"Ele (Fábio Henrique) se preocupou, única e exclusivamente, com a candidatura dele", diz Belivaldo

Após o anúncio do PDT de que não seguiria com o governo, Belivaldo Chagas (PSD) não se mostrou surpreso e narrou episódios que já indicavam que o caminho natural seria o do afastamento.

"O PDT ficou pendurado um certo tempo, depois amadureceu e caiu. Disse a Fábio Henrique, ontem, que não estava surpreso, pois era uma coisa que já estava pública e notória. Ele se preocupou, única e exclusivamente, com a candidatura dele e não com o nosso projeto", disse Belivaldo em entrevista a George Magalhães.

E continuou: "Enquanto ele assumia espaço no governo, ele conversava com Edivan Amorim, Eduardo Amorim e com o senador Valadares. Ele achava que a gente não estava observando. A nota foi muito elegante, mas ele faltou com a verdade com relação aos cargos. Ele não entregou conforme disse", pontuou o governador.

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Pressão para tirar cargos

Belivaldo falou ainda da pressão que vinha sofrendo dos seus aliados para que retirasse os cargos de Fábio Henrique o quanto antes, pois todos já eram sabedores do que estava a caminho.

"Fui pressionado o tempo todo para tirar os cargos de Fábio, mas eu disse para deixar lá. Deixei para ver até onde ele iria. É um direito que assiste a ele. Ele se mostrou inseguro com as decisões dele. Para mim, é ponto final", explanou o pré-candidato à reeleição.

Questionado sobre a relação com o ex-prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Zé Franco (PSDB), Belivaldo confirmou o diálogo. "Tivemos uma boa conversa e quero crer que é possível que possamos caminhar juntos. Tenho conversado com ele e vou deixá-lo à vontade".

Taj Mahal e Instituto de Identificação
O governador aproveitou para falar da situação de dois prédios alugados pelo estado e que estão em atraso nos pagamentos. Trata-se da sede administrativa da Secretaria de Estado da Saúde, o popular 'Taj Mahal', e do espaço que abriga o Instituto de Identificação de Sergipe.

"O Taj Mahal existe a ação de despejo e estamos discutindo na Justiça. Quanto ao Instituto de Identificação, já estamos preparando um prédio próprio e vamos sair do aluguel de R$ 56 mil por mês. Mas, vamos pagar o que devemos", explicou Belivaldo.

Convenção e Alianças
Por último, o governador falou sobre as alianças para o pleito deste ano, a convenção e também o lançamento do comitê da campanha.

"Não será uma convenção de festa, de oba oba. Após todos os registros de candidaturas, faremos a nossa inauguração do comitê central com uma grande festa. É uma aliança de nove partidos, PSD, MDB, PP, PT, PSDC, PHS, PCdoB, Podemos e Avante", finalizou Belivaldo Chagas.

Foto: Agência Sergipe