Poder e Cotidiano em Sergipe
24 de Outubro 10H:14

"Enquanto meu adversário faz acordão, eu recebo o apoio do povo", diz Edvaldo Nogueira

A uma semana do segundo turno, o candidato a prefeito de Aracaju pelo PCdoB, Edvaldo Nogueira, se diz confiante na vitória. Ele faz um balanço "positivo" da campanha nesta segunda etapa da eleição e afirma que seus programas eleitorais continuam propositivos, mas também servem para rebater ataques do adversário. "Não nos calamos diante desta tentativa de nos difamar.

 

De modo que respondemos aos ataques e também mostramos para a população as verdades que o meu adversário tenta esconder, sobretudo o apoio que ele recebe do prefeito João Alves Filho, e a forma como ele direcionou emendas para o estado, priorizando festas ao invés da Saúde e Educação", ressalta.

 

Edvaldo ainda acusa Valadares Filho de agir com "terrorismo". "Ele cria uma falsa ideia de que eu terei dificuldades para acessar recursos federais. Isso é uma mentira, repudio esta atitude", ressalta.

 

BLOG DO MAX- O senhor entrará na última semana da campanha eleitoral. Que balanço faz do segundo turno?
EDVALDO NOGUEIRA – O balanço é muito positivo. Nesta segunda etapa da campanha eleitoral, nos mantivemos focados na apresentação do nosso programa de governo e intensificamos o nosso contato com a população – com uma extensa agenda de rua, realizando carreatas e caminhadas diárias. Percebemos um engajamento ainda maior da militância. Recebemos apoios importantes dos movimentos sociais, do Fórum em Defesa da Grande Aracaju, de trabalhadores de diversas categorias, além da excelente recepção em cada bairro por onde passamos. Enquanto o meu adversário fez um acordão com os políticos que representam o atraso neste estado, como André Moura, João Alves e Edivan Amorim, o meu apoio está vindo das ruas, do povo, do eleitor. A última semana da campanha será de reafirmação dos nossos compromissos. Estamos confiantes na vitória.



BM - Há uma percepção de que a campanha, neste segundo turno, está num tom mais agressivo, de ataques entre as duas candidaturas. Porque esta mudança de posicionamento?
EN – Fomos vítimas, Eliane Aquino e eu, desde o primeiro turno, de uma campanha difamatória sem precedentes nas eleições sergipanas. Seja através do programa eleitoral do meu adversário, seja através de assessores dele no WhatsApp, seja através de muita baixaria e mentiras na internet. Não foram poucas as denúncias de que as pessoas estavam recebendo, por SMS, mentiras e boatos vindos de telefones de Minas Gerais e de São Paulo. Neste segundo turno, o nosso programa eleitoral não mudou seu formato. Continua propositivo. Em duas semanas de campanha, já falamos na TV e no rádio sobre Saúde, Educação, Emprego e Renda, Juventude, Mobilidade, mas também não nos calamos diante desta tentativa de nos difamar. De modo que respondemos aos ataques e também mostramos para a população as verdades que o meu adversário tenta esconder, sobretudo o apoio que ele recebe do prefeito João Alves Filho, e a forma como ele direcionou emendas para o Estado, priorizando festas ao invés da Saúde e Educação.



BM - O senador Valadares tem caracterizado sua campanha como a do "marketing do mal". O que o senhor tem a dizer sobre isto?
EN - O senador Valadares não é candidato nesta eleição. Não vou respondê-lo, mas é preciso dizer que as publicações dele no Twitter revelam grande desespero, são postagens preconceituosas. Não existe marketing do mal, existe a verdade. E é isso que estamos mostrando no nosso programa eleitoral. Agora, o mais interessante nestas publicações do senador é que elas reforçam aquilo que temos dito: o meu adversário não tem capacidade para governar, não tem liderança para enfrentar os problemas da cidade. Ele precisa do pai para falar por ele. Será que é o pai que mandará na Prefeitura? A atitude do senador é a prova de que são as raposas antigas da política sergipana, que se escondem atrás de uma candidatura que se diz nova, que guiarão a gestão.


BM- Que peso os números das pesquisas estão tendo sobre a sua campanha neste segundo turno?
EN – Pesquisas são um retrato do momento. Respeito os institutos, mas é preciso ter muito cuidado com os dados. No primeiro turno, todas as pesquisas não conseguiram prever o que se viu nas urnas, como o elevado número de abstenções e de votos nulos e brancos. A pesquisa que nos importa é aquela que sairá das urnas. É o resultado da eleição no dia 30 de outubro que definirá os destinos da nossa cidade.



