oliveira

Recém chegado à base governista, o deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade) parece pouco interessado em falar sobre política agora. Nesta entrevista concedida ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE ele diz que tem conversado com lideranças de todo o estado, mas seu foco tem sido a reeleição – sem deixar de projetar a possibilidade de uma disputa majoritária.

 

Laércio está fortalecendo a sua sigla e adianta que até junho deste ano anunciará a chegada de nomes expressivos da política sergipana.

 

Ele também destacou o seu trabalho no Congresso Nacional, onde tem trabalhado pela flexibilização das relações do trabalho, terceirização e trabalho intermitente. Confira a entrevista.

 

 

 

BLOG DO MAX- Eleitoralmente, o grupo do governo lhe abre mais perspectivas para 2018? O senhor conversou com o governador sobre ser candidato ao Senado ou ao governo em 2018?

Laércio Oliveira - Cada um constrói seu espaço político, independente de situação ou oposição. Fazer parte da base do Governo certamente será uma experiência muito interessante que desejo transformar em oportunidade para melhorar minha atuação enquanto deputado federal, porém olhando o futuro. O processo de construção da minha participação na base do governador Jackson Barreto foi algo pensado, amadurecido e desenvolvido com muita atenção.  Todas as conversas com o governador foram agradáveis e oportunas para prospectar o futuro político de cada um de nós dentro da aliança que por fim estabelecemos. 

 

BM – Quantos prefeitos e vereadores possui o Solidariedade hoje? Qual o objetivo do partido em Sergipe, para 2018? Já possuem metas?

LO - Como toda jovem agremiação partidária, trabalhamos para fazer do Solidariedade um partido qualificado para ser competitivo. Queremos ampliar o número de prefeitos até junho de 2017, quando estaremos inaugurando a nova sede. As novidades serão conhecidas em breve, com nomes expressivos da política de Sergipe chegando para fortalecer e dar maior visibilidade ao Solidariedade.

 

BM - O senhor já vem conversando com outros políticos, montando uma base para disputar o Senado em 2018?

LO - A atividade política é dinâmica na sua plenitude. As conversas precisam acontecer com todos e em todos os lugares, porém, foco o diálogo priorizando a minha reeleição, sem deixar de projetar a possibilidade de uma disputa majoritária.

 

BM - Como aliado que chega agora, qual a sugestão que o senhor pretende dar ao governador Jackson Barreto, para amenizar os efeitos da crise em Sergipe?

LO - Prosseguir trabalhando para ajustar toda a estrutura governamental de acordo com a receita do Estado, promover o nosso Estado para atração de investimentos, ampliar os incentivos, valorizar as empresas instaladas em Sergipe para estimular a ampliação das atividades, cuidar de todos os sergipanos com políticas sociais efetivas, entre outras. 

 

BM - No Congresso Nacional algumas centrais sindicais o apontam como inimigo número um dos trabalhadores. Por que isso? O senhor tem defendido propostas que prejudicam os trabalhadores?

LO - Minha atuação parlamentar centra-se na defesa do setor produtivo porque isso significa emprego. Empresa forte significa garantia de emprego e isso é bom para o Brasil. Precisamos melhorar o ambiente de negócios no Brasil e isso passa por mudanças que contrariam os interesses de algumas centrais sindicais, a exemplo da Flexibilização das relações do trabalho, terceirização, trabalho intermitente, etc. Nenhum destes projetos prejudica os trabalhadores, muito pelo contrário, propicia um ambiente favorável a empregabilidade. 

 

BM- Como o senhor avalia o governo de Michel Temer? Melhor que o de Dilma? Pior?

LO - O Governo Michel Temer avança para melhorar o Brasil. É claro que muita coisa precisa ainda ser feita e muita coisa precisa melhorar no governo Temer. Continuo confiante.

 

BM - Foi anunciado semana passada que o déficit orçamentário de 2016 foi ainda maior do que o de 2014 e 2015. O governo federal está contendo gastos?

LO - Não está contendo as despesas como deveria e o resultado é um déficit absurdo. Por isso afirmo que o governo Temer ainda precisa melhorar muito. Na verdade, o Brasil precisa de um novo modelo de gestão pública. Gestão de resultado, eficiente, principalmente porque o presidente Temer afirmou não ser candidato à reeleição, ou seja, é a chance de promover mudanças radicais para melhorar os números. Temer continua devendo isso. 

