Poder e Cotidiano em Sergipe
“Estamos trabalhando para vencer no primeiro turno”, diz Edvaldo 12 de Setembro 18H:24

“Estamos trabalhando para vencer no primeiro turno”, diz Edvaldo

Candidato a prefeito de Aracaju pelo PCdoB, Edvaldo Nogueira diz estar muito confiante na vitória. Primeiro colocado em todas as pesquisas eleitorais realizadas até o momento, ele afirma que está trabalhando para vencer a disputa ainda no primeiro turno.

 

Sem arrogância, com humildade e esforço, entendendo as etapas que o processo eleitoral possui”, frisa.

 

Nesta entrevista, ele detalha suas proposituras para a Saúde e Segurança Pública, reforça que o salário dos servidores municipais voltará a ser pago em dia e afirma que “Aracaju será administrada a quatro mãos”, numa referência a Eliane Aquino, sua vice.

BLOG DO MAX – Os seus adversários têm feito muitas críticas ao senhor. O prefeito João Alves Filho o acusa de dívidas e de se apropriar de obras. Valadares Filho também tem criticado sua gestão. Como o senhor avalia isso?
Edvaldo Nogueira – Essa é atitude de quem não tem o que mostrar à população. Ao invés de apresentarem propostas para o futuro da cidade, ou apresentarem o trabalho que realizaram para os aracajuanos, estão utilizando seus programas para me atacar. A prova disso é que já tivemos direito de resposta no programa eleitoral de João Alves Filho, contra as inverdades que ele tem apresentado na TV. Isso também ocorre por conta do evidente crescimento que a nossa candidatura tem alcançado, empolgando os aracajuanos que convocam a minha volta para trabalhar pela cidade. É o desespero deles. Aracaju sabe que deixei a Prefeitura saneada, enxuta, com a máquina funcionando bem, obras iniciadas e com recursos da ordem de R$ 200 milhões para serem investidos. Infelizmente, elas não tiveram continuidade na atual gestão.


BM– Em seus programas na propaganda partidária, o senhor tem sempre aparecido acompanhado da candidata a vice-prefeita, Eliane Aquino. Que espaço ela terá na sua eventual gestão?
EN – Eliane Aquino é a melhor vice que alguém poderia ter. Ela tem atuado ativamente na campanha e, como já disse anteriormente, se eleito formos, a prefeitura de Aracaju terá dois prefeitos – eu e ela. Assim como foi na gestão de Marcelo Déda, quando eu era o vice. Eliane tem sensibilidade social, capacidade de gestão e uma preocupação genuína com o futuro de Aracaju, de modo que ela estará ao meu lado na administração de Aracaju. Não será vice decorativa. Além disso, representa a força da mulher no comando da capital.



BM – Todas as pesquisas eleitorais divulgadas até agora colocam o senhor mais de 10 pontos à frente do segundo colocado. Dá para acreditar numa vitória em primeiro turno?
EN – As pesquisas mostram o reconhecimento da população e reforçam aquilo que temos ouvido nas ruas. Nossas propostas estão sendo muito bem assimiladas pelos cidadãos, que torcem pela retomada da qualidade de vida em Aracaju. De todo modo, mantemos nossa campanha com o planejamento de sempre, intensificando o trabalho nas ruas e o diálogo com as pessoas. Quanto à possibilidade de vitória em primeiro turno, é para isso que estamos trabalhando. Sem arrogância, com humildade e esforço, entendendo as etapas que o processo eleitoral possui.



BM- Há quatro anos o senhor apoiou Valadares Filho para prefeito, porque hoje estão em palanques separados?
EN – Naquela época, ele integrava o nosso bloco e foi escolhido pela maioria como o nome para nos representar na eleição. Era meu segundo mandato e eu não podia concorrer. Nestas circunstancias, todos acreditamos que ele pudesse representar o projeto vencedor de cidade que Marcelo Déda e eu construímos em Aracaju. Se tivesse sido eleito naquele momento, teria como respaldo um projeto moderno de cidade, avançado e de progresso, e poderia contar com a expertise minha e de Déda. Mas, infelizmente, ele perdeu e permitiu que João Alves fizesse o que vem fazendo. Hoje, estamos em palanques separados, porque ele abandonou o bloco político que o apoiou em 2012 e que o ajudou a se eleger deputado federal por duas vezes, e foi buscar outros aliados. Ele agora representa outro projeto, com outros compromissos, e todos sabem quem são os seus aliados.


BM– O que de mais urgente precisa ser resolvido na gestão municipal? Quais serão suas prioridades, caso o senhor chegue à prefeitura?
EN – A Saúde e a Segurança Pública serão prioridades objetivas na nossa gestão. Os postos precisam voltar a funcionar, os exames precisam voltar a ser realizados com maior regularidade. Não dá para nossa população ser penalizada da forma como está sendo hoje. Na segurança, embora esta seja papel do Estado, a prefeitura dará sua contribuição no combate à violência nas escolas e no transporte público. Efetivaremos um programa de iluminação da cidade e de instalação de câmeras nos postes, que não mais permitirá que Aracaju fique às escuras, como está hoje e cujas imagens serão compartilhadas com o CIOSP. Também vamos regularizar o pagamento do salário dos servidores. E eu vou revogar o aumento extorsivo do IPTU.