BM - O seu adversário tem feito afirmações nas entrevistas e debates de que o senhor terá dificuldades para conseguir recursos federais. O que o senhor tem a dizer sobre isto?
EN – O que o meu adversário está fazendo pode ser considerado terrorismo. Ele cria uma falsa ideia de que eu terei dificuldades para acessar recursos federais. Isso é uma mentira, repudio esta atitude. Da bancada federal de deputados, metade é de aliados: Fábio Mitidieri, Jony Marcos, João Daniel, Fábio Reis. Além disso, para conquistar a liberação de recursos da União é preciso competência e projetos consistentes. Tenho a maior tranquilidade sobre isto, porque consegui o maior montante de recursos federais durante a nossa gestão porque os nossos projetos eram de qualidade. Não é à toa que Aracaju serviu de base para a implantação de muitos programas federais e recebemos diversos prêmios por ações desenvolvidas na nossa administração. Assim, posso afirmar com muita convicção de que não teremos dificuldades para conseguir recursos. O Brasil é uma República. Todos os Estados e municípios devem ter a mesma atenção do governo federal. É partindo desta premissa que faremos novamente uma grande administração em Aracaju.



BM - O seu adversário, embora tenha recebido o apoio de lideranças do DEM, inclusive da senadora Maria do Carmo, nega que esteja sendo apoiado pelo prefeito João Alves Filho. A sua campanha tem tratado disso muito no programa eleitoral. Enfim, ele tem ou não o apoio de João?
EN – É óbvio que Valadares Filho é o candidato de João. Todos os aliados de João estão com ele. José Carlos Machado, Vinicius Porto, Jailton Santana, Laércio Oliveira, todos os partidos da base do prefeito, e a própria senadora Maria do Carmo declararam apoio ao meu adversário. Será que a senadora declarou este apoio sem o consentimento de João? Então, é algo que Valadares Filho não consegue esconder. Desde o primeiro turno já existia um acordo entre eles, tanto que o meu adversário não criticou a atual gestão na campanha. Ele tentou nos proibir na justiça de falar essa verdade, mas o TRE rejeitou essa tentativa e confirmou o que toda a cidade sabe. Ele pensa que conseguirá enganar a população, mas o povo já percebeu que há um acordão entre todos eles para manter o comando da prefeitura. Os aracajuanos não irão permitir isto.


BM - A Prefeitura de Aracaju caminha para uma situação de calamidade financeira, com atrasos nos pagamentos dos servidores e dos fornecedores, o que tem comprometido o funcionamento da gestão. Como o senhor irá lidar com estes problemas?
EN – A situação da PMA é realmente muito difícil e complexa. Mas quem acompanha aquilo que tenho dito e me comprometido na campanha percebe que não fizemos uma única promessa inexequível. Nosso programa é baseado na realidade, naquilo que pode ser feito. E eu já lidei com uma crise financeira anteriormente, em 2008 e 2009. Soubemos superar o momento difícil, sem nunca atrasar um dia sequer de salário dos servidores. Nos anos seguintes, realizamos obras, demos os maiores aumentos salariais para os servidores e criamos Planos de Carreira para todas as categorias. Agora iremos cortar na própria carne. Vamos rever todos os contratos, enxugar a máquina e fazer uma gestão eficiente, com foco na regularização do pagamento dos salários dos servidores e na retomada dos serviços públicos.



BM- Diante da crise do país e da situação ainda pior da PMA, dá para estabelecer metas e prioridades em relação à futura gestão, caso o senhor seja eleito?
EN – É possível sim. Faremos uma gestão responsável. Os salários dos servidores e a Saúde serão nossas prioridades. Todo o meu esforço, a partir do dia em que assumirmos a prefeitura, será para que o servidor volte a ter tranquilidade quanto ao recebimento do seu salário. Além disso, a Saúde precisa voltar a existir em Aracaju. Os postos precisam voltar a funcionar, com médicos, com remédios, com a fila da média e alta complexidade voltando a caminhar, com a realização de exames. A segurança pública, a mobilidade urbana, o recapeamento das ruas e avenidas e a coleta do lixo também serão tratadas com extrema urgência, zelo e respeito.

 

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