Sergipe reduziu os índices de mortalidade materna nos últimos cinco anos, de acordo com a Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os dados mostram que em 2015 foram registrados 16 óbitos maternos (os ocorridos em mulheres gestantes ou no período de 42 dias após o término da gestação), número 13% menor que há cinco anos, em 2011, quando foram contabilizados 29 óbitos.
Para a coordenadora da área técnica, Kátia Valença, esse cenário positivo é reflexo de alguns fatores como o fortalecimento da rede materna, especialmente devido às ações tomadas pelo Ministério da Saúde, dentro da Rede Cegonha.
“Temos trabalhado no investimento de melhoria na atenção obstétrica, visando assegurar às mulheres uma atenção humanizada durante a gravidez e o parto, com métodos e práticas de cuidado qualificado da atenção ao parto e nascimento”, destaca.
Kátia Valença enfatiza, também, a importância da realização do pré-natal como um fator essencial para uma gestação segura. “O Estado tem incentivado o desenvolvimento de ações, a exemplo da captação precoce de gestantes e realização do pré-natal por profissionais da atenção primária à saúde ou pela equipe dos ambulatórios de alto risco, para os casos de gestantes classificadas como de risco gestacional”, observa.
Segundo ela, essas iniciativas contribuem para prevenção das patologias comuns na gestação e reduzem os riscos de complicação no parto e pós-parto. “Destaca-se, ainda, o estímulo à participação da família e de pessoas próximas a grávida em todo o processo gestacional, fortalecendo o apoio e o vínculo familiar”, complementa Kátia Valença, lembrando do Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrado no último sábado, 28. “Um momento para reacender a importância da discussão”, pontua.
Evitável
A área técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher ressalta que a mortalidade materna é evitável. A identificação de sinais e sintomas que podem levar ao óbito, bem como o tratamento imediato e adequado para eles, pode representar uma redução significativa nos números de óbitos maternos e promover qualidade de vida para essas mulheres.
As principais causas da mortalidade materna são: hemorragia, hipertensão arterial, infecções pós-parto e complicações do aborto em condições inseguras. Destaca-se, também, que o alto índice de cesarianas realizadas no país contribui para o elevado número de mortes maternas.
“Garantia de acesso a consultas e exames pré-natais, atendimento multidisciplinar qualificado, humanização da assistência com aplicação das boas práticas obstétricas e discussões quanto à cultura de cesarianas e do aborto como um problema de saúde pública, são medidas que contribuem para a redução da mortalidade materna”, conclui Kátia Valença.
ASN
SES
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