BM– A Saúde é considerada pelos aracajuanos como o principal problema da cidade, segundo pesquisa Ibope. O que o senhor pretende fazer para mudar esta realidade?
EN - Como acabei de dizer, a Saúde será uma prioridade na minha administração. Nosso foco é voltar ao patamar de capital da qualidade de vida, conquistado em 2008, na minha gestão, por uma associação entre indicadores de saúde e condições relacionadas à organização da cidade, pelo Ministério da Saúde. Nossa proposta é: assegurar a atenção primária através da Rede de Atenção à Saúde; ampliar as Equipes de Saúde Bucal; implantar o Prontuário Eletrônico do Cidadão; ampliar a resolutividade das redes prioritárias; implantar o Telessaúde Brasil-Redes como forma de ampliar a resolutividade da atenção básica, evitando encaminhamentos desnecessários para outros pontos da rede de saúde; implantar o programa ‘Melhor em casa’ com vistas ao atendimento domiciliar de pacientes acamados; fortalecimento do Consultório de Rua; ampliar a capacidade do Centro de Especialidades Odontológicas; fazer concursos para o corpo clínico da Rede de Urgência e Emergência e investir na melhoria da estrutura física, mobiliário e equipamentos das duas unidades hospitalares.



BM– O senhor tem prometido recolocar o pagamento dos salários dos servidores em dia. Como conseguirá alcançar este objetivo?
EN – Equilibrando as finanças da prefeitura, enxugando a máquina municipal e aplicando o dinheiro do contribuinte com racionalidade e eficiência. Já fiz isso quando fui prefeito e vou fazer de novo. E veja que administrei Aracaju num momento de crise, em 2008, quando começou a imensa recessão no mundo, e mesmo assim conseguimos superar os obstáculos e fazer Aracaju crescer. O salário dos servidores voltará a ser pago em dia, como era na minha gestão.



BM – Seu programa de governo fala em 40 obras que estão inacabadas ou não tiveram continuidade na atual gestão. O senhor pretende retomar todas elas? Há recurso disponível?
EN - Existem atualmente cerca de 40 obras municipais que se encontram paralisadas. Quase todas estas obras foram contratadas, conveniadas com o Governo Federal ou tiveram seus projetos elaborados na minha gestão, entre as quais: serviços de infraestrutura na Atalaia, Marivan, Pantanal, Nova Liberdade I e II, Coqueiral, 17 de Março, invasões Santa Maria, Maria do Carmo, Terra Dura, Senhor do Bonfim, Conjunto Padre Pedro, Conjunto Valadares, Barroso, Aruana; Dragagem do Canal Santa Maria; construção do Canal Beira Mar e Canal Costa do Sol; calçamento e cobertura da Av. Canal III (Augusto Franco);  Aruana; ligação da Av Alexandre Alcino com o Bairro 17 de Março; construção da Maternidade 17 de Março, que deixei R$ 16 milhões de recursos assegurados; construção de CRAS no Bairro Santa Maria; construção de escola e creche no Coqueiral e no 17 de Março. Estas obras estão no meu plano de governo, porque são um compromisso para que se tornem realidade. Há recursos disponíveis, a maior parte conquistados por mim. Para bons projetos sempre há recursos.



BM- O que política e administrativamente está em jogo nesta eleição?
EN -  Está em jogo o futuro de Aracaju. Os aracajuanos estão chamados a decidir entre três projetos distintos: de um lado, o atual, que fez Aracaju retroceder no tempo e destruiu conquistas importantes da nossa população; do outro, um projeto que chama Aracaju para uma aposta no escuro, pois, apesar de já estar na política há mais de dez anos, não se apresenta com o legado de experiência, de trabalho e de realização que a conjuntura econômica do país exige e que a nossa cidade precisa hoje para recuperar suas conquistas e avançar.  Além desses, tem o projeto que eu e Eliane Aquino representamos. Um projeto sólido, experiente, que já mostrou capacidade de trabalho e realização e é responsável por inúmeras conquistas dos aracajuanos. Um projeto que transformou Aracaju e trouxe mais prosperidade e felicidade para a nossa gente.


BM – Passado praticamente o primeiro mês de campanha eleitoral, que balanço o senhor faz deste período? Como tem sido a recepção ao seu projeto nas ruas?
EN – Tem sido bastante emocionante e gratificante o contato com os aracajuanos. A intensificação do período de campanha nos permite visitar cada bairro e conversar com as pessoas, que lembram do trabalho que fizemos na prefeitura e lamentam a situação em que se encontra a cidade neste momento, diante do descaso do prefeito João Alves Filho. A recepção a mim e a Eliane tem sido a melhor possível. As pessoas reconhecem que somos os melhores nomes para reconstruir a gestão municipal.

 

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