Poder e Cotidiano em Sergipe
Edvaldo é único candidato a comparecer ao debate do Sindipetro 17 de Outubro 9H:58

Edvaldo é único candidato a comparecer ao debate do Sindipetro

No que era para ser mais um debate entre os dois candidatos a prefeito de Aracaju no 2º turno, Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi o único a aceitar o convite feito pelo Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE) e pelo Comitê em Defesa da Petrobras 100% Estatal.

 

O encontro serviria para que os candidatos se posicionassem sobre o atual processo de sucateamento, desinvestimento e privatização da empresa por parte do Governo Federal e do Congresso Nacional.

 

A ausência de Valadares Filho (PSB) gerou revolta entre os sindicalistas e outros presentes. “O sindicato entende o gesto como um total desrespeito aos trabalhadores num momento crítico em que se encontra a Petrobras e a anuência da outra candidatura com o atual desmonte do patrimônio nacional”, disse o diretor Bruno Dantas, acompanhado dos também dirigentes Alealdo Hilário e Stoessel Nunes, o Toeta.

 

Dessa maneira, o formato do debate acabou mudando para uma apresentação de Edvaldo e dos deputados federais Fábio Mitidieri (PSD) e João Daniel (PT), que votaram pela exclusividade da empresa na exploração do Pré-Sal, em defesa dos interesses da empresa e dos trabalhadores. Na plateia, além dos trabalhadores e dirigentes sindicais, estavam presentes o ex-deputado federal Márcio Macêdo (PT) e a candidata a prefeita Vera Lúcia (PSTU).

 

Histórico

Edvaldo começou o seu discurso falando da importância da Petrobras na economia de Sergipe e de Aracaju. “Ela alavanca o crescimento do Estado desde os anos 60, fazendo com que tenhamos uma melhor distribuição de renda do que nos estados vizinhos. A Petrobras não teve escândalos de corrupção porque era estatal. Sou contra toda essa privatização, que gera um grande prejuízo para a nossa cidade, não só por questões político-ideológicas, mas também pela questão dos royalties que deixamos de receber e toda a arrecadação que a empresa gera em impostos”, explicou.

 

O candidato também relembrou o quanto a cidade avançou desde 2000 com os governos populares dele e de Marcelo Déda. “Fomos eleitos numa chapa com PT, PC do B, PSTU e PCB e mudamos a face da cidade, nos baseando em quatro pilares: o da ética, de não roubar e não deixar roubar e de gastar bem o dinheiro público; da democracia, com a gestão participativa desde o orçamento; de fazer uma cidade de todos, principalmente para os que mais precisam; e o de construir uma gestão moderna, transparente e eficiente, como um instrumento para prestação de serviços públicos”, disse.

 

Avanços sociais

Edvaldo Nogueira destacou também os progressos sociais nos 12 anos de gestão. “Expandimos o Sistema Único de Saúde (SUS) para 80% de territorialização. Aumentamos as unidades básicas de Saúde (UBS) de 15 para 44 e dobramos as equipes de saúde da família. Deixamos 50 mil famílias isentas do IPTU. Nos tornamos uma das cidades com menos favelas do Brasil, reurbanizando bairros como a Coroa do Meio, o Coqueiral e o Santa Maria”, afirmou, lamentando todo o retrocesso dos últimos quatro anos no município.

 

“João Alves cometeu uma hecatombe na prefeitura, um desgoverno na Saúde, na Assistência Social e aos servidores públicos, mesmo tendo aumentado imposto, criando a taxa de iluminação e vendendo a folha de pagamento do funcionalismo. Agora ele faz uma aliança com Valadares Filho, Edivan Amorim e André Moura, o tipo de político mais atrasado de Sergipe e que também estão juntos no desmonte da Petrobras, um patrimônio econômico, político e social do Brasil”, afirmou.

 

Perguntas

Edvaldo também foi questionado pela plateia sobre geração de emprego e renda e que tipo de sistema de transporte público vai adotar em Aracaju, se eleito. “Sobre o primeiro tema, vamos retomar os projetos de qualificação de mão de obra e as quase 40 obras que deixei licitadas e que foram abandonadas pela atual gestão, que não equacionou as contrapartidas que o município tem que dar”, respondeu.

 

Sobre mobilidade urbana, o candidato foi objetivo: “Nem BRT nem VLT. Já em 2012 apontei os problemas dos dois projetos, inclusive para Valadares Filho. João Alves quis copiar o modelo de Curitiba, mas foi a maior enganação da história da cidade. O VLT também não serve para nós porque não é um transporte de massa, leva menos gente do que o ônibus e precisa ser subsidiado pela prefeitura. Eles não quiseram pensar, só copiar. A solução que apresento são as faixas de ônibus temporárias, em horários de pico, e a integração de todos os modais de transporte, inclusive a bicicleta. Aracaju tem ruas estreitas e muitos veículos particulares, então temos de ter ônibus eficientes para forçar as pessoas a deixarem os carros em casa”.

 

Assessoria

Foto: Janaína Santos

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.