 

BM - O senhor tem apresentado e defendido propostas que o senhor encara como avanços na legislação trabalhista. Quais são elas?

LO - Apresentei mais de 100 projetos de Lei e vários deles propõem melhorias na condição de trabalho dos brasileiros, privilegiando o talento humano produtivo, na flexibilização de normas que aproximem empregados e empregadores, na valorização do acordado sobre o legislado. A relação trabalhista deve ser algo em que ambas as partes sejam beneficiadas e isso só se conquista com diálogo e coragem.  Penso a questão de geração de emprego como alicerce social para que sejamos um país mais produtivo e com oportunidades mais igualitárias para todos.

 

BM - Fala-se em alteração da legislação trabalhista como forma de enfrentar o desemprego. Mas há bem pouco tempo chegamos a um desemprego na casa dos 4%, com a mesma legislação. Não é possível atingir isso novamente?

LO - O que vai combater o desemprego no Brasil é a retomada do crescimento econômico, com investimento em infraestrutura, ambiente favorável a atração de recursos estrangeiros para serem aplicados no Brasil para gerar emprego e renda, além de outras ações. A gente precisa melhorar as relações de trabalho no Brasil. Certamente novas regras vão significar muito mais empregos. 

 

BM - O senhor tem discutido e trabalhado pela criação de um código comercial brasileiro. O Brasil precisa de mais uma lei?

LO - Sou presidente da comissão especial da CD que discute um novo Código Comercial para o Brasil. O Código Comercial que existe hoje data de 1845, portanto totalmente desalinhado com o mundo moderno das relações empresariais. A nova coleção de normas fundamenta-se em 4 pilares que são: Modernizar a legislação empresarial no Brasil (comércio eletrônico), simplificar a vida das empresas (menos burocracia), aumentar a segurança jurídica (função social da empresa) e principalmente para melhorar o ambiente de negócios (o investidor estrangeiro deve sentir-se seguro para investir no Brasil). Tenho consciência do desafio para harmonizar todos os setores da economia nacional - comércio tradicional e eletrônico, agronegócio, serviços, indústria, transporte e logística, tecnologia, marítimo e tantos outros - e felizmente, para minha satisfação, estaremos votando este projeto nos próximos dias. 

 

BM - Quais seriam hoje as principais demandas do empresariado brasileiro?

LO - O empresariado brasileiro deseja um ambiente favorável para comprar e vender mais, produzir, construir, gerar emprego, pagar impostos justos, contribuir com programas sociais, menos interferência do Estado, reformas estruturantes de ordem fiscal, trabalhista, tributária, previdenciária e sindical, além de outras medidas que melhorem a vida de todos os brasileiros. 

 

BM- O que significa para Laercio Oliveira presidir a Federação do Comercio de Sergipe?

LO - Um privilégio e um desafio enorme. A Fecomercio representa todos os empresários do Comercio de bens, serviços e turismo de Sergipe. Imagine o tamanho dessa representatividade e sua importância na economia de Sergipe. Meu desafio é promover ações que melhorem o ambiente de negócios destes setores através de uma representatividade comprometida. Tenho procurado oferecer à sociedade civil e empresarial uma Fecomercio que seja referência. A participação e apoio de toda a diretoria e conselheiros tem sido fundamental para o bom ambiente de convívio. A Fecomercio dispõe de um banco de dados com indicadores econômicos do comercio, consultoria econômica, dez conselhos empresariais, além de ótimas instalações. Além disso, ainda temos o SESC e o SENAC com um amplo portfólio de programas nas áreas de formação profissional, gastronomia e restaurantes, lazer, cultura, saúde, arte, esporte, educação, cidadania, biblioteca, etc. 

 

BM - O senhor é presidente da Cdeics. Como tem sido a sua atuação?

LO - A comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comercio e Serviços da Câmara apreciou, em 2016, 113 projetos de lei que estavam na sua pauta. Propus um ano de celeridade na apreciação dos projetos que tramitam na Comissão.
A Cdeics é uma das comissões mais importantes da Câmara e está no centro das necessidades do Brasil, no momento atual de crise. Por isso, fizemos diversos debates setoriais com segmentos do setor produtivo brasileiro que apresentaram os entraves que dificultam a atuação do setor econômico que representam. Indústria, comércio, construção civil, turismo, serviços financeiros, setor imobiliário entre outros realizaram debates.

 

 

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